o MODELAGEM MATEMÁTICA E O SUPERLOGO PARA O ENSINO DE GEOMETRIA

UMA MUDANÇA DE CAMINHO INESPERADO NA COLETA DE DADOS

  • HELISON SALLES UFMS
  • Cláudia Carreira da Rosa Ufms

Resumo

Quando o projeto do mestrado em Educação Matemática da turma 01/2021 do Programa de Pós-Graduação (PPGEDUMAT) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) fora encaminhado metodologicamente em uma pesquisa qualitativa de cunho interpretativa, nem pensávamos nos percalços e nem nas mudanças de percurso inesperado que poderiam ocorrer na coleta de dados. Enfatizando, até se imaginava que algumas mudanças ou ajustes poderiam ser feitos a fim de dar continuidade no processo, mas o que aconteceu foi um verdadeiro desencontro metodológico que impactou um pouco com o cronograma estabelecido e necessitou que fosse ajustado conforme a realidade presenciada em sala de aula. Ao estabelecermos as etapas desses encaminhamentos, propomos o uso de Modelagem Matemática, na perspectiva do encaminhamento em sala de aula, embasamos nossa estratégia com os conceitos de Burak (1998) em escolher o tema proposto; utilizar a pesquisa exploratória; fazer o levantamento dos problemas; resolver os problemas através do desenvolvimento de conteúdos matemáticos e solucioná-los. Quando pautamos a criação de duas atividades de Modelagem Matemática, para se trabalhar com o 5º ano do ensino fundamental e incrementar o desenvolvimento dessas atividades com a utilização do software construcionista Superlogo, os problemas práticos começaram a emergir na primeira semana de coleta de dados. Ao visitar a escola e traçar alguns pontos com a direção, ficou estabelecido que a série mais indicada para se trabalhar seria o 4º ano do ensino fundamental e não o 5º como previsto, pois os indicados seriam a turma que apresentava a maior dificuldade no aprendizado; alunos com características mais propícias na aquisição de conhecimento tecnológico e que nos dois últimos anos foram os que mais sofreram com o distanciamento escolar por conta da crise sanitária. A primeira atividade conseguimos realizar em sala, tudo ocorreu como planejado e em alguns aspectos foram até surpreendentes, porém, no laboratório de informática com o uso do software, o conhecimento prévio dessas crianças com a utilização do computador estava muito aquém do esperado, visto que o Superlogo necessita não só de conhecimentos básicos de S.O (sistema operacional) como noções matemáticas com a utilização de periféricos de entrada de dados, como o teclado por exemplo. A solução momentânea para esse problema, fora a formulação em tempo hábil de um tutorial mais detalhado do programa/comandos e o acréscimo de mais três aulas no cronograma para treinamento prático, pois o desenvolvimento de um minicurso foi necessário. Outro procedimento que adotamos, foi de trabalharmos apenas com 6 alunos de cada vez, visto que na primeira estratégia, utilizamos os 11 presentes, o que acarretou em algumas dificuldades tanto na condução da aula quanto na assimilação da proposta da atividade. Posterior a esta intervenção a atividade foi desenvolvida novamente e os resultados foram mais significativos.

Publicado
2023-01-30
Seção
Resumo Expandido – Pôster - XVI SESEMAT - 2022