“VOCÊ NÃO SABE O QUANTO NÓS CAMINHAMOS PARA CHEGAR ATÉ AQUI”: OS DEBATES PIONEIROS SOBRE ENSINO DE HISTÓRIA DIANTE DAS REFORMAS EDUCACIONAIS BRASILEIRAS (DÉCADAS 1960-80)
“YOU DON'T KNOW HOW MUCH WE HAVE WAY TO GET HERE”: THE PIONEER DEBATES ON HISTORY TEACHING DUE TO THE BRAZILIAN EDUCATIONAL REFORMS (1960s-80s)
Resumo
Objetiva-se analisar os debates acerca do ensino de História diante de reformas educacionais instituídas a partir da década de 1970, através das trajetórias de historiadoras que foram pioneiras particularmente no contexto de luta contra a implementação da área de Estudos Sociais, prevista na Lei 5.692/1971, imposta pela ditadura militar. Situar os debates estabelecidos por esse grupo de intelectuais permite interlocuções com questões ainda cadentes sobre a compreensão referente ao ensino de História na escola e nas licenciaturas e os seus limites diante das políticas educacionais brasileiras, em especial, aquelas que visam destituir a potência do conhecimento histórico. Toma-se como suposição que o grupo elaborou um conhecimento sistematizado e situado dentro de um contexto histórico desafiador, autoritário, mas que até hoje serve de marco de memória (HALBWACHS, 2004) para um coletivo de historiadores/as que discute a temática de ensino, mesmo considerando os acúmulos teóricos e experiências obtidos nos contextos pós-ditadura. Considera-se que a memória social é indissociável do contexto de sua produção – marcos sociais (HALBWACHS, 2004) – e das relações que se estabelecem entre experiências vividas (THOMPSON, 1981) e memória (ARÓSTEGUI, 2004).
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