As apropriações de Dienes pelo Laboratório de Currículos do Estado do Rio de Janeiro em tempos de Matemática Moderna
Resumo
O presente artigo problematiza as apropriações das ideias do educador húngaro Zoltán Paul Dienes presentes nos cadernos de reformulação de currículo elaboradas pelo Laboratório de Currículos do Estado do Rio de Janeiro, órgão criado no primeiro governo do estado do Rio de Janeiro pós fusão, para orientar ações educacionais, no período do Movimento da Matemática Moderna. O estudo está relacionado a duas dissertações de mestrado e uma tese de doutorado envolvidas nas pesquisas do grupo de estudos e pesquisas GHEMAT -UERJ, que tem o Laboratório de Currículos como fonte de pesquisa. O referencial teórico usado pelo grupo é tomado dos historiadores, que para a escrita da história tomam a perspectiva da historiografia. Para a escrita do artigo a análise se limitou a uma atividade de lógica encontrada no caderno de reformulação nº2 de 1979, buscando identificar as 6 etapas de Dienes. Conclui-se que o LC elaborou suas atividades pelas apropriações de Dienes, atribuindo as seis etapas em atividades com jogos.
Referências
BARROS, José D'Assunção. (2005). A história cultural e a contribuição de Roger Chartier. Diálogos (On-line), v. 9, pp. 125-141.
CRESPO, Regina Márcia Gomes. (2016). Educação pública fluminense pós-fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara: uma análise da política educacional do governo Faria Lima, 1975-1979. (Tese de Doutorado em Sociologia Política). Campos dos Goytacazes, RJ: Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro.
DE CERTEAU, M. A operação Historiográfica. In: CERTEAU, Michel de. (1982). A escrita da História. Rio de Janeiro: Forense - Universitária.
FARIA, L. C. M.; LOBO, Yolanda. (2005). Identidade e Campo de Produção: o Laboratório de Currículos da Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Rio de Janeiro (1975-1979). In: XXVIII REUNIÃO ANUAL DA ANPED, pp. 1-14, Caxambú. Atas da XXVIII Reunião da ANPED, Caxambú.
FRANÇA, D. M. A.. (2012). Do primário ao primeiro grau: as transformações da matemática nas orientações das Secretarias de Educação de São Paulo (1961-1979). (Tese de Doutorado). São Paulo: Universidade de São Paulo.
FRANÇA, Denise Medina; MACIEL, Paulo Roberto Castor. (2020). Diva Noronha: Uma expert da educação para séries iniciais no período do Movimento da Matemática Moderna (1975-1987). Revista de Matemática, Ensino e Cultura, v.15, pp.70 - 91.
OLIVEIRA, M. C. A.; SILVA, M. C. L. (Org.); VALENTE, W. R. (Org.). (2011). O Movimento da Matemática Moderna: história de uma revolução curricular. 1. ed. Juiz de Fora: Editora UFJF. v. 01. 190p.
FRANÇA, D. M. A.; ZUIN, E. (2019). Dienes: Expertise e produção de saberes no Brasil na década de 1970. Argumentos Pró-Educação, v.4, pp. 1031-1055.
RIO DE JANEIRO (Estado). (1976). Secretaria de Estado de Educação e Cultura. Reformulação de Currículos: Síntese. Niterói, Imprensa Oficial.
RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria de Estado de Educação e Cultura. (1979). Laboratório de Currículos – Sugestões de atividades para o ensino de 1o. grau - 1ª / 4ª séries. Rio de Janeiro.
SANTOS, Beatriz. B. M. (2014). O currículo das escolas brasileiras na década de 1970: novas perspectivas historiográficas. In: Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.22, n 82, pp. 149-170, jan./mar.
1. Proposta de Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado