MOTIVAÇÃO, PROCRASTINAÇÃO E LOCAL DE SENTAR: SERIA ESTA A TRÍADE QUE EXPLICA O DESEMPENHO DISCENTE?

  • Alefi dos Santos Pereira UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Elisabeth de Oliveira Vendramin UFMS
  • Karine Gomes Dutra UFMS
  • Lorena de Castro Carvalho UFMS

Abstract

Diversos são os fatores que podem influenciar no desempenho acadêmico dos discentes, de modo que, conhecê-los auxiliará o professor a encontrar o processo de ensino que melhor se adeque à turma, possibilitando uma melhoria na capacitação profissional dos graduados no curso de Ciências Contábeis. Deste modo, este estudo teve como objetivo analisar se o desempenho dos discentes de um Curso de Ciências Contábeis de uma IFES é influenciado pelas variáveis motivação, procrastinação e local escolhido para se sentar na sala de aula. Em termos metodológicos trata-se de uma pesquisa descritiva e quantitativa, com dados obtidos por meio de um questionário adaptado do estudo Moleta, Ribeiro e Clemente (2017), cujos dados foram analisados com o auxílio das técnicas de análises descritivas das variáveis, análise de diferenças de médias pelo teste t e regressão linear múltipla. Como principais resultados, destaca-se que para a amostra estudada, o fator que mais influencia no desempenho acadêmico é a motivação, especificamente a motivação intrínseca, seguida da motivação extrínseca. Procrastinação e o lugar escolhido para sentar em sala de aula, não apresentaram resultados estatísticos significantes para inferir sobre suas influências no desempenho do discente.

References

AGUIAR, Bernardo; CORREIA, Walter; CAMPOS, Fábio. Uso da Escala Likert na Análise de Jogos. In: do X Simpósio Brasileiro de Games e Entretenimento Digital, 07-09 de novembro de 2011. Anais... Salvador, 2011.

ARAÚJO, Elisson Alberto Tavares et al. Desempenho Acadêmico de Discentes do Curso de Ciências Contábeis: Uma análise dos seus fatores determinantes em uma IES Privada. Contabilidade Vista & Revista, v. 24, n. 1, p. 60-83, 2013.

BECK, Franciele; RAUSCH, Rita Buzzi. Fatores que influenciam o processo ensino-aprendizagem na percepção de discentes do curso de ciências contábeis. Contabilidade Vista & Revista, v. 25, n. 2, p. 38-58, 2015.

BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas Organizações. São Paulo: Atlas, 2008.

BIELINSKI, Alba Carneiro. Educação profissional no século XIX-Curso Comercial do Liceu de Artes e Ofícios: um estudo de caso. Boletim Técnico do Senac, v. 26, n. 3, p. 45-55, 2002.

CFC – CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Relatórios estatísticos do Exame de Suficiência. 2019. Disponível em: <https://cfc.org.br/registro/exame-de-suficiencia/relatorios-estatisticos-do-exame-de-suficiencia/>.

CORREIA, Rony Rodrigues; MOURA JÚNIOR, Pedro Jácome. Aprendizagem e procrastinação: Uma revisão de publicações no período 2005-2015. REICE. Revista Iberoamericana sobre Calidad, Eficacia y Cambio en Educación, v. 15, n. 2, p. 111-128, 2017.

CRUZ, Cássia Vanessa Olak Alves; CORRAR, Luiz João; SLOMSKI, Valmor. A docência e o desempenho dos alunos dos cursos de graduação em contabilidade no Brasil. Contabilidade Vista & Revista, v. 19, n. 4, p. 15-37, 2009.

DURHAM, Eunice R. Educação superior, pública e privada (1808 – 2000). In: SCHWARTMAN, Simon & BROCK, Colin. Os desafios da educação no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p. 197-240, 2005.

ENUMO, Sônia Regina Fiorim; KERBAUY, Rachel Rodrigues. Procrastinação: descrição de comportamento de estudantes e transeuntes de uma capital brasileira. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 1, n. 2, p. 125-133, 1999.

FERREIRA, Joaquim Armando G.; ALMEIDA, Leandro S.; SOARES, Ana Paula. Adaptação académica em estudantes do 1º ano: Diferenças de género, situação de estudante e curso. Psico-USF, p. 1-10, 2001.

GENARI, Carla Helena Manzini. Motivação no contexto escolar e desempenho acadêmico. 2006. 139 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, São Paulo, 2006.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

GODOI, Christiane Kleinübing; MATTOS, P. L. C. L. Entrevista qualitativa: instrumento de pesquisa e evento dialógico. Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Saraiva, p. 301-323, 2006.

GOUVEIA, Valdiney V. et al. Escala de Procrastinação Ativa: evidências de validade fatorial e consistência interna. Psico-USF, v. 1, n. 1, p. 345-354, 2014.

INEP. SINAES: Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior: da concepção à regulamentação. 2. ed. Brasília (DF): MEC. 2004.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da contabilidade. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

JOLY, Maria Cristina Rodrigues Azevedo; PRATES, Eli Andrade Rocha. Avaliação da escala de motivação acadêmica em estudantes paulistas: propriedades psicométricas. Psico-USF, v. 16, n. 2, p. 175-184, 2011.

LEAL, Douglas Tavares Borges; CORNACCHIONE JÚNIOR, Edgard. A aula expositiva no ensino da contabilidade. Contabilidade vista & revista, v. 17, n. 3, p. 91-113, 2006.

LEITE FILHO, Geraldo A. et al. Estilos de aprendizagem x desempenho acadêmico–uma aplicação do teste de Kolb em acadêmicos no curso de ciências contábeis. In: Congresso USP de Controladoria e Contabilidade. 2008.

MACHADO, Maria Aparecida de Rodrigues. “Amanhã”, sem falta” – Os Efeitos Econômicos da Procrastinação. 2012. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Economia) – Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade de Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.

MALHOTRA, N. Pesquisa de marketing. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

MARTINELLI, Selma de Cássia; BARTHOLOMEU, Daniel. Escala de motivação acadêmica: uma medida de motivação extrínseca e intrínseca. Avaliaçao Psicologica: Interamerican Journal of Psychological Assessment, v. 6, n. 1, p. 21-31, 2007.

MARTINELLI, Selma de Cássia; SASSI, Adriana de Grecci. Relações entre autoeficácia e motivação acadêmica. Psicologia: ciência e profissão, v. 30, n. 4, p. 780-791, 2010.

MIRANDA, Gilberto José et al. Determinantes do desempenho acadêmico em Ciências Contábeis: uma análise de variáveis comportamentais. In: XIV Congresso USP de Controladoria e Contabilidade. 2014.

MIRANDA, Gilberto Jose et al. Determinantes do desempenho acadêmico na área de negócios. Revista Meta: Avaliação, v. 7, n. 20, p. 175-209, 2015.

MIRANDA, Gilberto José; VICENTE, Jausson Monteiro; FREITAS, SheiziCalheira. Desempenho acadêmico inferior dos alunos do “fundão”: mito ou realidade?. 2014.

MOLETA, Daniely; RIBEIRO, Flávio; CLEMENTE, Ademir. Fatores Determinantes Para O Desempenho Acadêmico: Uma Pesquisa Com Estudantes De Ciências Contábeis. Revista Capital Científico-Eletrônica (RCCҽ)-ISSN 2177-4153, v. 15, n. 3, p. 24-41, 2017.

NOGUEIRA, Daniel Ramos et al. Fatores que impactam o desempenho acadêmico: uma análise com discentes do curso de ciências contábeis no ensino presencial. RIC-Revista de Informação Contábil, v. 7, n. 3, p. 51-62, 2014.

PELEIAS, Ivam Ricardo et al. Evolução do ensino da contabilidade no Brasil: uma análise histórica. Revista Contabilidade & Finanças, v. 18, p. 19-32, 2007.

SAMPAIO, Rita Karina Nobre. Procrastinação acadêmica e autorregulação da aprendizagem em estudantes universitários. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, SP. 2011.

SELLTIZ, C.; WRIGHTSMAN, L. S.; COOK, S. W. Métodos de pesquisa das relações sociais. São Paulo: Herder, 1965.

SILVA, Bruna Novais da; SANTANA, Cintia Lopes; DE MEIRELLES JUNIOR, Júlio Candido. Formação acadêmica em Ciências Contábeis e sua relação com o mercado de trabalho: a percepção de formandos de Ciências Contábeis de uma Instituição de Ensino Superior. Revista Brasileira de Contabilidade, n. 225, p. 66-77, 2017.

SILVA, Gustavo Miguel dos Santos da; ROSA, Fabricia Silva. O Curso de Ciências Contábeis no Brasil: um estudo sobre as políticas públicas de ensino superior e seu reflexo na oferta e na demanda no período de 2001 a 2013. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, v. 6, n. 2, p. 94-111, 2016.

SOBRAL, Dejano T. Motivação do aprendiz de medicina: uso da escala de motivação acadêmica. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 19, n. 1, p. 25-31, 2003.

STRUTHERS, C. Ward; PERRY, Raymond P.; MENEC, Verena H. An examination of the relationship among academic stress, coping, motivation, and performance in college. Research in higher education, v. 41, n. 5, p. 581-592, 2000.

UFMS – UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL. Conselho de Ensino de Graduação. Resolução nº 550, de 20 de novembro de 2018. Aprova o Regulamento Geral dos Cursos de Graduação da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Campo Grande – MS: Conselho de Ensino de Graduação, 2018.

VERNON, M. D. Motivação Humana. 1 ed. Rio de Janeiro: Vozes Ltda., 1973.

WORTHEN, Blaine R.; SANDER. James R.; FITZPATRICK, J. L. Avaliação de programas: concepções e práticas. São Paulo: Gente, 2004.

Published
2019-10-08
How to Cite
PEREIRA, A. DOS S.; VENDRAMIN, E. DE O.; DUTRA, K. G.; CARVALHO, L. DE C. MOTIVAÇÃO, PROCRASTINAÇÃO E LOCAL DE SENTAR: SERIA ESTA A TRÍADE QUE EXPLICA O DESEMPENHO DISCENTE?. Encontro Internacional de Gestão, Desenvolvimento e Inovação (EIGEDIN), v. 3, n. 1, 8 Oct. 2019.
Section
EIXO 4 - Artigo Completo - Inovação, Tecnologia e Empreendedorismo