PERFIL DE PROFESSORAS QUE PARTICIPAM DE UM GRUPO COLABORATIVO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NA INFÂNCIA

  • Gabriela Ponce de Leon Campos Pimentel Ferreira de Carvalho Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Klinger Teodoro Ciríaco Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP)
  • Priscila Domingues de Azevedo Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Unidade de Atendimento à Criança (UAC)

Resumo

O trabalho objetiva compartilhar os resultados iniciais de uma investigação financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) Edital Universal nº 18/2021. Por se tratar de um recorte de uma Iniciação Científica, o objetivo aqui é apresentar o perfil de professoras que participam de um grupo colaborativo em Educação Matemática na infância, neste caso em particular, o Grupo de Estudos "Nome do Grupo" (Sigla). O "Nome do Grupo" estrutura-se na perspectiva colaborativa, ambiente em que todos são produtores de conhecimento e que tem como objetivo socializar práticas relacionadas à Matemática na Educação Infantil a partir de narrativas de professoras (AUTOR; AUTOR, ANO). O gerenciamento das ações do grupo ocorre via oferta de Atividade Curricular de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão (ACIEPE) pela Universidade "Nome" (Sigla), tendo professoras da Educação Básica e estudantes das licenciaturas em Pedagogia e Matemática como público principal, liderado pela Profa. Dra. "Nome" e Prof. Dr. "Nome". A dinâmica é de encontros quinzenais, nos quais são proferidas palestras por pesquisadores sobre a linguagem matemática para exploração com bebês e crianças com o intuito de auxiliar a prática docente. O trabalho empreendido oferece muitos pontos positivos, como a constituição de uma profissionalidade interativa, autônoma e deliberativa (AUTOR, ANO) e tem sido considerada como requisito para o desenvolvimento de professoras e melhoria das ações nas instituições. Em 2022, no contexto em que a pesquisa que aqui relatamos é subsidiada, foi aplicado um questionário Google Forms para traçar o perfil do grupo. A partir disso, pode-se afirmar que o Nome/Sigla é majoritariamente feminino, tem sua faixa etária entre 20 e 60 anos, além da maior parte das participantes residirem no estado de São Paulo e se autodeclarem pessoas brancas. Com relação à formação acadêmica, 44,4% possuem Magistério (modalidade Ensino Médio e/ou CEFAM), integralizados entre os anos de 1982 e 2011; todos possuem ou estão cursando Ensino Superior em licenciaturas, sendo a maior parte em Pedagogia; 44,44% também possuem especialização; e 11,16% possuem/estão realizando mestrado (todos na área de educação). Ademais, o grupo é diverso também quanto ao tempo de atuação como professoras, desde meses até mais de 30 anos de experiência. De modo geral, 50% das partícipes declararam ter boa relação com a Matemática; já a outra metade transita entre excelente, muito boa, razoável e ruim. Assim, mesmo não destacando relação "excelente", acreditam que esta pode sofrer alterações a partir do envolvimento em estudos coletivos. Os sentidos atribuídos à relação com essa área do conhecimento têm implicações, na visão do grupo, da forma como seus professores da Educação Básica a apresentaram. Ainda foi possível perceber que a docência com crianças menores de seis anos, aparentemente para a sociedade, representa, no campo da relação de poder, algo de menor prestígio quando comparada a profissionalidade, o que não é verdade. Por fim, é importante salientar que a formação dialógica e colaborativa docente tem papel essencial na mudança de atitude dos professores em Matemática (TORTORA, 2019), sendo portanto possível superar relações negativas a partir de grupos colaborativos e, consequentemente, contribuir para fomentar atitudes mais positivas desde a mais tenra idade.

Biografia do Autor

Gabriela Ponce de Leon Campos Pimentel Ferreira de Carvalho, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Graduanda em Licenciatura de Pedagogia na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar, campus São Carlos). Membra do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, Cultura e Formação Docente, no qual desenvolve seus estudos em formação de professores da educação infantil na educação matemática.

Klinger Teodoro Ciríaco, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP)

Professor Adjunto do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP) do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Doutor e Mestre em Educação pela FCT/UNESP, Presidente Prudente; Licenciado em Pedagogia pela UFMS (Campus Três Lagoas). Líder do "MANCALA - Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, Cultura e Formação Docente" (CNPq/UFSCar) e Vice Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas "Outros Olhares para a Matemática" (GEOOM/UFSCar).

Priscila Domingues de Azevedo, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Unidade de Atendimento à Criança (UAC)

Cursou Pedagogia (UNESP – Marília), Mestrado em Educação (FCT/UNESP–Presidente Prudente), Doutorado em Educação (UFSCar) e Pós-doutorado em Tecnologia do Ensino e da Difusão da Ciência (UFSCar). Professora de Educação Infantil da UFSCar (Carreira EBTT) e atua na Unidade de Atendimento à Criança – UAC. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa “Outros Olhares para a Matemática” (GEOOM/CNPq/UFSCar). Integrante do MANCALA - "Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática, Cultura e Formação Docente"; (CNPq/UFSCar). Tem experiência nas seguintes áreas: Educação Infantil, Educação Matemática na Infância, Formação de Professores e Grupo Colaborativo

Publicado
2023-01-30
Seção
Resumo Expandido – Pôster - XVI SESEMAT - 2022