COMECEI A CAMINHAR COM OS OLHOS FECHADOS PARA QUE EU PUDESSE VER O MUNDO: NOTAS SOBRE ENCONTROS DE (TRANS)FORMAÇÃO
Resumo
Esse artigo traz resultados parciais de uma pesquisa de doutorado em andamento realizada por meio de encontros online com um grupo de pedagogos e futuros pedagogos de diferentes regiões brasileiras. Detalhamos aqui um pouco dos encontros da pesquisadora com um dos participantes, sendo esse uma pessoa com deficiência visual. Cabe destacar que o problema didático desta pesquisa vem se delineando na análise das condições e restrições de uma proposta de formação na perspectiva do Paradigma Questionamento do Mundo. Para isso, mobilizamos parte da dialética entrada-saída do tema relativa ao desenvolvimento da tese, enquanto um percurso de estudo e pesquisa (PEP), do qual é fundamentado na Teoria Antropológica do Didático (TAD). Isso se constitui como uma tentativa de realizar uma emersão da Didática da Matemática (DDM) para lançar nosso olhar com os escritos sobre experiência em Larrosa. Esse deslocamento se dá como uma condição necessária para a compreensão da mudança do equipamento praxeológico da pesquisadora em seu processo de (trans)formação, ao nos aproximar do saber da experiência e percebê-la como sujeito da experiência na leitura de seus sentimentos e movimentos com práticas (educacionais) inclusivas que nos movem para além da pesquisa, à vida.