PERFIL DE PROFESSORAS QUE PARTICIPAM DE UM GRUPO COLABORATIVO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NA INFÂNCIA
Resumo
O trabalho objetiva compartilhar os resultados iniciais de uma investigação financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Edital Universal nº 18/2021. Por se tratar de um recorte de uma Iniciação Científica, o objetivo aqui é apresentar o perfil de professoras que participam de um grupo colaborativo em Educação Matemática na infância, neste caso em particular, o Grupo de Estudos "Nome do Grupo" (Sigla). O "Nome do Grupo" estrutura-se na perspectiva colaborativa, ambiente em que todos são produtores de conhecimento e que tem como objetivo socializar práticas relacionadas à Matemática na Educação Infantil a partir de narrativas de professoras (AUTOR; AUTOR, ANO). O gerenciamento das ações do grupo ocorre via oferta de Atividade Curricular de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão (ACIEPE) pela Universidade "Nome" (Sigla), tendo professoras da Educação Básica e estudantes das licenciaturas em Pedagogia e Matemática como público principal, liderado pela Profa. Dra. "Nome" e Prof. Dr. "Nome". A dinâmica é de encontros quinzenais, nos quais são proferidas palestras por pesquisadores sobre a linguagem matemática para exploração com bebês e crianças com o intuito de auxiliar a prática docente. O trabalho empreendido oferece muitos pontos positivos, como a constituição de uma profissionalidade interativa, autônoma e deliberativa (AUTOR, ANO) e tem sido considerada como requisito para o desenvolvimento de professoras e melhoria das ações nas instituições. Em 2022, no contexto em que a pesquisa que aqui relatamos é subsidiada, foi aplicado um questionário Google Forms para traçar o perfil do grupo. A partir disso, pode-se afirmar que o Nome/Sigla é majoritariamente feminino, tem sua faixa etária entre 20 e 60 anos, além da maior parte das participantes residirem no estado de São Paulo e se autodeclarem pessoas brancas. Com relação à formação acadêmica, 44,4% possuem Magistério (modalidade Ensino Médio e/ou CEFAM), integralizados entre os anos de 1982 e 2011; todos possuem ou estão cursando Ensino Superior em licenciaturas, sendo a maior parte em Pedagogia; 44,44% também possuem especialização; e 11,16% possuem/estão realizando mestrado (todos na área de educação). Ademais, o grupo é diverso também quanto ao tempo de atuação como professoras, desde meses até mais de 30 anos de experiência. De modo geral, 50% das partícipes declararam ter boa relação com a Matemática; já a outra metade transita entre excelente, muito boa, razoável e ruim. Assim, mesmo não destacando relação "excelente", acreditam que esta pode sofrer alterações a partir do envolvimento em estudos coletivos. Os sentidos atribuídos à relação com essa área do conhecimento têm implicações, na visão do grupo, da forma como seus professores da Educação Básica a apresentaram. Ainda foi possível perceber que a docência com crianças menores de seis anos, aparentemente para a sociedade, representa, no campo da relação de poder, algo de menor prestígio quando comparada a profissionalidade, o que não é verdade. Por fim, é importante salientar que a formação dialógica e colaborativa docente tem papel essencial na mudança de atitude dos professores em Matemática (TORTORA, 2019), sendo portanto possível superar relações negativas a partir de grupos colaborativos e, consequentemente, contribuir para fomentar atitudes mais positivas desde a mais tenra idade.