• EDIÇÃO ESPECIAL - CONEXÕES FEMINISTAS: ENSINO DE HISTÓRIA, VIOLÊNCIAS DE GÊNERO E MULHERES NA CIÊNCIA
    v. 13 n. 27 (2024)

    O dossiê "Conexões feministas: ensino de história, violências de gênero e mulheres na ciência" reúne artigos apresentados durante a V Jornadas do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH), realizada na UFSC em 2023. O evento valorizou a inclusão da História das Mulheres no currículo escolar catarinense, promovendo um intercâmbio entre pesquisadoras/es de diferentes regiões e instituições. Além de abordar temas teóricos e metodológicos, o dossiê explora questões como violência de gênero, desigualdade na ciência e a invisibilidade de mulheres na história e na educação, sempre com enfoque em perspectivas feministas. Os artigos analisam contextos variados, como a violência digital, a luta contra o assédio sexual em espaços acadêmicos, o racismo na reprodução assistida em Cuba e a desigualdade de gênero no fomento à ciência no Brasil.

    Com foco interdisciplinar, o dossiê também destaca a história de cartunistas brasileiras e reflete sobre o ensino da História como ação política, propondo a desconstrução de hierarquias e a criação de espaços mais igualitários. As organizadoras esperam que o material contribua para análises críticas e ações que promovam um mundo menos violento e mais inclusivo. A publicação é fruto de parcerias entre pesquisadores, projetos financiados por órgãos como CNPq e Fapesc, e a revista Trilhas da História, consolidando o papel do LEGH como referência no campo dos estudos de gênero e história.

  • HISTÓRIA E PATRIMÔNIO: UNIVERSOS ENTRELAÇADOS NA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA
    v. 13 n. 26 (2024)

    A articulação entre a História e o Patrimônio vem assumindo contornos mais abrangentes na atualidade, na medida em que articula espaços geográficos, experiências de vida cotidiana e a edificação de construções, situações estas em que a atividade humana e a História entrelaçam-se na construção da memória. Quando em 1937 foi criado o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) os bens materiais foram privilegiados. A partir da década de 1970 e com os debates em torno da ampliação do conceito de Patrimônio Cultural, começaram a ser introduzidos os bens culturais imateriais nas políticas de acautelamento. Mais recentemente, com o objetivo de promover uma maior interlocução entre bens materiais e imateriais, foi introduzido o conceito de Paisagens Culturais, que busca entrelaçar o momento histórico com as atividades culturais, com os modos de produção e com as vivências das comunidades na natureza. Pretende-se, com esse novo caminho, valorizar bens e vivências culturais que não podem ser analisadas isoladamente em suas feições naturais, materiais e imateriais.

    Desta maneira, o Patrimônio deixa de ser apenas um adjetivo dado a um bem cultural e passa a cumprir sua função social com um bem salvaguardado vivido pela sociedade no tempo presente. A partir da ideia de continuidade presente na História, a comunidade local é capaz de (re) interpretar os bens tombados agregando a sua vivência cotidiana do presente. Sendo, possível, entrelaçar e conectar o passado ao presente, escolhendo o que deve ser lembrado e o que deve ser esquecido. Este processo extrapola a referência do tempo histórico no qual o bem foi construído, cabendo à sociedade reafirmar este momento histórico ou valorizar as memórias construídas nos tempos mais atuais ou apenas esquecer os passados vinculados a este bem. Diante do exposto, este dossiê pretende reunir estudos que abordem de maneira conectada – História e Patrimônio – tendo em consideração as interpretações construídas pela sociedade de bens patrimoniais materiais e imateriais. Neste viés, as relações de tais bens com as vivências culturais bem como com a natureza se mostram como um campo profícuo de (re) construção da memória.

    Ademais, é pertinente a este dossiê os estudos sobre as Políticas Públicas que caminham nesta direção e que privilegiam a relação da sociedade com a vivência cotidiana diante do bem tombado. Estudos de adaptação dos bens patrimoniais para usos atuais também se mostram de grande interesse para esta revista. Desta maneira, nos distanciamos de narrativas do passado que buscam apenas a rememoração e o congelamento de um dado tempo histórico sem que haja a possibilidade de apreensão do movimento fluido da memória em caminho com o tempo presente. Em um jogo de lembranças, esquecimentos e silenciamentos inerentes à constituição da vivência humana diante de seus bens patrimoniais.

  • A DITADURA MILITAR NO BRASIL EM DEBATE: SILENCIAMENTOS, RESISTÊNCIAS E ENSINO DE HISTÓRIA
    v. 13 n. 25 (2023)

    Em 2023 completamos quase seis décadas do golpe civil-militar que culminou em um dos períodos mais tenebrosos de nossa história nacional, que durante 21 anos causou terror e morte a muitos brasileiros e brasileiras. Práticas repressivas, pessoas exiladas, torturas físicas e psicológicas, pessoas perseguidas, censura, atraso na educação, repúdio aos símbolos nacionais como o hino, a bandeira, são questões que merecem a atenção de todos/as historiadores/as. Hoje, mais do que nunca, é necessário protagonizar debates que relatem e analisem a ditadura militar no Brasil. Assistimos, na atualidade, uma escalada autoritária e negacionista nos mais diversos espaços sociais, por este motivo, entre outros, a urgência em fortalecer a ciência e proporcionar produções e debates sobre a temática. Refletir sobre os diferentes impactos dos anos de Ditadura Militar na sociedade, do ontem e do hoje, bem como os impactos e influências, nas famílias, nos, comportamentos, na imprensa e na educação são urgentes, especialmente no campo historiográfico. Dessa forma, o presente dossiê recepciona estudos que dialogam com a temática da Ditadura Militar em suas variadas abordagens, perpassando a resistência e trajetória política de pessoas e/ou grupos, mulheres, movimentos negros, indígenas, quilombolas, LGBTQIA+, corpo, educação, operação Condor, etc. Também compreendemos a necessidade de dialogar com estudos que destaquem as distintas representações em periódicos, filmes, séries, músicas, literatura, e demais formas de expressão artística, reafirmando a arte como um meio de luta e resistência política durante os processos de repressão política. O presente dossiê, também atribui destaque especial para o ensino de história, pois durante o período ele foi censurado, monitorado pelos militares e seus agentes, reverberando um projeto político tecnicista e distante do conhecimento crítico e libertário. Assim, trabalhos que versam sobre o ensinar história na ditadura militar, bem como como reflexões entre a ditadura militar e a atualidade em sala de aula, tais como práticas, uso de fontes, etc, foram bem vindos.

  • JUDAÍSMOS, CRISTIANISMOS ANTIGOS E O ENSINO DE HISTÓRIA
    v. 12 n. 24 (2023)

    Há aproximadamente duas décadas, os professores André Leonardo Chevitarese (UFRJ) e Gabrielle Cornelli (UnB) foram pioneiros em fomentar pesquisas históricas acerca dos judaísmos e cristianismos antigos em universidades públicas brasileiras, as quais impactaram significativamente a produção historiográfica nacional. Reflexos de tais estudos são perceptíveis em diversas publicações acadêmicas, tais como monografias, dissertações, teses, artigos acadêmicos, além de produções midiáticas nas quais historiadores apresentam ao público em geral perspectivas historiográficas sobre as experiências religiosas dos cristianismos e judaísmos antigos e suas recepções na contemporaneidade, o que denota o fortalecimento e consolidação deste tema no campo da História. Apesar de tais iniciativas, o conteúdo segue limitado ao ambiente acadêmico, uma vez que diversos historiadores têm constatado o “abismo”, no âmbito da educação básica, entre as narrativas históricas escolares presentes em materiais didáticos e propostas curriculares e a pesquisa histórica, isto é, a produção do conhecimento histórico acadêmico. Diante disso, o presente dossiê pretende ampliar o debate e apresentar caminhos para o ensino de História dos judaísmos e cristianismos antigos com a finalidade de divulgar estudos recentes sobre a temática e contribuir para o aprimoramento da história ensinada.

    Organização:

    Dra. Juliana Cavalcanti (UNISIGNORELLI/MN-LHER-UFRJ)

    Dr. José Petrúcio de Farias Júnior (UFPI-Picos)

  • USOS E DESUSOS DAS LINGUAGENS ARTÍSTICAS
    v. 12 n. 23 (2022)

    As linguagens artísticas estão presentes em diversos setores da sociedade, suscitando problematizações que envolvem a reflexão de seus usos enquanto ferramentas de poder, de discurso, da fundamentação dos gêneros sociais, das formas pedagógicas, pelo alcance das novas tecnologias (como as novas linguagens nas redes sociais e seus diversos debates), sua banalização e desusos - pensando desde o fato de que vivemos uma era repleta de informações multiplicadas por imagens de mídia até a falta de fundamentação metodológica das linguagens artísticas como materiais didáticos ou seus desusos em regimes totalitários. A atual proposta de dossiê compreende que as linguagens artísticas são instrumentos de expressão sociopolítica e cultural de sujeitos em seu tempo histórico, mas também, a partir dessas produções - tais como teatro, música, literatura, cinema, artes visuais e outras fontes imagéticas -, se tornam e se transformam em ferramentas e documentações para a investigação de historiadores e estudiosos do tema, e por isso, suscitam novos usos. Nesse sentido, pela sua versatilidade, as linguagens artísticas são assim pensadas nesse dossiê como um convite para possíveis contribuições que dialoguem com a temática.

    Organizadoras:

    Profa. Dra. Dolores Puga (UFMS)

    Profa. Dra. Talitta Tatiane Martins Freitas (UFR)

    Profº. Drº Fábio Leonardo Brito (UFPI)

  • DITADURAS: REVISITANDO O CASO BRASILEIRO
    v. 11 n. 22 (2022)

    O dossiê “Ditaduras: revisitando o caso brasileiro” possui como finalidade compreender leituras atuais da Ditadura Civil Militar que possam reportar para debates em torno da experiência do tempo. Nesse caso, voltamos atenção para abordagens quanto a: ética, estética, memória e ensino que possam ser discutidos por uma base historiográfica que se envolva na ambiência da justiça, verdade, disputas pela memória, militância, aprendizado histórico, desaparecimento, gênero, mídias, redes sociais e questões étnico-raciais. Essa abrangência possui por ambição lidar com novas abordagens da relação história/memória que consigam compreender essa temática sob continuidades e rupturas. Considerando o cenário brasileiro atual, a relação entre a esfera pública política e a sociedade civil parecem viver um momento ímpar, sob especificação de conteúdos que carecem de processos compreensivos sob diálogos hermenêuticos. Por esse motivo, este dossiê faz o convite para que possam contribuir com suas pesquisas considerando as especificações acima.

    Organizadores:
    Aruanã Antonio dos Passos (UTFPR)

    Eduardo Gusmão de Quadros (PUC-GO; UEG)

    Rodrigo Tavares Godoi (UNIR).

  • HISTÓRIA SOCIAL DO PARAGUAI
    v. 11 n. 21 (2021)

    O trabalho de um bom número de historiadores paraguaios pouco fez para escapar à lógica de uma história das elites. A academia é dominada por esta interpretação, salvo exceções notáveis ​​produzidas pelas mãos de pesquisadores paraguaios e estrangeiros residentes no país, entre os quais se funda a história social do Paraguai.

    O objetivo do Centro de Investigaciones de Historia Social del Paraguay (CIHSP), com sede em Assunção, é produzir e divulgar outro tipo de história, longe de temas recorrentes na historiografia paraguaia, como os grandes heróis (história biográfica) e as guerras (história da guerra). A história social, como a entendemos, suscita a visão de uma história de baixo, que reconstrói a participação de atores sistematicamente entendidos como sujeitos passivos e sem consciência, quando não apagados diretamente.

    Atendendo a esse objetivo, o CIHSP, em parceria com a Revista Trilhas da História, organizou o dossiê História Social do Paraguai trazendo textos inéditos dos períodos colonial e independente.

  • História e Novas epistemologias
    v. 10 n. 20 (2021)

    A Revista Eletrônica Trilhas da História é um periódico vinculado ao curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus de Três Lagoas. Ela completa em julho de 2021 uma década de contribuições para a pesquisa histórica em Mato Grosso do Sul. Seu propósito, desde o primeiro número, foi de atuar como uma via de mão dupla para a divulgação das pesquisas e atividades produzidas por docentes e discentes do curso de História do CPTL, ao mesmo tempo em que se oportuniza ao público nacional uma possibilidade de divulgação científica de qualidade, pautada em ética e compromisso profissional. Uma década depois de seu primeiro número a Revista Trilhas da História continua a tecer as trilhas da história, esperando que elas possam ser sempre ampliadas com a participação de múltiplos sujeitos, sempre motivados e constantemente impelidos a explorarem as trilhas do conhecimento no campo das ciências humanas através da pesquisa histórica, sempre com ética, responsabilidade e respeito a vida e a dignidade humana.

  • Relações étnicas - Racismo, Educação e Sociedade
    v. 10 n. 19 (2020)

    A proposta deste dossiê nasce como resultado do Simpósio Multidisciplinar de Relações Étnicas, realizado em novembro de 2019, com o mesmo tema, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Três Lagoas. Na ocasião do evento, organizado por docentes e discentes dos cursos de História, Geografia e Pedagogia, professores e professoras, assim como discentes, de variadas áreas do conhecimento, debateram os temas que tocam a Educação das Relações Étnico-Raciais nas suas múltiplas faces e experiências, em mesas, simpósios, oficinas e minicursos. Alcançamos, na época, o bonito objetivo de construir um espaço pluralmente atravessado por olhares decoloniais, narrativas indígenas, vozes negras de homens e mulheres, de estéticas diversas, em ações potentes e resistentes na denúncia das várias formas de opressão que marcam a nossa sociedade, mas ainda de (re)existências a demarcar a educação como instrumento de luta, vivida/produzida pela ação humana no tempo. Agora, compreendemos que o dossiê alimenta o anseio de manter vivo este espaço, germinado naquele momento histórico, por meio da publicação de textos que se preocupem em abordar as relações étnico-raciais como objetos de pesquisas. O dossiê pretende publicar artigos de palestrantes e participantes do evento, a serem submetidos nas normas da revista até o dia 30 de outubro de 2020, mas também de pesquisadores e pesquisadoras que contribuam com seus olhares críticos no fortalecimento da produção acadêmica das humanidades,  engajadas no enfrentamento aos muitos racismos, como problemáticas escolares, científicas e, de modo inescapável, históricas, políticas e sociais.

  • A teoria da história e a história da historiografia ante os desafios contemporâneos: saber histórico, comprometimento ético e ativismos políticos
    v. 9 n. 18 (2020)

    O dossiê “A teoria da história e a história da historiografia ante os desafios contemporâneos: saber histórico, comprometimento ético e ativismos políticos” surgiu a partir da ação conjunta do GT Nacional de Teoria da História e História da Historiografia da Associação Nacional de História – ANPUH, do Fórum de Teoria da História e História da Historiografia – FTHHH e do grupo de pesquisa Teoria da História e História da Historiografia no Brasil (UFMS), que reúnem pesquisadores de todas as regiões do país e de diversas instituições e níveis de ensino que refletem sobre a teoria da história e a história da historiografia como aspectos substanciais da produção do conhecimento histórico. Um dos propósitos que articulam esses grupos é contribuir para o fortalecimento dessa área de pesquisa não só nos meios acadêmicos, propondo agendas e debates, mas também procurando estabelecer a importância da aproximação desses historiadores com a sociedade e as demandas do tempo presente, ampliando com isso o horizonte de legitimidade social da disciplina e daquelas áreas de pesquisa.

    Organizadores do dossiê:

    Profa. Dr. Luiz Carlos Bento (UFMS/CPTL)

    Prof. Dr.Wagner Geminiano dos Santos (Redes municipais de ensino de São J. C. Grande e Água Preta – PE)

     

  • SOBRE A INTOLERÂNCIA
    v. 8 n. 16 (2019)
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