Panorama virtual dos hostels Belo-Horizontinos no contexto da pandemia de covid-19

  • Joyce Kimarce do Carmo Pereira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Christianne Gomes Universidade Federal de Minas Gerais
Palavras-chave: Belo Horizonte. Hostels. COVID-19.

Resumo

O presente trabalho se propôs a investigar o ambiente virtual de hostels sediados no município de Belo Horizonte (MG), localizado na região sudeste brasileira, durante o contexto da pandemia de COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus denominado de SARS-CoV-2. Neste sentido, buscou-se diagnosticar a situação vigente em tais meios de hospedagem diante da imposição de medidas preventivas como a suspensão das atividades comerciais. Assim, foram coletados dados com vistas a identificar a presença e atuação dos hostels na web, bem como averiguar a existência de iniciativas por parte dos empreendimentos para lidar com o cenário atual. A pesquisa caracteriza-se como descritiva-exploratória, cuja abordagem do tratamento dos dados coletados foi qualitativa. O estudo contou com o recurso netnográfico para a coleta e análise de dados. Os resultados demonstraram que, se por um lado alguns espaços encerraram as atividades em função da pandemia, por outro, a maior parte destes meios de hospedagem (13) buscaram alternativas para lidar com a situação imposta pelas autoridades diante da pandemia. O Instagram mostrou-se como o principal ambiente utilizado pelos gestores para manter a divulgação de seus empreendimentos, evidenciando a condição situacional do espaço bem como, as medidas sanitárias adotadas. Constatou-se, ainda, que a situação atual pode converter-se em oportunidade para se engajar e inspirar a audiência, além do potencial para fortalecer a reputação de cada hostel por meio da presença web.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Joyce Kimarce do Carmo Pereira, Universidade Federal de Minas Gerais

Joyce Kimarce do Carmo Pereira – Bacharel em Turismo pela Universidade Federal de Minas Gerais; Doutoranda e mestra em Estudos Interdisciplinares do Lazer pela Universidade Federal de Minas Gerais; Especialista em Gestão de Políticas Públicas pela Universidade Estadual de Campinas; Pesquisadora no Grupo de Pesquisa LUCE – Ludicidade, Cultura e Educação (UFMG/CNPq). E-mail: joycekimarce@hotmail.com

Christianne Gomes, Universidade Federal de Minas Gerais

Christianne Luce Gomes – Pós-Doutora em Ciências Políticas e Sociais na Universidade Nacional de Cuyo; Professora do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer da UFMG; Pesquisadora do CNPq e da FAPEMIG/PPM. Líder do Grupo de Pesquisa LUCE – Ludicidade, Cultura e Educação (UFMG/CNPq). E-mail:chrislucegomes@gmail.com

Referências

Alves, F. G. Costa, H. S. & Perinotto, A. R. C. (2017). Instagram como Ferramenta para Fidelização de Clientes: Fotografia, Redes Sociais e Turismo. Marketing & Tourism Review, v.2, n. 2, 1-21.

Amaral, A. (2007). Categorização dos gêneros musicais na Internet: para uma etnografia virtual das práticas comunicacionais na plataforma social Last.fm. In: Freire Filho, J.; Herschmann, M. (Org.). Novos rumos da cultura da mídia, indústrias, produtos e audiências. Rio de Janeiro: Mauad.

___________. Amaral, A. (2010). Etnografia e pesquisa em cibercultura: limites e insuficiências metodológicas. Revista USP, v. 86, 122-135.

Agencia da ONU para refugiados (ACNUR). Recuperado em 07 de agosto de 2020. https://nacoesunidas.org/agencias/oim/

Agencia Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Recuperado em 28 de julho de 2020. https://www.anatel.gov.br/institucional/mais-noticias/2541-acoes-do-setor-de-telecomunicacoes-no-combate-ao-coronavirus

Bahls, A. A. D. S. M. (2015). Hostel: Uma proposta conceitual. Itajaí: Univali.

Bik, H. M. & Goldstein, M. C. (2013). An Introduction to Social Media for Scientists. PLoS Biol. v.11, n.4.

Booking.com. Sobre a Booking. Recuperado em 29 de julho de 2020. https://www.booking.com/content/about.pt-br

Câmara, C. D. G. (2015). Recuperado em 29 de julho de 2020 https://digituma.uma.pt/bitstream/10400.13/1146/1/MestradoCl%c3%a1udioC%c3%a2mara.pdf

Cavalcante, F. R. (2020). Aplicativos para Smartphones que Possibilitam o Lazer em Tempos de Lockdown. LICERE - Revista Do Programa De Pós-graduação Interdisciplinar Em Estudos Do Lazer, v. 23, n. 3, 369-390.

Cró, S. R. G. (2018). A influência da segurança no preço dos hostels: aplicação do modelo de preços hedónicos. Tese (Doutorado em Turismo). Universidade de Lisboa, Portugal.

Cruz, V. L. L. da; Mota, K. M.; Barbosa, V. S. & Perinotto, A. R. C. (2012). Redes sociais como estratégia de marketing turístico: o Facebook e a região norte do Estado do Piauí-Brasil. Revista de Investigación em Turismo e Desarollo Local, Malaga, v. 5, n. 13.

Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur). Caderno de dados. Recuperado em 30 de setembro de 2020. https://prefeitura.pbh.gov.br/belotur/observatorio-do-turismo/caderno-de-dados

___________. Planejamento estratégico 2017-2021: Belo Horizonte. Recuperado em 09 de outubro de 2020. https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/belotur/lei%2013303/planejamento-estrategico-belotur-2017-2021.pdf

Etges, C. M. (2019). Neu coliving. Trabalho de Conclusão (graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo. Universidade de Santa Cruz do Sul. Rio Grande do Sul.

Gândara, J. M. G.; Fraiz Brea, J. A. & Manosso, F. C. (2013). Calidad de la experiencia en los hoteles termales de Galicia, España: Un análisis a través de la reputación online. Estudios y perspectivas en turismo, v. 22, n.3, 492-525.

Giaretta, M. J. (2003). Turismo da juventude. São Paulo: Manole.

Gil, A. C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.

Gomes, C. L. (2014). Lazer: necessidade humana e dimensão da cultura. Revista Brasileira de Estudos do Lazer. Belo Horizonte, v.1, n.1, 3-20.

Hine, C. (2005). Virtual Methods and the Sociology of Cyber-Social-Scientific Knowledge. In: C. Hine (org.), Virtual methods. Issues in social Research on the Internet. Oxford: Berg.

Kozinets, R. V. (2014). Netnografia: Realizando pesquisa etnográfica online. Porto Alegre: Penso.

___________. (2006). Click to connect: netnography and tribal advertising. Journal of advertising research, v.46, n.3, 279-288.

Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. Recuperado em 09 de outubro de 2020. https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-13.979-de-6-de-fevereiro-de-2020-242078735

Lody, R. (2001). Comer é pertencer. In: Gastronomia: cortes e recortes. Araújo, W. M. C.; Tenser, C. M. R. (Orgs.). São Paulo: Senac.

Mello, C. M & Gândara, J. M. G. (2019). O exótico e a viagem perfeita na figurativização fotográfica do destino turístico Curitiba Brasil. Revista Pasos, v. 17, n. 1, p. 81-96.

Ministério do Turismo - MTUR. (2015). Índice de competitividade do turismo nacional: relatório Brasil 2015. Brasília. Recuperado em 09 de outubro de 2020. http://pnc.cultura.gov.br/wp-content/uploads/sites/16/2017/10/%C3%8Dndice-de-Competitividade-do-Turismo-Nacional-_2015.pdf

___________. Sistema Brasileiro de Classificação de meios de hospedagem. Recuperado em 30 de setembro de 2020. http://www.classificacao.turismo.gov.br/MTUR-classificacao/mtur-site/Sobre.action

Moreira, P. D. S. (2020). O impacto da Internet nas relações humanas. Pós Graduação em Marketing da Universidade Candido Mendes Tijuca. Rio de Janeiro.

Pereira, J. (2019). Hostels belo-horizontinos e lisboetas: um panorama acerca da oferta das práticas de lazer. In: Coletânea do I colóquio interdisciplinar de estudos do lazer. Christianne Luce Gomes (Orgs.) Belo Horizonte: EEFFTO/CELAR.

Observatório de Turismo de Minas Gerais. Recuperado em 09 de outubro de 2020. https://www.dropbox.com/s/40j7ahz49gy6qap/Destinos%20indutores%202013%20a%202018.zip?dl=0&file_subpath=%2FDestinos+indutores+2013+a+2018%2FBelo+Horizonte.pdf

Polivanov, B. (2013). Etnografia Virtual, Netnografia ou Apenas Etnografia? Implicações dos Termos em Pesquisas Qualitativas na Internet. In: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, anais do Congresso Brasileiro de Ciências da comunicação. Manaus: Prefeitura Jaguarão.

We are social. Relatório Digital in 2019. Recuperado em 07 de agosto de 2020. https://wearesocial.com/global-digital-report-2019.

Rodrigues, M. Â. G. (2020). Planeamento e Dinamização de Conteúdos para Otimização da Presença Online Wizard Advantage Lda. Dissertação (Mestrado) - Universidade Portucalense Infante D. Henrique, Mestrado em Marketing e Negócios Digitais.

Sebrae. SIS RI Impactos Covid Turismo. Recuperado em 28 de julho de 2020. https://m.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/protocolosderetomada.

Serviço Jesuíta a migrante e refugiados (SJMR/BH). Recuperado em 08 de agosto de 2020. https://sjmrbrasil.org/quemsomos/.

Silva, I. M. (2018). O mundo não é tão grande: uma etnografia entre viajantes “independentes” de longa duração. Ceará: Imprensa Universitária da Universidade Federal do Ceará.

Simpson, D. M. (2015). Richard Schirrmann: the man who invented youth hostels. Versão Eletrônica Kindle.

Tomikawa, J. M. (2004). A importância da imagem no processo de escolha da destinação turística. Trabalho de conclusão (Curso de Especialização em Gestão e Marketing do Turismo). Universidade de Brasília – UnB, Brasília.

Thomazi, M. R. (2019). Hostel: território de hospedagem marcado pela trama turístico comunicacional. Dissertação (Mestrado) - Universidade de Caxias do Sul, Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade.

Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE. Recuperado em 29 de julho de 2020. https://www.oecd.org/coronavirus/policy-responses/tourism-policy-responses-to-the-coronavirus-covid-19-6466aa20/

Vassalo, M. (2012). O Fenômeno Instagram: considerações sob a perspectiva tecnológica. Brasília-DF. Universidade de Brasília.

Publicado
2020-11-02
Como Citar
Pereira, J. K. do C., & Gomes, C. (2020). Panorama virtual dos hostels Belo-Horizontinos no contexto da pandemia de covid-19. Ateliê Do Turismo, 4(2), 72-94. Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/adturismo/article/view/11778
Seção
TURISMO EM TEMPOS DE PANDEMIA - Coord: Prof. Dr. Aristides Farias L dos Santos