EVASÃO, PERMANÊNCIA E EXCLUSÃO DE ACADÊMICOS EM CURSOS DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA

UM LEVANTAMENTO A PARTIR DOS ARTIGOS DO ENEM 2004 A 2022

  • Rafael Campos Teixeira de Souza Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Resumo

Esta pesquisa consiste na produção realizada com base na metodologia de Estado da Arte das pesquisas publicadas no Encontro Nacional de Educação Matemática de 2004 até 2022 que versam sobre evasão, permanência e exclusão de estudantes do curso de licenciatura em matemática, juntamente com as referências do artigo. As pesquisas denominadas “Estado da Arte”, ou estado do conhecimento são produzidas a partir da busca, análise e interpretação de literaturas anteriores do tema estudado (FERREIRA, 2002). O desenvolvimento dessa pesquisa ocorreu, inicialmente, por meio da leitura do texto de Ferreira (2002), sobre a metodologia acima citada. Em seguida, selecionamos 11 trabalhos das edições de 2004 a 2022 do ENEM (Encontro Nacional de Educação Matemática) com a utilização das seguintes palavras-chave: evasão, permanência e exclusão. A escolha dessas palavras vem justamente dos conceitos relacionados à pesquisa, no sentido de que possuem um vínculo e semelhança em relação a esse fenômeno que necessita de grande visibilidade para que haja uma melhor compreensão desse assunto que é de suma importância (ANDRIOLA et al., 2006, apud CANDIDO, 2016). Porém, dois desses artigos não foram utilizados pois tratavam-se de recortes de dissertações voltados para partes específicas de suas respectivas metodologias, onde constatamos que não agregaria muito para a discussão. Após a escolha e pesquisa de literatura, separamos os textos em categorias nomeadas de: exclusão matemática, ações políticas de permanência e desempenho dos acadêmicos. Em seu artigo, Candido (2016) ressalta a importância da discussão e debate em relação a evasão de graduandos dos cursos de Matemática - Licenciatura, pois esse movimento gera visibilidade para o fenômeno e as causas que influenciam nessa decisão, podendo ser também um único caminho a ser escolhido, da saída do curso. Dentre outras razões, as mais comuns são problemas financeiros, dificuldade de moradia, dificuldades de acesso à IES (Instituição de Ensino Superior), problemas relacionados ao corpo docente e estrutura do curso, como metodologias, falta de auxílio ao acadêmico com monitorias etc. (ALKIMIM, LEITE, 2013). Além da dificuldade que muitos acadêmicos podem enfrentar ao decorrer da graduação, a própria Matemática pode ser um fator que interfere tanto no momento do ingresso (seja por vestibular da própria IES ou pelo Exame Nacional do Ensino Médio) quanto durante o percurso que o licenciando passa durante seu curso superior. Silva (2016) discorre que há uma diferença entre os ingressantes de escolas públicas e os de escolas particulares que fizeram (ou não) cursos preparatórios de vestibulares. E, se comparada a profundidade dos conhecimentos matemáticos, essa diferença influencia principalmente na prova de ingresso, mas, após os primeiros semestres, os níveis de conhecimento “se igualam” para baixo, e continuam sendo despreparados para enfrentar as disciplinas na universidade. Por fim, é evidente que um estudo sobre evasão, permanência e exclusão de acadêmicos de cursos de Licenciatura em Matemática para que políticas e práticas sejam implementadas para uma melhora desse fenômeno. Por meio do entendimento dessas situações que será possível criar um ambiente mais propício para o sucesso e conclusão desses estudantes do curso citado.

Publicado
2023-10-24
Seção
Resumo Expandido – Pôster - XVII SESEMAT - 2023