O rádio e o ensino de Matemática: apontamentos sobre o Projeto Minerva e as múltiplas matemáticas articuladas
Resumo
Este texto faz uma breve apresentação do Projeto Minerva, uma ação do Governo Militar iniciada em 1970 que visava a fornecer acesso ao Primeiro e, posteriormente, Segundo Graus a milhares de brasileiros espalhados nos mais distantes rincões do país, se utilizando de um veículo barato e largamente disseminado à época: o rádio. Problematizamos aqui sua criação e seu caráter substitutivo frente a outros movimentos extintos pela Ditadura Militar. Além de discutir alguns aspectos históricos do Projeto, pretendemos ainda problematizar as diferentes matemáticas que se produzia ao tentar modificar o “veículo”, da linguagem, trazendo alguns exemplos que nos ajudam a evidenciar diferenças da matemática falada com a matemática escrita. Em nossa perspectiva teórica, de inspiração na Filosofia de Linguagem de Wittgenstein, temos aqui várias matemáticas sendo articuladas e não apenas uma mudança de “suporte”.
Referências
BARBOSA, F. DE A. Encontro com Roquete-Pinto. Ministério da Educação e Cultura: 1957
BLOIS, M. Entrevista à SOARMEC, para o informativo “Amigo Ouvinte”, 2005. Disponível em <http://www.soarmec.com.br/marleneblois2.htm>, último acesso em 23 de Setembro de 2012.
BRANDAO, C. R. O que é o método Paulo Freire. Disponível em <http://sitiodarosadosventos.com.br/livro/images/stories/anexos/oque_metodo_paulo_frfrei.pdf>, último acesso em 06 de agosto de 2012.
BRASIL. Lei n. 4024, de 20 de Dezembro de 1961. Disponível em <http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=102346>, último acesso em 31 de Julho de 2012.
BRASIL. Lei N. 5.692, de 11 de Agosto de 1971. Disponível em <http://www6.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=102368>, último acesso em 31 de Julho de 2012.
JESUS, W. P. de. Educação matemática e filosofias sociais da matemática : um exame das perspectivas de Ludwig Wittgenstein, Imre Lakatos e Paul Ernest. Tese (Doutorado) Universidade de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP: 2002.
LEITE, M. S. Contribuições de Basil Bernstein e Yves Chevallard para a discussão do conhecimento escolar. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC-Rio, Rio de Janeiro, 2004.
LEOBONS, S. Entrevista à SOARMEC, realizada por Renato Rocha e Adriana Ribeiro, para o informativo “Amigo Ouvinte”, 2009. Disponível em <http://www.soarmec.com.br/solangeleobons.htm>, último acesso em 30 de maio de 2012.
LINS, R. C. Por que discutir teoria do conhecimento é relevante para a Educação Matemática. In BICUDO, M.A.V. (1999). Pesquisa em Educação Matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1999.
PEROSA, L. M. F. de L. A hora do clique: análise do programa de rádio "Voz do Brasil" da Velha à Nova República. São Paulo: Annablume: ECA-USP, 1995.
PINTO, T. P. Projetos Minerva: caixa de jogos caleidoscópica. Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Educação para a Ciência. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, UNESP, Campus de Baru: 2013.
ROCHA, R. Entrevista à SOARMEC, para o informativo “Amigo Ouvinte”, 2005. Disponível em <http://www.soarmec.com.br/renato.htm>, último acesso em 23 de Setembro de 2012.
SCOCUGLIA, A. C. A Educação de Jovens e Adultos: Histórias e memórias da década de 60. Brasília: Plano, 2003.
VILELA, D. S. Matemáticas nos usos e jogos de linguagem: ampliando concepções na Educação Matemática. 2007. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, 2007.
WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas. Trad. BRUNI, J. C. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado