AVALIAÇÃO DE CUSTOS E IMPACTO AMBIENTAL DE MÉTODOS EXPERIMENTAIS DO TESTE DE AMES: MÉTODO CONVENCIONAL versus FLUTUAÇÃO EM MICROPLACAS

  • Nathalia Stephanie Oliveira Nascimento Uinversidade Federal de Minas Gerais https://orcid.org/0000-0003-4662-8066
  • Bárbara Moreira Amaral Universidade Federal de Minas Gerais
  • Keyla Silva Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Maria Eduarda Souza Leite Amorim Universidade Federal de Minas Gerais
  • Carlos Alberto Tagliati Universidade Federal de Minas Gerais https://orcid.org/0000-0002-1049-6754

Resumo

O Teste de Ames é crucial na avaliação da mutagenicidade de substâncias, sendo amplamente utilizado na indústria farmacêutica e de produtos químicos. Este estudo compara o método convencional do Teste de Ames com uma abordagem miniaturizada, a flutuação em microplacas, considerando os aspectos financeiros e ecológicos de cada método. Foi avaliado o histórico de prestação de serviços do ToxLab UFMG (Laboratório de Toxicologia da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais), incluindo orçamentos, cálculos de insumos e protocolos operacionais padrão, com uma matriz S.W.O.T para comparação. Os insumos críticos influenciam tanto o custo quanto o impacto ambiental dos ensaios. Apesar do custo total ser maior, o método convencional tem um custo individual inferior ao método em microplacas, 55% e 85% respectivamente. O teste tradicional consome mais consumíveis e fração S9, aumentando o custo final e o impacto ambiental. A abordagem em microplacas é mais ecológica, produzindo menos resíduos e utilizando menos recursos naturais. No entanto, esta metodologia não é amplamente aceita pelas agências para medicamentos, sendo um fator essencial na escolha do método. Conclui-se que a microflutuação, embora seja uma alternativa viável e vantajosa em termos financeiros e ambientais, requer consideração cuidadosa das regulamentações vigentes.

Biografia do Autor

Nathalia Stephanie Oliveira Nascimento, Uinversidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda e Mestra em Análises Clínicas e Toxicológicas com ênfase em Toxicologia (UFMG). Farmacêutica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Pesquisadora no ToxLab - UFMG, especializada na avaliação de segurança de novos fármacos, fitoterápicos e cosméticos. Experiência com destaque em testes de muta/genotoxicidade in vitro, incluindo o teste de Ames. Atuação abrangente em Toxicidade Pré-Clínica (in vitro), Toxicologia Preditiva, Toxicologia Forense, Análises Toxicológicas e Químicas.

Carlos Alberto Tagliati, Universidade Federal de Minas Gerais

Farmacêutico e Bioquímico pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1986). Possui mestrado em Toxicologia e Análises Toxicológicas (1992), doutorado em Fármacos e Medicamentos (1997), ambos pela Universidade de São Paulo. Pós-doutorado em Toxicologia In Vitro (2005-2006) pela Universidad de Murcia (Espanha). Estágio Sênior na Harvard Medical School - Bonventre Lab. - Divisão Renal no Harvard Institute of Medicine (USA) com o projeto Biomarcadores precoces para identificação da Nefrotoxicidade (2017-2018). Membership of the Society of Toxicology (SOT) - USA. Membro da Red de Toxicología de América Latina y el Caribe (RETOXLAC). Co-fundador da empresa de biotecnologia IN VITRO CELLS - PESQUISA TOXICOLÓGICA S.A. Participou da criação da Sociedade Brasileira de Métodos Alternativos à experimentação animal. Coordenador do Laboratório de Toxicologia (ToxLab) (in vitro e in vivo) credenciado à Rede Nacional de Métodos Alternativos (RENAMA) no âmbito do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação). Nossos resultados têm sido inseridos na plataforma da Comparative Toxicogenomics Database. Atua no setor de empreendedorismo. Possui duas transferências tecnológicas para o setor privado. Coordenador do projeto de extensão: "Drogas: o que você deve saber!". Professor e orientador dos seguintes programas de pós-graduação: Inovação Tecnológica e Biofarmacêutica, Bioinformática, Mestrado Profissional em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual, Análises Clínicas e Toxicológicas e Odontologia. Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Análises Clínicas e Toxicológicas (2015-2017). Coordenador do Mestrado Profissional em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual (2021-2023). Atualmente, é professor Titular de Toxicologia da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Farmácia atuando, principalmente, nos seguintes temas: Toxicidade Pré-Clínica (in vitro e in vivo), Toxicologia Preditiva, Toxicogenômica, Nefrotoxicidade e Toxicocinética.

Publicado
2024-05-22
Como Citar
OLIVEIRA NASCIMENTO, N. S.; MOREIRA AMARAL, B.; SILVA OLIVEIRA, K.; SOUZA LEITE AMORIM, M. E.; TAGLIATI, C. A. AVALIAÇÃO DE CUSTOS E IMPACTO AMBIENTAL DE MÉTODOS EXPERIMENTAIS DO TESTE DE AMES: MÉTODO CONVENCIONAL versus FLUTUAÇÃO EM MICROPLACAS. Encontro Internacional de Gestão, Desenvolvimento e Inovação (EIGEDIN), v. 7, n. 1, 22 maio 2024.
Seção
EIXO 4 - Artigo Completo - Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo