Utilização do bioindicador Artemia salina na avaliação toxicológica em extratos vegetais de Allium sativum com presença de praguicidas

Palavras-chave: Agrotóxico, Limite Máximo de agrotóxico em Alimentos, Bioindicador, Alho.

Resumo

O Brasil é um dos maiores produtores agropecuários do mundo, consequentemente, se torna um dos maiores consumidores de praguicidas do mundo. Quando utilizado de forma incorreta, os praguicidas podem gerar contaminação direta ou indireta. Todo praguicida tem um tempo de carência, sendo o tempo em que leva para o agente químico ser degradado do alimento, no entanto, quando não respeitado, leva a contaminações agudas aos consumidores. A pesquisa em questão teve como objetivo á presença de resíduos de agrotóxicos utilizando a Artemia salina como bioindicador e avaliar a influencia do tempo de carência nos resultados obtidos. Foram cultivados dez bulbos de alhos, nos quais cinco receberam o praguicida da classe dos inseticidas, o Tiofanato-metilico, e cinco não receberam. Para avaliar o tempo de carência, o cultivo ocorreu em T0, T7 e T14.  Para a determinação da toxicidade, utilizou-se o bioensaio com A. salina. Os resultados foram obtidos pela contagem de artemias mortas. A partir desses dados foi possível a determinação da DL50, no qual foi necessário utilizar amostras dos extratos em diferentes concentrações. Os resultados obtidos indicam que quando não há utilização do praguicida, a toxicidade se mostra diminuída em relação às plantas que receberam o praguicida.

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Publicado
2021-02-27