PL 867/2015: O “Escola Sem Partido”, a criminalização da docência e a oposição religiosa as discussões de gênero

  • Pedro Henrique Duarte da Costa Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, campus de Três Lagoas

Resumen

Resumo: Desde 2014, projetos baseados no Movimento Escola sem Partido, criado por Miguel Nagib, em 2004, vem sendo apresentados nas câmaras legislativas do país. Em sua maioria, esses projetos são de autoria de lideres religiosos fundamentalistas que se dizem preocupados com o papel que a educação tem assumido, já que, segundo os mesmos, os(as) professores(as) estariam atuando como doutrinadores(as) ideológicos e políticos. Este ensaio tem como objetivo analisar o programa Escola sem Partido tomando como referência o projeto de lei 879/2014, agora 867/2015, tendo como foco a iniciativa religiosa para um desmonte da educação crítica e, principalmente, das discussões relacionadas a gênero e sexualidade e de uma tentativa de criminalização da docência por parte do MESP e seus apoiadores.

Palavras chave: Escola sem Partido; docência; religião; gênero

Citas

CAINELLI, Marlene Rosa. Os saberes docentes de futuros professores de história: a especificidade do conceito de tempo. In: Currículo sem fronteiras, v. 8, n. 2, pp. 134-147, jul/de 2008.

CRESCÊNCIO, Cintia Lima. Da teoria à prática: gênero, saberes docentes e desafios contemporâneos. Revista Catarinense de História, Florianópolis, 201X.

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Projeto de Lei 867/2015. (Disponivel em: http://www.camara.gov.br/sileg/integras/1317168.pdf. Acessado em 20 de julho de 2017)

SCHMIDT, Maria Auxiliadora M. História do Ensino de História no Brasil: Uma proposta de periodização. Revista História da Educação - RHE Porto Alegre v. 16 n. 37 Maio/ago. 2012.

Publicado
2017-11-27