A ALFABETIZAÇÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NO ENSINO COMUM EM UMA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL

Resumo

O processo de alfabetização de alunos com deficiência intelectual é complexo, dotado de facetas psicológica, psicolinguística, linguística e sociolinguística e ainda condicionada por fatores econômicos, culturais; sendo assim traz desafios importantes para a prática docente na perspectiva inclusiva em salas de aula do ensino regular. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo identificar a organização do trabalho pedagógico para a alfabetização de alunos com deficiência intelectual na sala de aula comum dos anos iniciais do ensino fundamental, em uma perspectiva histórico-cultural. Foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica na base de dados OASIS, em artigos, teses e dissertações publicados de 2011 a 2021. Os resultados apontam que a aprendizagem da criança com deficiência intelectual, com base na teoria histórico-cultural, se dá pela interação social com seus pares, adultos e crianças mais experientes, através da mediação e linguagem, que promovem o desenvolvimento das capacidades superiores, importantes para a aprendizagem da leitura e da escrita. Nesse sentido, o trabalho pedagógico com estes alunos é desafiador, e exige mudanças nas concepções que os educadores têm da deficiência e adaptações curriculares que promovam, de fato, a inclusão. Os estudos indicam que cabe aos educadores a reflexão de sua prática, de forma a compreender seus alunos na sua individualidade, promovendo um ensino dialógico e colaborativo, que considere as limitações impostas pela deficiência, mas que seja voltado para as potencialidades.