HEROÍSMO E SINGULARIDADE: ABENSOUR, ARENDT, CANETTI

Palavras-chave: Heroísmo. Singularidade. Individualidade. Universalidade. Pequeno. Resistência. Morte.

Resumo

O propósito deste artigo é de contribuir com a questão da relação entre heroísmo e modernidade. Em referência à figura do pequeno privilegiado de Miguel Abensour, nomeadamente através das figuras de Benjamin ou de Kafka, a questão que se coloca é a de saber se a resistência ao projeto totalitário de destruir no indivíduo qualquer traço de singularidade pode se assemelhar a uma forma de heroísmo, ou melhor, se esta recusa da praxis guerreira envolvida pela mobilização total deve, pelo contrário, se afirmar em contradição com a figura tradicional do herói, tanto o heroísmo parece ter parte ligada com a lealdade à força bruta e a glorificação da morte em combate. Baseando-se no pensamento de Miguel Abensour, de Hannah Arendt e de Elias Canetti, este artigo interroga o lugar que é ou não possível conferir ao herói em um pensamento que atribui um lugar prepoderante à democracia, por conseguinte, já não se pode fundamentar a sua legitimidade em referência a uma transcendência, seja ela de origem aristocrática ou enraizada em uma cosmologia.

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Biografia do Autor

Nicolas Poirier, Université Paris Nanterre

Professeur certifié de Philosophie au Lycée Jules Verne de Cergy (95). Rattaché au laboratoire Sophiapol (EA 3932) – Sociologie, philosophie et anthropologie politiques – de l’Université Université Paris Nanterre. Docteur en Science politique de l'Université Paris Diderot, mention Philosophie politique. Thèse sous la direction de Miguel Abensour soutenue en décembre 2008, mention très honorable avec félicitations (jury : Miguel Abensour, Vincent Descombes, Anne Kupiec, Gilles Labelle, Anne-Marie Roviello) : Création et institution. Trajets critiques et ontologie politique dans l’œuvre de Cornelius Castoriadis.

 

Referências

ABENSOUR, Miguel. Hannah Arendt contre la philosophie politique? Paris: Sens&Tonka, 2006.

ADORNO, Theodor W. Minima Moralia – Réflexions sur la vie mutilée (1951). Trad. E. Kaufholz et J.-R. Ladmiral. Paris : Payot, 1991.

ARENDT, Hannah. Le système totalitaire. Trad. J.-L. Bourget ; R. Davreu ; P. Lévy. Paris : Seuil, 1972, rééd. « Points-Essais », 2001.

CANETTI, Elias Canetti. La conscience de mots. Trad. R. Lewinter. Paris : Albin Michel, « Les grandes traductions », 1984.

CANETTI, Elias Canetti. Masse et puissance. Trad. R. Rovini. Paris : Gallimard, 1966, rééd. « Tel-Gallimard », 2015.

Publicado
2016-12-15
Como Citar
Emmanuel, N. P. (2016). HEROÍSMO E SINGULARIDADE: ABENSOUR, ARENDT, CANETTI. Eleuthería - Revista Do Mestrado Profissional Em Filosofia Da UFMS, 1(1), 06 - 19. Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/reveleu/article/view/1719
Seção
Artigos