ARISTÓTELES E A TRADIÇÃO MEGÁRICA ACERCA DA DYNAMIS

##plugins.pubIds.doi.readerDisplayName##: https://doi.org/10.55028/eleu.v8i14.16149

Résumé

O presente artigo tem como objetivo principal esclarecer a concepção da tradição megárica acerca do conceito de capacidade (δύναμις), tal como apresentada no livro Theta da Metafísica de Aristóteles. A análise se faz necessária devido à falta de atenção aristotélica na formulação da tese adversária dos megáricos, pois em nenhum momento Aristóteles parece nos oferecer argumentos plausíveis que justifiquem de maneira adequada a tese de seus oponentes. Partindo desta dificuldade de reconstrução do argumento megárico e visando lhe oferecer uma maior dignidade, o estudo irá, em primeiro lugar, destrinchar possíveis argumentos que sustentem a tese no contexto da referida obra. Em seguida, irá provar que, mesmo a tese megárica não sendo tão facilmente refutável como uma primeira leitura poderia sugerir, há em sua estrutura problemas graves, que se evidenciam diante da concepção aristotélica da capacidade.

##plugins.generic.usageStats.downloads##

##plugins.generic.usageStats.noStats##

Biographie de l'auteur

Beatriz Saar, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutoranda em Filosofia Antiga pelo Programa de Pós-graduação Lógica e Metafísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGLM/UFRJ). Possui graduação (2021) em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestrado (2023) em Filosofia pelo Programa de Pós-graduação Lógica e Metafísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGLM/UFRJ). É também integrante do grupo de pesquisa Programa de Estudos em Filosofia Antiga (PRAGMA/UFRJ), vinculado ao CNPq, e da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC). Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Antiga, atuando principalmente nos seguintes temas: Beleza, Metafísica, Neoplatonismo e Estética. Dedica-se também aos Estudos Clássicos, em especial abordando perspectivas platônicas nas obras dos romancistas gregos do Período Imperial.

Références

ARISTÓTELES. Metafísica. Livros IX e X. Trad. Lucas Angioni. In: Clássicos da Filosofia: Cadernos de Tradução n. 9, 2004, pp. 15-37.

ARISTÓTELES. Metafísica vols. I, II, III, 2ª edição. Ensaio introdutório, tradução do texto grego, sumário e comentários de Giovanni Reale. Trad. Marcelo Perine. São Paulo: Edições Loyola. 2002.

BEERE, Jonathan. Doing and Being: an Interpretation of Aristotle’s Metaphysics Theta. Oxford: Oxford University Press, 2009.

DIÓGENES LAÉRCIO. Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. Trad. Mário da Gama. 2ª ed.

Brasília: UNB, 2008.

FINE, Kit. Aristotle's Megarian Manoeuvres. Mind, v. 120, n. 480, p. 993-1034, 2011. DOI: https://doi.org/10.1093/mind/fzr092.

FRIEND, Toby. Megarian Variable Actualism. Synthese, v. 199, n. 3-4, p. 10521-10541, 2021. DOI: https://doi.org/10.1007/s11229-021-03257-7.

GRUBE, George. The Logic and Language of the Hippias Major. Classical Philology, v. 24, n. 4, p. 369-375, 1929. DOI: https://doi.org/10.1086/361170.

MAKIN, Stephen. Megarian Possibilities. Philosophical Studies: An International Journal for Philosophy in the Analytic Tradition, v. 83, n. 3, p. 253-27, 1996. DOI: https://doi.org/10.1007/BF00364608

TOMÁS DE AQUINO. Comentário à Metafísica de Aristóteles IX-XII. Livro IX. Trad. Paulo Faitanin e Bernardo Veiga. São Paulo: Vide Editorial, 2020.

Publiée
2023-10-17
Rubrique
Artigos