Resumo: <br>Exposição materna à Moquiniastrum polymorphum subsp. Floccosum causa aborto, danos no DNA e comprometem o desenvolvimento gestacional. PECIBES, supl.1, 26, 2015.

Resumo

O extrato etanólico de Moquiniastrum polymorphum subsp. Floccosum, suas frações e compostos isolados possuem atividade anti-inflamatória em ambos os sexos. O extrato etanólico dessa planta ainda foi indicada para a bioprospecção de um anti-inflamatório fitoterápico para uso durante a gestação por não apresentar efeito mutagênico, não alterar o desempenho reprodutivo e nem o desenvolvimento embriofetal o que sugere segurança no seu uso. Frente ao exposto a presente pesquisa avaliou os efeitos das frações diclorometano (DCM) e butanólica (BT) de M. polymorphum em camundongos fêmeas prenhes. Os animais foram tratados em período pré-implantação (1-4 dia gestacional (dg)), de organogênese (5-15dg) e gestacional (1-18dg) com as doses de 300mg/kg e 100mg/kg para DCM e BT, respectivamente. As análises estatísticas demonstraram que a DCM é abortiva ou impede a nidação nos três protocolos testados sendo sua ação mais pronunciada no protocolo de pré-implantação (p<0,05). Ambas as frações testadas são mutagênicas e a maior mutagenicidade foi observada na fração DCM elevando em 58,5x a frequência de micronúcleos (p<0,05). Outros parâmetros reprodutivos como o número de reabsorções, taxa de reabsorção, número de implantes, peso fetal e viabilidade fetal não apresentaram diferenças estatisticamente significativas (p>0,05). Os resultados sugerem que as frações de M. polymorphum possui toxicidade por aumentar a frequência de lesões genéticas e alterar o desempenho reprodutivo, fatos que contraindicam o seu uso para prospecção de medicamentos anti-inflamatórios para uso em período gestacional