ETERNO RETORNO COMO POSSIBILIDADE PARA O HOMEM CRIADOR
Resumo
O presente artigo tem por objetivo estabelecer uma intersecção entre as noções de “eterno retorno” e “homem criador” no pensamento de Friedrich Nietzsche (1844-1900). Nosso intento é mostrar que o eterno retorno pode servir de ponto de partida para a substituição do conceito pela metáfora, já que, segundo Nietzsche, em última instância, a verdade não atende a requisitos puramente epistemológicos: seus alicerces são morais. Vislumbrada além da moralidade, ela não passa de ficção. Contudo, esquecida como tal, a verdade abandona sua procedência artística, tornando-se serva de pressupostos metafísicos. É com esse “esquecimento” que chega o homem ao sentimento de verdade. O eterno retorno é fluxo, é conflito de forças. E Nietzsche opõe o fluxo da força ao conhecimento do que permanece. Assim, através do eterno retorno, seria possível reduzir a moral à estética, substituindo o “instinto de verdade” pelo “ato criativo”.
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Referências
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