A (re)construção da cultura nacional mexicana no período pós-revolucionário: a sobrevivência da cultura ancestral em “Idolos tras los altares”

  • Fabiane Tais Muzardo Universidade Federal do Paraná - UFPR

Resumo

As décadas de 1920 e 1930 são caracterizadas por grande efervescência cultural no México. Trata-se do período em que tentou-se desenvolver um novo tipo de arte no país, por meio de ações como a criação de escolas de arte, o desenvolvimento da pintura mural e a produção de revistas e livros, como “Idolos tras los altares”, que visavam divulgar a cultura mexicana para além de suas fronteiras. Partindo desse contexto, o objetivo desse breve ensaio é refletir sobre o modo como essa produção cultural foi realizada, visto que ela se caracterizou por uma fusão de diversos elementos, que incluíam desde aspectos da cultura aqui denominada de ancestral, até elementos ligados à colonização e à história mais recente do país, marcada pela ditadura de Porfírio Diaz e a Revolução Mexicana.

Biografia do Autor

Fabiane Tais Muzardo, Universidade Federal do Paraná - UFPR
Sou graduada em História pela Unesp/Assis, mestre em História pela UEL e doutoranda em História pela UFPR. Trabalhei como docente no ensino básico entre os anos de 2007 e 2014. Sou docente no ensino superior desde 2010.

Referências

AZUELA, A. Ídolos tras los altares, piedra angular del renacimiento artístico mexicano. In: HERNANDÉZ, A. (org). Anita Brenner. Visión de uma época. España: Editorial RM, 2006, pp 61-102.

BETHELL, L. Historia de América Latina. México, América Central y El Caribe, c. 1870-1930. Vol. 9. Barcelona: Editorial Crítica, 1992.

BRENNER, A. Ídolos tras los altares. México: Domés, 1983.

CANCLINI, N. Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2013.

____________. Latino-americanos à procura de um lugar neste século. São Paulo: Iluminuras, 2008.

CERTEAU, M. A Cultura no Plural. Campinas: Papirus, 2012.

DIDI-HUBERMAN. A Imagem sobrevivente. História da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

GRUZINSKI, S. La Ciudad de México. Uma Historia. México: FCE,2004, p. 31.

GUERREIRO, A. As imagens sem memória e a esterilização da cultura. 2012. Disponível em http://www.porta33.com/eventos/content_eventos/Antonio_Guerreiro_Aby_Warburg/Seminario_Antonio_Guerreiro.html. Acesso em 17/04/2015.

HERNÁNDEZ, A (org). Anita Brenner. Visión de uma época. España: Editorial RM, 2006.

KAMINSKI, Rosane. Modernidade e identidade: da nação ao mundo. CEFET/PR, 11/2001.

MONSIVÁIS, C. Anita Brenner y el Renacimiento Mexicano. In: HERNANDÉZ, A. (org). Anita Brenner. Visión de uma época. España: Editorial RM, 2006, pp 19-40.

ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 1988.

SÁNCHEZ, A. La revolución mexicana em la mirada de Anita Brenner. Letras Históricas, 2012, p. 182.

SADEK, M. Da Revolução. São Paulo: Lua Nova, 1989.

Publicado
2017-07-07