O Mercado Turístico Global Na Perspectiva Geográfica de Milton Santos
Resumen
No presente século, o turismo tem-se apesentado como uma das mais pujantes atividades econômicas a nível global. Neste contexto, este artigo observa o fenômeno da globalização turística à luz do pensamento geográfico de Milton Santos. Explica a globalização da atividade turística sob o prisma empresarial, das desigualdades geográficas estabelecidas, do efeito de dependência, das heterogeneidades dos impactes socioespaciais, do controle dos fluxos turísticos e das estratégias de contra poder dos países periféricos. Metodologicamente faz uso da revisão bibliográfica das obras de Milton Santos e de seus discípulos como Maria Laura Silveira, suportando suas compreensões com dados estatísticos de organizações como a Organização Mundial do Turismo, World Travel & Tourism Council, Associação Nacional Aviação Civil, entre outras. Constata que a globalização turística se faz nas asas das empresas transnacionais, empresas essas oriundas dos países centrais e que possuem o domínio do capital tecnológico, fomentando assim as desigualdades entre países e reforçando o clássico efeito de dependência. Conclui que, para se libertarem das amarras mercadológicas centrais, os países periféricos devem desenvolver estratégias de desenvolvimento turístico assentes em perspectivas endógenas, locais e regionais, rejeitando a mimetização de modelos impostos pelos agentes hegemônicos internacionais.
Descargas
Citas
ANAC, (2016). Empresas estrangeiras de Transporte Aéreo Regular. Agência Nacional de Aviação Civil. Distrito Federal. Disponível em:
Antonescu, A., & Stock, M. (2014). Reconstructing the globalisation of tourism: A geo-historical perspective. Annals of Tourism Research, 45, 77–88.
Brohman, J. (1996). New directions in tourism for third world development. Annals of tourism research, 23(1), 48-70.
Castillo, R., & Frederico, S. (2010). Espaço geográfico, produção e movimento: uma reflexão sobre o conceito de circuito espacial produtivo. Sociedade & Natureza, 22(3), 461-474.
Czaika, M., & Neumayer, E. (2017). Visa restrictions and economic globalisation. Applied Geography, 84, 75–82.
Dantas, A. (2014). Geografia e epistemologia do sul na obra de Milton Santos. Mercator-Revista de Geografia da UFC, 13(3), 49-61.
De Pieri, V., & Panosso Netto, A. (2015). Turismo internacional: fluxos, destinos e integração regional. Boa Vista: UFRR.
Dwyer, L. (2015). Globalization of tourism: Drivers and outcomes. Tourism Recreation Research, 40(3), 326–339.
EASA, (2018). List Of Air Carriers Which Are Banned From Operating Within The Union, With Exceptions. European Aviations Safety Agency. Colônia. Disponível em:
Gustavo, N. S. (2012). Modelos e processos de gestão em negócios turísticos. Tendências num contexto em mudança. Revista Turismo & Desenvolvimento, 17, 671-685..
Harvey, David (2011). O Enigma do Capital. São Paulo: Boitempo.
Harvey, David (2003). O Novo Imperialismo. São Paulo: Edições Loyola.
Harvey, David (2006). Spaces of Global Capitalism - Towards a Theory of Uneven geographical Development. Londres: Verso.
Harvey, David (1989). The Urban Experience. Oxford: Basil Blackwell.
Held, D., & McGREW, A. (2001). Prós e contras da globalização. Zahar.
Higgins-Desbiolles, F. (2006). More than an “industry”: The forgotten power of tourism as a social force. Tourism management, 27(6), 1192-1208.
Hill, D. (2003). O neoliberalismo global, a resistência e a deformação da educação. Currículo sem fronteiras, 3(2), 24-59.
Hjalager, A. M. (2007). Stages in the economic globalization of tourism. Annals of tourism research, 34(2), 437-457.
Hrubcova, G., Loster, T., & Obergruber, P. (2016). The Economic Effects of Tourism in the Group of the Least Developed Countries. Procedia Economics and Finance, 39, 476–481.
Ianni, O. (1998). “Globalização e o Neoliberalismo”. São Paulo em Perspectiva, 12 (2), 27-32.
International Airport Review (2018). The top 20 largest airports in the world by passenger number 2018. International Airport Review. Kent. Disponível em:
Ivanov, S., & Webster, C. (2013a). Globalisation as a driver of destination competitiveness. Annals of Tourism Research, 43, 628–633.
Ivanov, S., & Webster, C. (2013b). Tourism’s impact on growth: The Role of Globalisation. Annals of Tourism Research, 41, 231–236.
Javid, E., & Katircioglu, S. (2017). The globalization indicators-tourism development nexus: a dynamic panel-data analysis. Asia Pacific Journal of Tourism Research, 22(11), 1194–1205.
Krugman, P. R. (1991). Geography and trade. MIT press.
Organização Mundial do Turismo (2019). International Tourism Highlights 2019 Edition. Madrid.
Organização Mundial do Turismo (2002). Tourism in the Age of Alliances, Mergers and Acquisitions. Madrid: OMT.
Organização Mundial do Turismo (2011). Tourism Towards 2030 – Global Overview. Madrid: OMT.
Pleumarom, A. (2012). The politics of tourism, poverty reduction and sustainable development. Penang, Malaysia: Third World network (TWN).
Reid, D. G. (2003). Tourism, globalization and development: Responsible tourism planning. Pluto Press.
Rivera, M. A. (2017). The synergies between human development, economic growth, and tourism within a developing country: An empirical model for Ecuador. Journal of Destination Marketing and Management, 6(3), 221–232.
Salifou, C. K., & Haq, I. ul. (2017). Tourism, globalization and economic growth: a panel cointegration analysis for selected West African States. Current Issues in Tourism, 20(6), 664–667.
Santos, M., & Silveira, M. L. (2005). O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 7ª edição. Rio de Janeiro: Record.
Santos, Milton (2005). “O Retorno do Território”. In: Observatório Social de América Latina (Orgs.). Debates: Territorio e Movimientos Sociales. Buenos Aires: CLACSO.
Santos, Milton (2006). A Natureza do Espaço. São Paulo: Hucitec.
Santos, Milton (1988). Metamorfoses do Espaço Habitado, fundamentos teórico e metodológico da geografia. São Paulo: Hucitec.
Telfer, D. J., & Sharpley, R. (2008). Tourism and development in the developing world. Routledge.
Silveira, Maria Laura (2010a). “Região e Globalização: pensando um esquema de análise”. REDES, 15(1), 74-88.
Silveira, Maria Laura (2010b). “Espaço Geográfico e o Fenômeno Técnico: por um debate substantivo”. In: BOMFIM, P. & NETO, M. (Orgs.). Geografia e Pensamento Geográfico no Brasil. São Paulo: Annablume.
Song, H., Li, G., & Cao, Z. (2017). Tourism and Economic Globalization: An Emerging Research Agenda. Journal of Travel Research, 00, 1–13.
Vanegas, S., Gartner, W. & Senauer, B. (2015). Tourism and poverty reduction: An economic sector analysis for Costa Rica and Nicaragua. Tourism Economics, 21 (1), 159–182.
World Travel & Tourism Council. (2018a). Travel & Tourism Economic Impact, Tunisia 2018. London.
World Travel & Tourism Council. (2018b). Travel & Tourism Economic Impact, Turkey 2018. London.
World Travel & Tourism Council. (2018c). Travel & Tourism Economic Impact, Egypt 2018. London.
World Travel & Tourism Council. (2018d). Travel & Tourism Economic Impact, United Kingdom 2018. London.
World Travel & Tourism Council. (2018e). Travel & Tourism Economic Impact, Germany 2018. London.
World Travel & Tourism Council. (2018f). Travel & Tourism Economic Impact, France 2018. London.
World Travel & Tourism Council. (2018g). Travel & Tourism Economic Impact, Belgium 2018. London.
World Travel & Tourism Council. (2019a). Portugal 2019 Annual Research: Key Highlights. London.
World Travel & Tourism Council. (2019b). Brazil 2019 Annual Research: Key Highlights. London.
World Travel & Tourism Council. (2019c). Mozambique 2019 Annual Research: Key Highlights. London.
World Travel & Tourism Council. (2019d). Tunisia 2019 Annual Research: Key Highlights. London.
World Travel & Tourism Council. (2019e). Turkey 2019 Annual Research: Key Highlights. London.
World Travel & Tourism Council. (2019f). Egypt 2019 Annual Research: Key Highlights. London.
World Travel & Tourism Council. (2019g). United Kingdom 2019 Annual Research: Key Highlights. London.
World Travel & Tourism Council. (2019h). Germany 2019 Annual Research: Key Highlights. London.
World Travel & Tourism Council. (2019i). France 2019 Annual Research: Key Highlights. London.
World Travel & Tourism Council. (2019j). Belgium 2019 Annual Research: Key Highlights. London.
World Travel & Tourism Council (2015). Travel & Tourism Economic Impact, United Kingdom 2015. London. Disponível em: < https://www.wttc.org/-/media/files/reports/economic-impact-research/countries-2015/unitedkingdom2015.pdf>. Acesso em: junho de 2018.
Yadav, M. S., De Valck, K., Hennig-Thurau, T., Hoffman, D. L., & Spann, M. (2013). Social commerce: A contingency framework for assessing marketing potential. Journal of interactive marketing, 27(4), 311-323.
Zhao, W., & Li, X. (2006). Globalization of tourism and third world tourism development. Chinese Geographical Science, 16(3), 203-210.
Derechos de autor 2021 Orlando Alcobia
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo licencia internacional Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObrasDerivadas 4.0.
Los autores/investigadores que publican en Ateliê do Turismo aceptan los siguientes términos:
1 - Derechos de autor.
Los autores/investigadores conservan sus derechos de autor, aunque conceden a Ateliê do Turismo, los derechos de explotación no exclusivos (reproducción, distribución y publicidad). Conceden a Ateliê do Turismo el derecho de primera publicación de su trabajo/investigación, que estará simultáneamente sujeto a la licencia indicada en el punto 2. Los autores podrán establecer otros acuerdos adicionales para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en Ateliê do Turismo, siempre que se reconozca su publicación inicial en esta revista.
2 - Licencia.
Esta obra tiene una licencia de Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Esta licencia permite compartir (copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato), dar el debido crédito al autor (s) / investigador (s) y la revista, pero no puede utilizar el material con fines comerciales. En caso de remezcla, transformación o creación a partir del artículo, el material modificado no podrá ser distribuido. El (los) autor(es)/investigador(es) tiene(n) autorización para la distribución por diversos medios a la comunidad científica y académica, y se le(s) anima(n) a distribuir en repositorios institucionales o en sus páginas personales, teniendo en cuenta que este proceso puede causar cambios productivos, como el impacto de la investigación y las citas adecuadas del trabajo publicado.