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Chamada de publicação de 2024: LITERATURA COMPARADA DESCOLONIAL

2023-12-09

Informamos que o nº 30 dos CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS, a sair no decorrer do ano de 2024, e cuja temática é LITERATURA COMPARADA DESCOLONIAL, já se encontra em fase de preparação. Para tanto, intelectuais de várias partes foram convidados para contribuir, assim como a CHAMADA-CONVITE foi devidamente divulgada durante o primeiro semestre de 2024. A temática proposta enseja uma discussão conceitual teórica e crítica acerca de conceitos descoloniais que podem ser trabalhados pela disciplina de Literatura comparada, visando pensar uma possível reflexão que endossaria uma perspectiva de ordem comparatista. Também se deve considerar que a própria disciplina de Literatura comparada sempre se voltou para as aberturas teóricas (SOUZA) permitindo, a seu modo, que outras teorizações, mesmo aquelas mais díspares a exemplo da teorização descolonial, pudessem com ela dialogar. O que parece um consenso desde já seria a constatação de que uma LITERATURA COMPARADA DESCOLONIAL somente seria possível se contemplasse uma prática de des-comparação. Tal prática pode ser resumida a partir desta fórmula teórica: comparar para descomparar para re-comparar. E advertindo, desde já, que não se inscreveria aí qualquer possibilidade de repetição do que quer que seja. E não por acaso que a prática do des-comparar aconteceria a partir do exercício do re-comparar, como forma de assegurar que tal prática estaria assentada em uma perspectiva de ordem descolonial. Discutir acerca dessa temática ampla e variada convoca a presença de uma série diferenciada de produções e de modos de pensar e de ensinar que têm emergido dos diferentes cantos do mundo atual. Tais produções descoloniais, por sua vez, além de trazerem inscritas em seu corpo as nuanças de uma epistemologia descolonial ou fronteiriça específica, também não endossam os postulados teóricos e críticos de uma Literatura comparada moderna, como a que preponderou, grosso modo, no Ocidente, no Brasil e na América Latina como um todo.

Não por acaso, várias das temáticas já contempladas pelos CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS endossam a proposta agora lançada sobre LITERATURA COMPARADA DESCOLONIAL nos dias de hoje (a exemplo de uma volume intitulado de Literatura comparada hoje (2009) quando a diversalidade das comparações, dos saberes, dos pensares e dos fazeres, assim como práticas teóricas outras, tomam conta do presente, tanto nos grandes centros do país e do mundo, quanto nas periferias emergentes e não menos subalternas. Esperamos, desde já, que a temática proposta traga uma discussão conceitual que acabe por enriquecer, ainda mais, os postulados teóricos e críticos que nos ajudam a compreender a diversalidade não-moderna e des-modernista teórica e crítica e epistemológica que resulta na produção dos saberes, dos pensares, dos fazeres e dos sentires.

Recepção de texto - a partir de 01/01/2024

Prazo de submissão: 30/08/2024

Previsão de publicação: 15/12/2024

Saiba mais sobre Chamada de publicação de 2024: LITERATURA COMPARADA DESCOLONIAL

Edição Atual

v. 1 n. 29 (2023): CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: Modernidades e modernismos, nunca mais

Depois de todas as temáticas abordadas — 1º volume: Estudos culturais (abril de 2009); 2º volume: Literatura comparada hoje (setembro de 2009); 3º volume: Crítica contemporânea (abril de 2010); 4º volume: Crítica biográfica (setembro de 2010); 5º volume: Subalternidade (abril de 2011); 6º volume: Cultura local (dezembro de 2011); 7º volume: Fronteiras culturais (abril de 2012); 8º volume: Eixos periféricos (dezembro de 2012); 9º volume: Pós-colonialidade (abril de 2013); 10º volume: Memória cultural (dezembro de 2013); 11º volume: Silviano Santiago: uma homenagem (abril de 2014); 12º volume: Eneida Maria de Souza: uma homenagem (dezembro de 2014); 13º volume: Povos indígenas (abril de 2015); 14º volume: Brasil\Paraguai\Bolívia (dezembro de 2015); 15º volume: Ocidente/Oriente: migrações; 16º volume: Estéticas periféricas (abril de 2016); 17º volume: Cultura urbana; volume 18º: Tendências teóricas do século XXI; volume 19º: Tendências artísticas do século XXI; 20º: Exterioridade dos Saberes: NECC 10 ANOS; 21º: Pedagogias descoloniais; 22º: Corpos epistêmicos; 23º: Ensaio biográfico; volume 24º: Despoéticas, Despolíticas, Desobediências; volume 25º: Crítica biográfica fronteiriça; volume 26º: Fazer-sendo – Não- europeu; volume 27º: Teorização descolonial; volume 28º — Biogeografias, os CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS voltam-se para MODERNIDADES E MODERNISMOS, NUNCA MAIS, por entender que essa temática contempla uma discussão que está na agenda da crítica atual, tanto no Brasil quanto no mundo. Tal reflexão demanda um modo outro de fazer crítica e de teorizar (des-modernizar), sempre passando por uma epistemologia outra, ainda não contemplada pela epistemologia moderna, ou seja, pela epistemologia que levou à exaustão a prática da desconstrução conceitual. No plano do “podemos pensar os não-europeus”, podemos, sim, pensar des-modernamente na atualidade, como uma estratégia crítica de rever as lições modernistas canônicas que grassam e imperam nas discussões críticas atuais. A partir dessa visada epistemológica, podemos desmodernizar para re-modernizar de uma forma que não endosse a poética moderna beletrista e moderna, como se a produção poética e literária se reduzisse à escritura. No plano das desobediências não-europeias, teríamos uma modernizade outra que levanta a bandeira de que todos aqueles que se encontram do outro lado da fronteira-sul podem pensar e estão pensando e que, por conseguinte, estão filosofando, teorizando e re-modernizando o mundo, afinal as teorias existem em todos os lugares, inclusive nos não reconhecidos pela teoria e pelo pensamento modernos. A política das modernidades e modernismos, nunca mais (BESSA-OLIVEIRA) nos mostra, e os textos confirmam, que há formas de des-modernizar outras que não aquelas presas ao discurso acadêmico e disciplinar, nem muito menos a conceitos que caíram numa estereotipia e que, por isso mesmo, não fazem mais grandes sentidos, como o de “Modernidade europeu”, “Modernismos”, “Estética moderna”, “Arte”, “Regionalismo” etc. E não que as coisas e os conceitos se pluralizaram puro e simplesmente, mas porque as coisas, os conceitos e as biogeografias ocupam lugares específicos e estão em todos os lugares do mundo. A temática contemplada neste volume endossa a política proposta e defendida pelos CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS há quase quinze anos, uma vez que ela não se descuida de mirar os lugares sombrios e esquecidos pelos grandes centros, nem muito menos os saberes que emergem dessas bandas ignoradas pelos pensamentos moderno e modernistas. Nós editores agradecemos a todos da COMISSÃO ORGANIZADORA e MEMBROS do NECC que não têm medido esforços para que os CADERNOS continuem contemplando uma publicação que tem ajudado a todos, pelo menos deste lado fronteiriço do Sul, a pensar na diferença colonial (não necessariamente moderna) o que deve e precisa ser pensado. Gratidão traduz o que todos — neccenses — sentimos pelos ilustres pesquisadores deste volume, sem os quais a temática proposta não seria possível para a realização deste número que entra para a história da crítica biográfica fronteiriça quando o assunto for MODERNIDADES E MODERNISMOS, NUNCA MAIS.

Publicado: 2023-12-09

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Os CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS (ISSN 2763-888X) – visam a cumprir os objetivos que fazem parte de seu projeto editorial, entre os quais destaco os mais significativos: 1) dar continuidade às discussões realizadas no espaço da disciplina obrigatória Literatura Comparada: fundamentos, do Programa de Pós-graduação – Mestrado em Estudos de Linguagens – UFMS; 2) criar um espaço para o debate crítico, tendo por base os ensaios críticos dos intelectuais convidados p participar dos Cadernos; 3) oportunizar os mestrandos, que desenvolvem projetos sobre a Cultura Local, ou cultura latino-americana, que tornem públicas suas pesquisas acadêmicas; 4) discutir com mais propriedade intelectual a cultura local fronteiriça do Estado de Mato Grosso do Sul (Brasil, Paraguai, Bolívia); 5) incentivar o intercâmbio cultural entre o Estado de Mato Grosso do Sul (Brasil) e seus dois países lindeiros (Paraguai e Bolívia); repensar em conjunto as divergências e convergências instauradas em torno da diversidade cultural que diferencia a cultural local Sul-mato-grossense, assim como em um pseudo-conceito de cultura que quase sempre o Estado quer fazer prevalecer.

Para melhor atender aos objetivos que originaram a ideia dos Cadernos, os mesmos são de natureza temática; justificando, inclusive, o título: Cadernos.

O leitor deste caderno terá a oportunidade de estabelecer redes comparativas e interpretativas entre os ensaios (seguidos de uma Resenha Crítica) que, ao final, lhe proporão mais lucidez crítica sobre o pensamento contemporâneo. Por fim, e o mais importante, agradeço a todos os amigos, professores, críticos, orientandos, intelectuais, que contribuíram para que o Projeto dos Cadernos se tornasse possível.

A revista é coordenada pelo professor Dr. Edgar Cézar Nolasco, professor do Curso de Letras (UFMS) e da pós-graduação Mestrado em Estudos de Linguagens (PPGEL/UFMS), presidente do Núcleo de Estudos Culturais Comparados (NECC).

Os artigos, ensaios & resenhas publicadas nos Cadernos de Estudos Culturais contemplam duas edições por ano, uma no primeiro semestre e outra no segundo.

  • NOSSO QUALIS:

QUALIS A3, área de Linguística e Literatura, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área de Educação, quadriênio 2017-2020..

QUALIS A3, área Interdisciplinar, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Antropologia/Arqueologia, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Biotecnologia, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Ciências Ambientais, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Comunicação e Informação, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Direito, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Geografia, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área História, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Planejamento Urbano e Regional/Demografia, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Psicologia, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Sociologia, quadriênio 2017-2020.

A capa e todos os CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS são criadas e diagramadas pelo professor Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira.