PERMEANDO A PEÇA LE CIRCO DE LA DRAG: resistência aos tempos de ódio e ressentimento no contexto brasileiro

  • Alexsandro Rodrigues UFES
  • Lívia Rocha Helmer UFES

Resumo

Este artigo se colocou em conversas com a peça Le Circo de La Drag, sua produção aconteceu no sexto capítulo da dissertação intitulada Quem vê close – Não vê corre: Porosidade de um corpo em viagens com Drag Queens. Nesta dissertação a viajante-pesquisadora habitou com seus amigos-viajantes eventos com protagonismo de drag queens. Neste texto a peça analisada foi encenada durante as eleições presidenciais do Brasil, caracterizada por polarizações políticas e notícias falsas. Diante deste cenário a peça se organizou como sátira política com quatro drags parodiando os últimos acontecimentos do país. O espetáculo tinha como “enredo” músicas brasileiras consagradas e cada música foi problematizada e parodiada nas atuações das drags. O espetáculo criticava a naturalização das músicas que remetiam a violência de gênero, racial entre outras. A proposta da peça foi suscitar reflexões sobre os contextos nos quais estamos inseridos e como autorizamos e naturalizamos práticas de violência e ódio.

Palavras-chaves: Espetáculo, drags e viagem.

Biografia do Autor

Alexsandro Rodrigues, UFES

Pós Doutor em Psicologia. Doutor em Educação. Professor Associado II do Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo na disciplina: Currículo e Formação docente. Professor Permanente no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional (PPGPSI/UFES). Coordenador do Grupo de Estudo e Pesquisas em Sexualidades (GEPSs/UFES) e do Núcleo de Pesquisa em Sexualidade (NEPS/UFES). Interesses de pesquisa: Produção de subjetividade, infâncias (des)viadas, gênero, sexualidade e processos formativos de professores e trabalhadores culturais.

Publicado
2021-05-04