O Batalhão Sagrado de Tebas: militarismo e homoafetividade na Grécia Antiga

  • Fortunato Pastore

Resumen

Resumo: A intenção deste trabalho é compor uma explicação conjunta para a grande capacidade militar do Batalhão Sagrado de Tebas, unindo fatores e interpretações que, geralmente, se apresentam separadas ou com frágil vinculação. Os fatores principais estão, frequentemente, associados a quatro aspectos: a grande capacidade de liderança político-militar dos comandantes do Batalhão, sobretudo de Epaminondas; a invenção e utilização da tática da “Ordem Oblíqua”; a ligação homoafetiva dos integrantes do batalhão e a coesão política e social deste grupamento dentro da lógica das póleis gregas. As diversas interpretações tendem para um ou alguns destes fatores e dificilmente observa-se uma abordagem holística da questão. A importância histórica deste singular grupamento político e militar não se reduz ao fato de ter capacitado a condição de Hegemon grega para a Cidade de Tebas, mas pela projeção que a combinação exitosa dos fatores da sua invencibilidade combativa teve na formação de unidades militares posteriores como a falange macedônica e, dois mil anos depois, as unidades regimentais prussianas de Frederico, o Grande.


Palavras-chave: Epaminondas; Homoafetividade e Ordem Oblíqua.

Sección
Dossiê