AVALIAÇÃO DE CUSTOS E IMPACTO AMBIENTAL DE MÉTODOS EXPERIMENTAIS DO TESTE DE AMES: MÉTODO CONVENCIONAL versus FLUTUAÇÃO EM MICROPLACAS
Resumo
O Teste de Ames é crucial na avaliação da mutagenicidade de substâncias, sendo amplamente utilizado na indústria farmacêutica e de produtos químicos. Este estudo compara o método convencional do Teste de Ames com uma abordagem miniaturizada, a flutuação em microplacas, considerando os aspectos financeiros e ecológicos de cada método. Foi avaliado o histórico de prestação de serviços do ToxLab UFMG (Laboratório de Toxicologia da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais), incluindo orçamentos, cálculos de insumos e protocolos operacionais padrão, com uma matriz S.W.O.T para comparação. Os insumos críticos influenciam tanto o custo quanto o impacto ambiental dos ensaios. Apesar do custo total ser maior, o método convencional tem um custo individual inferior ao método em microplacas, 55% e 85% respectivamente. O teste tradicional consome mais consumíveis e fração S9, aumentando o custo final e o impacto ambiental. A abordagem em microplacas é mais ecológica, produzindo menos resíduos e utilizando menos recursos naturais. No entanto, esta metodologia não é amplamente aceita pelas agências para medicamentos, sendo um fator essencial na escolha do método. Conclui-se que a microflutuação, embora seja uma alternativa viável e vantajosa em termos financeiros e ambientais, requer consideração cuidadosa das regulamentações vigentes.