O PAÍS FEITO POR ELES: PROPAGANDA E MEMÓRIA DA DITADURA MILITAR EM “O BRASIL” (2014), DE JAIME LAURIANO

EL PAÍS HECHO POR ELLOS: PROPAGANDA Y MEMORIA DE LA DICTADURA MILITAR EN “O BRASIL” (2014), POR JAIME LAURIANO

Resumen

Este artículo se propone reflexionar sobre las imágenes de la propaganda oficial de la dictadura militar brasileña (1964-1985), analizando O Brasil (Jaime Lauriano, 2014), obra compuesta por un collage de archivos históricos periodísticos, sonoros y audiovisuales. Centrándonos principalmente en los filmetes, piezas publicitarias de la televisión oficial que exaltan la alegría, el patriotismo y el nacionalismo, trataremos de investigar las estrategias discursivas de estas imágenes y los jingles que las acompañan. También buscaremos   reflexionar sobre el poder de estos anuncios en una sociedad en la que la televisión era una novedad en aquella época. Por último, presentaremos algunas reflexiones sobre las aproximaciones entre el oficio del/a artista y el oficio del/a historiador/a, así como sobre la disputa por la memoria de la última dictadura militar brasileña ante un contexto contemporáneo en el que el extremismo político de derechas es un fenómeno social basado, entre otros principios, en el deseo de intervención militar.

Biografía del autor/a

Nathália Santos Ferreira, UNILA

Professora de História do ensino básico. Graduada em História – Licenciatura e Bacharelado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Atualmente é Mestranda em História da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) – com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Luísa Estanislau Soares de Almeida, UNILA

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Especialista em Estudos Brasileiros pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) e Mestranda em História pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) – com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Tereza Maria Spyer Dulci, UNILA

Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Professora da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIS).

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Publicado
2024-01-13