Para cego ver: análise da acessibilidade no palacete provincial em Manaus para turistas com deficiência visual

Palavras-chave: Centro Cultural., Museu, Acessibilidade, Turista com deficiência Visual

Resumo

A população de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida vem aumentando consideravelmente nos últimos anos. No Brasil, cerca de 35,8 milhões de pessoas possuem deficiência visual, sendo essa a mais recorrente no país e no estado do Amazonas, onde encontramos cerca de 651,2 mil pessoas com esta deficiência. Considerando a crescente demanda de pessoas com deficiência visual no estado, espera-se que os museus e centros culturais existentes no local proporcionem acessibilidade a esse público. Dessa forma, utilizando o Centro Cultural Palacete Provincial, que fica localizado na capital do estado e que possui um fluxo majoritário de visitantes locais, este estudo possui como objetivo geral analisar a acessibilidade no Palacete Provincial para o atendimento do turista com deficiência visual ou baixa visão. Trata-se de uma pesquisa descritiva, bibliográfica e de abordagem qualitativa, em que foram realizadas visitas guiadas de 5 pessoas com deficiência visual e aplicada uma pesquisa após a visita. Como resultados, verificou-se que o Centro Cultural Palacete Provincial não atende às necessidades de uma pessoa com deficiência visual relativamente a acessibilidade dos museus que integram o espaço. Como contribuição teórica, esta pesquisa, além de trazer informações históricas e descritivas do Centro Cultural objeto de estudo, apresenta a literatura a respeito do turismo acessível e a legislação brasileira a despeito da acessibilidade. Como contribuição prática, apresenta subsídios que podem contribuir para sensibilizar os gestores da necessidade de se investir em acessibilidade nos centros culturais, podendo ser replicada em outros museus e centros culturais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marklea Ferst

Doutora em Turismo e Hotelaria pela Universidade do Vale do Itajaí. Mestre em Direito das Relações Sociais pela Universidade Federal do Paraná. Bacharel em Direito. Professora Assistente da Universidade do Estado do Amazonas. Pesquisadora daFundação de Apoio à pesquisa no Amazonas – FAPEAM. Líder do Grupo de Pesquisa CNPQ Observatório de Turismo da UEA.Email: mferst@uea.edu.br

Juliana da Silva Melo, Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

Graduada em Turismo pela Universidade do Estado do Amazonas. Email: jsm.tur18@uea.edu.br

Referências

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015.

Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR 15.559: Acessibilidade - Comunicação na prestação de serviços. Rio de Janeiro, 2012.

Babaita, C. M. (2012). Tourism Industry in Romania and the Needs of People With Disabilities. Annals of the University of Oradea, Economic Science Series, 21(1), 481–486. https://bityli.com/CsLToof

Bickenbach, J. (2011). The world report on disability. Disability and Society, 26(5), 655–658. https://doi.org/10.1080/09687599.2011.589198

Braga, R. dos S. P. (2009). Palacete Provincial. Secretária de Estado de Cultura.

Buhalis, D., & Darcy, S. (2011). Accessible tourism. Concepts and Issues. Aspects of tourism. Channel View Publications.

Cloquet, I., Palomino, M., Shaw, G., Stephen, G., & Taylor, T. (2017). Disability, social inclusion and the marketing of tourist attractions. Journal of Sustainable Tourism, 26(2), 221–237. https://doi.org/10.1080/09669582.2017.1339710

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (1988). Brasília. https://bityli.com/ptOQz

Coronavírus: OMS declara pandemia - BBC News Brasil. ([s.d.]). https://www.bbc.com/portuguese/geral-51842518

Damascena, E. O., Oliveira, B. R. B. de, & Melo, F. V. S. (2012). Marketing Cultural: Visão, Prática e Objetivos da Comunidade Empresarial da Região do Vale do São Francisco (PE). Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 2(1), 75–87. https://doi.org/10.18028/RGFC.V2I1.43

Darcy, S., & Dickson, T. J. (2009). A whole-of-life approach to tourism: The case for accessible tourism experiences. Journal of Hospitality and Tourism Management, 16(1), 32–44. https://doi.org/10.1375/jhtm.16.1.32

Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Recuperado em 22 jun. 2021, de: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm>.

Dicio, D. online de português. (2022). Centro cultural. Porto: 7 Graus. https://www.dicio.com.br/pesquisa.php?q=centro+cultural

Fachin, O. (2017). Fundamentos de metodologia: Noções básicas em pesquisa científica (6a ediçã). Saraiva.

Feijo, M. C. (2003). As políticas culturais da globalização. In Políticas Culturais. Manole.

Ferst, M. da C., Souza, J. I. S., & Coutinho, H. R. M. (2020). Accessibility in accommodation establishments: The use of innovative processes to meet the needs of tourists with disabilities. Revista Turismo - Visão e Ação - Eletrônica, 23(3), 0–2. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.14210/rtva.v22n3.p446-462

Fialho, M. (2009). Rotas Sem Barreiras. Revista Turismo e Desenvolvimento, 11, 109–112.

Gomes, H. S. (2018). Brasil tem 116 milhões de pessoas conectadas à internet, diz IBGE. Tecnologia e Economia -G1. https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/brasil-tem-116-milhoes-de-pessoas-conectadas-a-internet-diz-ibge.ghtml

Hernández Sampieri, R., Collado, C. F., & Lucio, M. D. P. B. (2015). Metodologia de pesquisa (5a ed.). Penso.

IBGE. (2020). IBGE. https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/estrutura-territorial/15819-amazonia-legal.html?edicao=30963&t=o-que-e

Instituto Brasileiro de Museus. (2019). Acessibilidade em Museus. Brasil, Ministério do Turismo. https://mooc38.escolavirtual.gov.br/course/view.php?id=7294#section-5

Lei n.º 4.169, de 4 de dezembro de 1962. (1962) https://bityli.com/bqkMGby.

Lei n.º 7.853, de 24 de outubro de 1989. (1989). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7853.htm.

Lei n.º 10.098, de 19 de dezembro de 2000. (2000). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm.

Lei n.º 11.126, de 27 de junho de 2005. (2005). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11126.htm.

Lei nº 13.146, de 6 de julho 2015. (2015).http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm.

Lyu, S. O. (2017). Which accessible travel products are people with disabilities willing to pay more? A choice experiment. Tourism Management, 59, 404–412. https://doi.org/10.1016/j.tourman.2016.09.002

Ministério da Cultura. (2010). Plano nacional setorial de museus. MinC/Ibram.

Monaco, G. (2016). Museum education and accessibility : Bridging the gaps. Proceedings. - International Council of Museums - International Council of Museums. ICOM International Committee for Education and Cultural Action (CECA). https://icom.museum/en/ressource/museum-education-and-accessibility-bridging-the-gaps-proceedings/

Pérez, D. M., & Velasco, D. J. G. (2003). Turismo accesible. In … /IV Congreso de Turismo Universidad y Empresa. Comité Español de Representantes de Personas con Discapacidad - CERMI. http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=1700653

Ramos, L. B. (2007). Centro Cultural: Território privilegiado na ação cultural e informacional na sociedade contemporânea. III ENECULT – Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura, Iii.

Sassaki, R. K. (2009). Inclusão: Acessibilidade no lazer, trabalho e educação. Revista Nacional de Reabilitação (Reação), 10–16. https://acessibilidade.ufg.br/up/211/o/SASSAKI_-_Acessibilidade.pdf?1473203319

Publicado
2022-09-26
Como Citar
Ferst, M., & Melo, J. da S. (2022). Para cego ver: análise da acessibilidade no palacete provincial em Manaus para turistas com deficiência visual. Ateliê Do Turismo, 6(2), 232 - 251. https://doi.org/10.55028/at.v6i2.16196
Seção
ARTIGOS