Em nome da civilização: O Mato Grosso no olhar dos viajantes
Resumo
Resumo: No final do século XIX e início do XX, as teorias evolucionistas de Herbert Spencer, as leis de desenvolvimento da sociedade de Comte e o racismo científico de Arthur de Gobineau, exerciam forte influência nos homens da ciência, norteavam políticas de Estado e serviam como bases para justificativas de intervenções e incorporação de vastas regiões do globo à dinâmica de expansão do capitalismo. Diante dessa perspectiva, Mato Grosso foi caracterizado como um grande espaço “vazio” a espera de “colonização”, longe do tempo do “progresso” e da “civilização”. Etnólogos, geógrafos, geólogos, naturalistas, cientistas dos mais variados campos, viajaram para o território até então desconhecido, em busca, além do “exótico”, de potencialidades econômicas. O objetivo desse artigo é compreender através dos relatos desses viajantes as representações do território, configurando o Mato Grosso como uma região, ou seja, um espaço geográfico e social, cujas características naturais e culturais o definiriam como um ambiente “hostil”, lugar da “barbárie”, do “atrasado” e da “selvageria”.
Palavras-chave: Identidade; Mato Grosso; Progresso; Civilização
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