Atuação de grupos de pesquisa em turismo localizados em Instituições Públicas de Ensino no Nordeste do Brasil: Internacionalização, projetos e perspectiva
Resumo
O objetivo dessa pesquisa foi identificar as ações de internacionalização e realização de projetos nos grupos de pesquisa em turismo de Instituições de Ensino Superior (IES) no Nordeste do Brasil. Trata-se de estudo descritivo-exploratório com abordagem quali-quantitativa, sendo o universo composto por 46 grupos de pesquisa em turismo. A amostra compreende pesquisadores de 12 grupos de pesquisa em turismo de 8 IES distribuídas em quatro estados. A coleta dos dados se desdobrou por meio de dados extraídos do Diretório de Grupos de Pesquisa/CNPq que apontam o perfil dos grupos, e a partir de um formulário online que permitiu identificar as prioridades de temas abordados nas linhas de pesquisa desses grupos e, averiguar ações de internacionalização e a execução de projetos. Quanto aos resultados o estado de Sergipe concentra o maior número de grupos de pesquisa em turismo do Nordeste e o tempo de atuação da maioria é de 5 anos, denotando um cenário recente e em consolidação, possivelmente, arraigado pelo aumento nos cursos de pós-graduação Stricto Sensu. As linhas de pesquisa e suas temáticas prioritárias mais pesquisadas são gestão, marketing, planejamento e políticas públicas. A internacionalização apresenta-se de forma tímida, uma vez que, mesmo possuindo pesquisadores estrangeiros em suas composições, essa iniciativa não promove resultados significativos para o que se espera dessa dimensão. Por sua vez, mais da metade dos grupos de pesquisa da amostra realizaram, em média, de 6 a 10 projetos, cada. O que se desdobrou em 33 produtos turísticos de cunho técnico e científico, especialmente, artigos científicos e inventários, nos últimos cinco anos (2017-2021). Como considerações finais, percebe-se que, boa parte opera com uma quantidade ínfima de alunos bolsistas, revelando o pouco investimento em recursos financeiros, considera-se que esse é um dos gargalos para o incentivo a novas possibilidades de atuação e ampliação do conhecimento no turismo.
Downloads
Referências
Bardin, L. (2004). Análise de conteúdo. 3. ed. Lisboa. Edições.
Barretto, M. (2004). Discutindo o ensino universitário de turismo. Campinas, SP. Papirus.
Barretto, M. & Santos, R. J. (2005). Fazer Científico em Turismo no Brasil e seu reflexo nas publicações. Turismo - Visão e Ação, v. 7, n. 2, p. 357-364. Recuperado de: https://bit.ly/3nsJHQO doi: https://doi.org/10.14210/rtva.v7n2.p357-364
Brandão, H. P. & Guimarães, T. A. (2001). Gestão de competências e gestão de desempenho: Tecnologias distintas ou instrumentos de um mesmo construto? Revista Administração de Empresas, v. 41, n. 1, p. 8-15. Recuperado de http://bit.ly/3Kg8q3F doi: https://doi.org/10.1590/S0034-75902001000100002
Brasil. (2016). Ministério da Saúde. Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016, do Conselho Nacional de Saúde. Brasília.
Brasil. (2022). Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Apresentação. Recuperado de http://bit.ly/3FXp6KA
Castro, A. A. & Cabral-Neto, A. (2012). O ensino superior: A mobilidade estudantil como estratégia de internacionalização na América Latina. Revista Lusófona de Educação. v. 21, p. 69-96. Recuperado de http://bit.ly/42PTGzW
Cervo, A. L. & Bervian, P. A. (2002). Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Prentice Hall.
Chiavenato, I. (1999). Introdução à Teoria Geral da Administração. 5. ed. São Paulo: Campus.
Corrêa, A. F. (2019). Internacionalização, humanismo e ética. Revista Orfeu. v. 4, n. 2, p. 61-78. Recuperado de https://bit.ly/3TUmxiw doi: https://doi.org/10.5965/2525530404022019059
Coutinho, A. C. A. & Melo, M. A. W. S. Análise das influências e contribuições de John Tribe para a teoria do turismo. Revista de Turismo Contemporâneo, v. 4. Recuperado de http://bit.ly/3lPvsoF doi: https://doi.org/10.21680/2357-8211.2016v4n0ID7005
Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil – Consulta parametrizada. (2021). Recuperado de https://bit.ly/3KdT5AK
Fontes-Filho, J. R. (2006). Planejamento estratégico da pequena e média empresa: Aplicações no setor turístico. Rio de Janeiro: Publit soluções editoriais.
Gerhardt, T. E.; & Silveira, D. T. (Orgs.). (2009). Métodos de pesquisa. Porto Alegre: UFRGS.
Jafari, J. & Ritchie, J. R. B. (1981). Toward a framework for tourism education: Problems and prospects. Annals of tourism research. Great Britain: Pergamon, v. 8, n. 1, p. 13-34. Recuperado de https://bit.ly/3Kh8BvA doi: https://doi.org/10.1016/0160-7383(81)90065-7
Knight, J. (2007). Internationalization: Concepts, complexities and challenges. In: Forest, James J. F., Altbach, Philip G. (eds). International handbook of higher education, v. 18 Dordrecht: Springer.
Kuhn, Thomas S. (1998). A estrutura das revoluções científicas. 5. ed. São Paulo: Perspectiva.
Meira, F. B. & Meira, M. B. V. (2007). Considerações sobre um campo científico em formação: Bourdieu e a" nova ciência" do turismo. Cadernos EBAPE. BR, v. 5, p. 01-18.
Moesch, M. (2002). A produção do saber turístico. 2. ed. São Paulo: Contexto.
Oliveira, D. P. R. (2013). Planejamento estratégico: Conceitos, metodologia e práticas. 31. ed. São Paulo: Atlas.
Oliveira, L. F. M. (2018). Entre abstrações ou práticas: Onde se insere a teoria do/sobre o turismo? Revista Ateliê do Turismo, v. 2, n. 2. Recuperado de http://bit.ly/3no1I2B
Panosso-Netto, A. & Nechar, M. C. (2016). Turismo: perspectiva crítica (textos reunidos). Assis: Triunfal Gráfica e Editora.
Panosso-Netto, A. & Nechar, M. C. (2014). Epistemologia do turismo: escolas teóricas e proposta crítica. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, São Paulo, v. 08, n. 1, p. 120-144. doi: http://dx.doi.org/10.7784/rbtur.v8i1.719
Panosso Netto, A. Aula Inaugural do PPGTUR-UFRN. (2021). Programa de Pós-graduação em Turismo. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Recuperado em 26 maio, 2022, de https://www.youtube.com/watch?v=zg3OIbHcHfI
Pimentel, T. D., Carvalho, F. C. C. & Pimentel, M. P. C. (2019). O Processo de Institucionalização das Estruturas Formais de Investigação em Turismo (EFIT) no Brasil. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, São Paulo, v. 13, n. 3, p. 16-35. Recuperado de http://bit.ly/3nvkfKr doi: https://doi.org/10.7784/rbtur.v13i3.1493
Plataforma Sucupira. (2022). Cursos avaliados e reconhecidos. Recuperado de http://bit.ly/3LZ9fir
Rejowski, M. & Mena-Chalco, J. P. (2019). Mapeo de la producción académica de jóvenes doctores con tesis sobre turismo en Brasil. Estudios y perspectivas en turismo, v. 28, p. 38-60. Recuperado de http://bit.ly/3LUxJtn
Richardson, Roberto J. (1985). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas.
Santos, G. E. D. O., Panosso, A., & Wang, X. (2017). Análise de citações de periódicos científicos de turismo no Brasil: subsídios para a estimação de indicadores de impacto. Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo, v. 11, p. 61-88. Recuperado de http://bit.ly/40BaNDK doi: https://doi.org/10.7784/rbtur.v11i1.1105
Sogayar, R. L. & Rejowski, M. (2011). Ensino Superior em turismo em busca de novos paradigmas educacionais: Problemas, desafios e forças de pressão. Revista Turismo e Ação, v. 13, n. 3, p. 282-298. Recuperado de https://bit.ly/40LzDR0 doi: https://doi.org/10.14210/rtva.v13n3.p282-298
Stallivieri, L. (2017). Internacionalização e intercâmbio: Dimensões e perspectivas. Curitiba: Appris.
Tribe, J. & Liburd, J. J. (2016). The Tourism Knowledge System. Annals of Tourism Research, v. 57, p. 44-61. Recuperado de https://bit.ly/3G11HYW doi: https://doi.org/10.1016/j.annals.2015.11.011
Copyright (c) 2023 Alice Emanuele de Almeida Barros, Darlyne Fontes Virgínio, Mauro Lemuel de Oliveira Alexandre
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Os autores/investigadores que publicam na Ateliê do Turismo concordam com os seguintes termos:
1 - Direitos autorais.
Os autores/investigadores mantêm seus direitos autorais, embora concedam à Ateliê do Turismo, os direitos de exploração não exclusiva (reprodução, distribuição e publicidade). Concedem à Ateliê do Turismo o direito de primeira publicação de seu trabalho/pesquisa, que estará simultaneamente sujeito à licença indicada no ponto 2. Os autores podem estabelecer outros acordos adicionais para a distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicado na Ateliê do Turismo, desde que haja um reconhecimento de sua publicação inicial nesta revista.
2 - Licença.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Esta licença permite compartilhar (copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato), dar o crédito apropriado ao (s) autor (es) / investigador (es) e revista, porém, não pode utilizar o material para fins comerciais. No caso de remixação, transformação ou criação a partir do artigo, não poderá distribuir o material modificado.
O (s) autor (es) / investigador (es), possuem autorização para distribuição pelos diversos meios a comunidade científica e acadêmica, bem como são estimulados a distribuir em repositórios institucionais ou em suas páginas pessoais, tendo em vista que esse processo pode ocasionar alterações produtivas, como impacto da pesquisa e as devidas citações do trabalho publicado.
1.png)
