A A mineiridade, patrimônio histórico e turismo no caminho velho da Estrada Real

  • Alexandre Nick Unihorizontes
Palavras-chave: Minas Gerais, Brasil. Estrada Real. Mineiridade. Turismo.

Resumo

Este trabalho inspirou-se na curiosidade acadêmica sobre a natureza e o significado da mineiridade como construção simbólica do ser mineiro e o reflexo no turismo do Caminho Velho da Estrada Real. O objetivo é, portanto, analisar a construção histórica e cultural da imagem do Caminho Velho da Estrada Real, na percepção de turistas. Metodologicamente, foi realizada uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, com a utilização de entrevistas como estratégia de coleta de dados. Foram entrevistados dez turistas em dez cidades selecionadas no Caminho Velho da Estrada Real. Para análise dos dados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, estabelecendo três categorias de análise: Conhecimento acerca da Estrada Real, Governo e (des)governo no  percurso da Estrada Real, Imagem e cultura: a cidade, na  percepção dos entrevistados. Os resultados indicaram que reconhecer um espaço como turístico é uma construção histórica e cultural. Dessa forma, na rota cotidiana das cidades mineiras que estão presentes no Caminho Velho da Estrada Real transparece a vivência, os símbolos e a memória de homens e mulheres de épocas diversas, sendo inflamadas pela mineiridade. Assim, O discurso da mineiridade é apropriado de modos variados. As maneiras de ver, viver e assistir são construtos socialmente ancorados, o que revela que a mineiridade é diversamente apropriada nas diferentes regiões culturais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Abdala, M. C. (1997). Receita de mineiridade: a cozinha e a construção da imagem do mineiro. EDUFU-Editora da Universidade Federal de Uberlândia.

Afonso, j.; Martino, n.; Boas, m. V.; Podestá, r.; Félix, c. (2015). Minas de tantos geraes. IL. V.2. Belo Horizonte: Veredas Editora, 2015. 320p.

de Aguiar, M. S. (2007). Poesia e identidade em Minas Gerais: a construção da memória. Cadernos de História, 9(11), 99-112.

Andrade, C. D. D. (1992). Carlos Drummond de Andrade: poesia completa. Editora Nova Aguiar, Rio de Janeiro.

Arruda, M. A. (1999) Mitologia da Mineiridade: o imaginário mineiro na vida política e cultural do Brasil. São Paulo: Brasiliense.

Barbará, S., Leitão, M. C. D. S., & Fontes Filho, J. R. (2007). A governança regional em turismo: realidade? Estudo de caso sobre o destino Estrada Real. Cadernos EBAPE. BR, 5(4), 01-16.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo (Edições 70). Lisboa. Portugal.

Bomeny, H. M. B. (1994). Guardiães da razão: modernistas mineiros. Editora UFRJ.

Collis, J., & Hussey, R. (2005). Pesquisa em administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. Bookman.

Costa, A. G. (2005). Os caminhos do ouro e a Estrada Real. Editora UFMG.

Creswell, J. W. (2014). Investigação Qualitativa e Projeto de Pesquisa-: Escolhendo entre Cinco Abordagens. Penso Editora.

Dias, F. C. (1985). Mineiridade: construção e significado atual. Ciência & Trópico, 13(1).

Dulci, O. S. (1999). Política e recuperação econômica em Minas Gerais (Vol. 37). Editora Ufmg.

Fausto, B. (2002). História concisa do Brasil (1 reimpressão). São Paulo: EDUSP, Imprensa Oficial do Estado.

Geertz, C. (1989). A interpretação das culturas, Rio de Janeiro: Ed.

Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. Ediitora Atlas SA.

Girard, R. (2008) A violência e o sagrado. Trad. Martha C. Gambini. 3. ed. São Paulo: Paz e Terra.

Da Silva, A. B., Godoy, A. S., Godoi, C. K., Balsini, C. P. V., De Freitas, H. M. R., Macke, J., ... & Bandeira-de-Mello, R. O. D. R. I. G. O. (2017). Pesquisa Qualitativa em Estudos Organizacionais. Editora Saraiva.

Iglesias, F. (1992). História política de Brasil [1500-1964]. MAPFRE.

Lima, A. A. (1946). Voz de Minas:(ensaio de sociologia regional brasileira). Agir.

Marques, D. A. D. (2009). Estrada Real: patrimônio cultural de Minas Gerais (?): um estudo de Diamantina e Serro.

MARTINS, S. (1992) Caminhos de Minas. São Paulo: Editoração Publicações e Comunicações

Pereira, M. F. (2012). Músicas da propaganda institucional/2011 da Rede Globo Minas: revisitando memórias de Minas Gerais. Entremeios: revista de estudos do discurso, (5), 1-8.

Pernisa, M. B. (2011). A construção simbólica da identidade mineira no telejornal da Rede Minas. Dissertação de Mestrado em Comunicação Social, Universidade Federal de Juiz de Fora: Juiz de Fora.

Pires, M. D. C. (2017). Das Viagens dos Cientistas no Século XIX aos Modernistas: a Mineiridade e o Despertar do Turismo das Cidades Históricas de Minas Gerais, Brasil. Rosa dos Ventos, 9(3), 405-416.

Pires, M. J. (2002). Raízes do turismo no Brasil: hóspedes, hospedeiros e viajantes no século XIX.

Richardson, M. K., Minelli, A., & Coates, M. I. (1999). Some problems with typological thinking in evolution and development. Evolution & Development, 1(1), 5-7.

Rocha, S. M. (2003). A “mineiridade” em questão: do discurso mítico ao discurso midiático (Doctoral dissertation, Tese de doutorado. Escola de Comunicação. UFRJ, Rio de Janeiro).

Rosa, J. G. (1992). Sagarana. 2. ed. Rio de Janeiro: Universal.

Rosa, J. G (1957). Poema a Minas Gerais. Revista O Cruzeiro.

Sabino, F. (1982). Minas Enigma. A inglesa deslumbrada. Rio de Janeiro: Record.

Sarmento, M. (2004). Análise dos impactos do turismo no desenvolvimento sustentável das regiões. Lições de turismo. Rio de Janeiro: UniverCidade, 12-35.

Thriry-Cherques, H. R. (2009). Saturação em pesquisa qualitativa: estimativa empírica de dimensionamento. Revista PMKT, 3(2), 20-27.

VASCONCELLOS, S. (1981). Mineiridade: ensaio de caracterização. São Paulo: Abril Cultural Editora

Publicado
2020-06-19
Como Citar
Nick, A. (2020). A A mineiridade, patrimônio histórico e turismo no caminho velho da Estrada Real. Ateliê Do Turismo, 3(2), 26-50. Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/adturismo/article/view/9838
Seção
ARTIGOS