DOS CORREDORES E GABINETES AOS PROCESSOS JUDICIAIS

EXPRESSÕES ESTEREOTIPADAS, DISCRIMINATÓRIOS E PRECONCEITUOSAS DE GÊNERO

  • Silvia Pimentel Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Maria Almeida Mendes de Oliveira Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Resumo

Resumo: Trata-se de artigo decorrente da pesquisa Semente de Repertório: expressões estereotipadas, preconceituosas e discriminatórias em relação às mulheres no cotidiano dos profissionais do sistema de justiça. O objetivo principal do trabalho foi evidenciar a maneira como a linguagem é capaz de perpetuar diferentes opressões, com foco na dscriminação de gênero. Para tanto, analisamos normas e documentos jurídicos nacionais e internacionais, a fim de destacar de que forma a eliminação dos estereótipos de gênero está prevista no ordenamento jurídico. Depois, os verbetes e frases coletados na pesquisa mencionada foram analisados a partir da teoria feminista, a fim de demonstrar como a linguagem reproduz os padrões sociais podendo promover a opressão ou a libertação. Concluiu-se que, com base em todo o exposto, é essencial mudar os padrões culturais da sociedade e, para isso, a educação com perspectiva de gênero é a melhor estratégia. 

Palavras chave: gênero, educação, feminismo, linguagem, violência.

Biografia do Autor

Silvia Pimentel, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Possui Graduação e Pós-Graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1970) e Pós-Graduação em Psicologia da Educação na mesma Universidade. Concluiu Doutorado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1977). Atualmente, é professora doutora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo onde ocupa o cargo de Coordenadora do Núcleo de Direito Constitucional da Pós-Graduação em Direito da PUC/SP e representante docente da Faculdade de Direito da PUC/São Paulo no CEPE - Conselho de Ensino e Pesquisa. Fundadora e membro do Comitê Latino Americano e do Caribe Para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM-1987), e membro de seu Conselho Honorário Consultivo(desde 2005),fundadora e membro do Conselho Diretor da Comissão de Cidadania e Reprodução (CCR-desde 1992) e "Expert " (2005-2016) e em 2011/2012, Presidente do Comitê sobre a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres, da Organização das Nações Unidas (CEDAW/ONU). É coordenadora do Grupo de Pesquisa de Direito, Discriminação de Gênero e Igualdade da PUC-SP. Integra a Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP.

Maria Almeida Mendes de Oliveira, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Mestranda em Direito Constitucional na PUC-SP. Possui graduação em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2022). Atualmente é assistente na Optativa Direito, Gênero e Igualdade da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Publicado
2025-03-06