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Chamada para publicação 2025 — ANA-LÉTICAS DAS DIFERENÇAS

2024-10-15

Contra um conceito dualista de sujeito, Enrique D. Dussel em Método para uma filosofia da libertação: superação analética da dialética hegeliana (1986), como bem frisa o próprio título do livro, discute “um” método de desrupção descolonizado ana- lético contrário ao pensamento dual dialético que acerca toda a produção filosófica ocidental sobre o sujeito e suas práticas culturais (de artes, culturas e conhecimentos) por meio da ideia de que o pensar filosófico – o pensar-sendo ou um filosofar-sendo – não é exclusividade de sujeitos que nasceram em tempo e geografia históricos específicos, menos ainda restrito a homens brancos, de classe alta, falantes de línguas hegemônicas e crentes de fés cristãs, quando muito descendentes, e restritos aos europeus. Entendendo que o autor pense a partir de uma filosofia da libertação, esta chamada ANA-LÉTICAS DAS DIFERENÇAS compreende que pensar-sendo ana-leticamente não está restrito ao ato de filosofar, sendo filosofia como bem aceitamos em nosso contexto ex-colonial e de colonialidades (Quijano), mas é, igualmente, e também deve ser obrigação das reflexões que se querem descolonizadas acerca das Políticas,Direitos e Democracias, Disciplinas e Práticas Culturais, mas também obrigação de Teorias, Críticas e Histórias das artes (nas suas múltiplas linguagens: literárias e de linguagem, visuais, cênicas, performáticas, musicais, entre outras); do mesmo modo obriga reflexões filosóficas outras aos Estudos Comparados, Estudos Culturais, Epistêmicos ou Paradigmas, teóricos e/ou críticos, que não buscam reforçar tradições canônicas e/ou supostamente universais de perspectivas exclusivistas; assim como às Epistemologias, Saberes e Pensamentos indígenas, africanos, asiáticos que não buscaram assimilar-se aos projetos e pensamentos filosóficos globais ocidentais; bem como de pessoas que têm por suas óticas outras de mundo percepções e pensamentos (filosofares) ana-léticos que a Universidade e a Escola, bem como as Instituições Sistêmicas Oficiais (Museus, Associações, Fundações, entre outros) insistem em desconsiderar. Por fim, convidamos a todas as pessoas comprometidas com a ideia possível de con-viver, por meio de um pensamento descolonizado como ana-lético, nas diferenças em um mundo melhor – e que não seja uma mera alternativa dentro da dialética de mundo civilizado e de desenvolvimento por meio do progresso a qualquer custo, ocidentais (Acosta) –, a submeterem suas reflexões, pensamentos e filosofias ANA-LÉTICAS DAS DIFERENÇAS aos “Cadernos de Estudos Culturais (2009)” (Edição 31, a sair em 2025) que sempre buscaram evidenciar diferenças culturais nas culturas das diferenças.

Recepção de texto - a partir de 01/11/2024

Prazo de submissão: 30/08/2025

Previsão de publicação: 15/12/2025

Saiba mais sobre Chamada para publicação 2025 — ANA-LÉTICAS DAS DIFERENÇAS

Edição Atual

v. 1 n. 30 (2024): CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS: Literatura Comparada Descolonial

Depois de todas as temáticas abordadas — 1º volume: Estudos culturais (abril de 2009); 2º volume: Literatura comparada hoje (setembro de 2009); 3º volume: Crítica contemporânea (abril de 2010); 4º volume: Crítica biográfica (setembro de 2010); 5º volume: Subalternidade (abril de 2011); 6º volume: Cultura local (dezembro de 2011); 7º volume: Fronteiras culturais (abril de 2012); 8º volume: Eixos periféricos (dezembro de 2012); 9º volume: Pós-colonialidade (abril de 2013); 10º volume: Memória cultural (dezembro de 2013); 11º volume: Silviano Santiago: uma homenagem (abril de 2014); 12º volume: Eneida Maria de Souza: uma homenagem (dezembro de 2014); 13º volume: Povos indígenas (abril de 2015); 14º volume: Brasil\Paraguai\Bolívia (dezembro de 2015); 15º volume: Ocidente/Oriente: migrações; 16º volume: Estéticas periféricas (abril de 2016); 17º volume: Cultura urbana; volume 18º: Tendências teóricas do século XXI; volume 19º: Tendências artísticas do século XXI; 20º: Exterioridade dos Saberes: NECC 10 ANOS; 21º: Pedagogias descoloniais; 22º: Corpos epistêmicos; 23º: Ensaio biográfico; volume 24º: Despoéticas, Despolíticas, Desobediências; volume 25º: Crítica biográfica fronteiriça; volume 26º: Fazer-sendo – Não- europeu; volume 27º: Teorização descolonial; volume 28º: Biogeografias; volume 29: Modernidade e modernismos, nunca mais, os CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS voltam-se para LITERATURA COMPARADA DESCOLONIAL, por entender que essa temática, bem como as anteriores, contempla uma discussão que está na agenda descolonial pedagógica atual, quer seja no Brasil, quer seja na América Latina. Tal reflexão demanda um modo outro de fazer crítica e de teorizar (des-modernizar), sempre passando por uma epistemologia outra, ainda não contemplada pela epistemologia moderna, ou seja, pela epistemologia que levou à exaustão a prática da desconstrução conceitual. No plano do “podemos pensar os não-europeus”, podemos, sim, pensar des-modernamente na atualidade, como uma estratégia crítica de rever as lições modernistas canônicas que grassam e imperam nas discussões críticas atuais. A partir dessa visada epistemológica, podemos desmodernizar para re-modernizar de uma forma que não endosse a poética moderna beletrista e moderna, como se a produção poética e literária se reduzisse à escritura. No plano das desobediências não-europeias, teríamos uma modernidade outra que levanta a bandeira de que todos aqueles que se encontram do outro lado da fronteira-sul podem pensar e estão pensando e que, por conseguinte, estão filosofando, teorizando e re-modernizando o mundo, afinal as teorias existem em todos os lugares, inclusive nos não reconhecidos pela teoria e pelo pensamento modernos. As políticas da LITERATURA COMPARADA DESCOLONIAL nos mostram, e os textos confirmam, que há formas de discutir criticamente as diferenças que fazem o mundo global e que não estão presas ao discurso acadêmico e disciplinar, nem muito menos a conceitos que caíram numa estereotipia e que, por isso mesmo, não fazem mais grandes sentidos, como o de “Semelhanças-e-diferenças”, “Modernismos”, “Estética moderna”, “Arte”, “Regionalismo” etc. E não que as coisas e os conceitos se pluralizaram puro e simplesmente, mas porque as coisas, os conceitos e as biogeografias ocupam lugares específicos e estão em todos os lugares do mundo. A temática contemplada neste volume endossa a política proposta e defendida pelos CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS há exatos quinze anos, uma vez que ela não se descuida de mirar os lugares sombrios e esquecidos pelos grandes centros, nem muito menos os saberes que emergem dessas bandas ignoradas pelos pensamentos moderno e modernistas. Nós editores agradecemos a todos da COMISSÃO ORGANIZADORA e MEMBROS do NECC que não têm medido esforços para que os CADERNOS continuem contemplando uma publicação que tem ajudado a todos, pelo menos deste lado fronteiriço do Sul, a pensar na diferença colonial (não necessariamente moderna) o que deve e precisa ser pensado. Gratidão traduz o que todos — neccenses — sentimos pelos ilustres pesquisadores deste volume, sem os quais a temática proposta não seria possível para a realização deste número que entra para a história da crítica biográfica fronteiriça quando o assunto for LITERATURA COMPARADA DESCOLONIAL.

Publicado: 2024-10-13

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Os CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS (ISSN 2763-888X) – visam a cumprir os objetivos que fazem parte de seu projeto editorial, entre os quais destaco os mais significativos: 1) dar continuidade às discussões realizadas no espaço da disciplina obrigatória Literatura Comparada: fundamentos, do Programa de Pós-graduação – Mestrado em Estudos de Linguagens – UFMS; 2) criar um espaço para o debate crítico, tendo por base os ensaios críticos dos intelectuais convidados p participar dos Cadernos; 3) oportunizar os mestrandos, que desenvolvem projetos sobre a Cultura Local, ou cultura latino-americana, que tornem públicas suas pesquisas acadêmicas; 4) discutir com mais propriedade intelectual a cultura local fronteiriça do Estado de Mato Grosso do Sul (Brasil, Paraguai, Bolívia); 5) incentivar o intercâmbio cultural entre o Estado de Mato Grosso do Sul (Brasil) e seus dois países lindeiros (Paraguai e Bolívia); repensar em conjunto as divergências e convergências instauradas em torno da diversidade cultural que diferencia a cultural local Sul-mato-grossense, assim como em um pseudo-conceito de cultura que quase sempre o Estado quer fazer prevalecer.

Para melhor atender aos objetivos que originaram a ideia dos Cadernos, os mesmos são de natureza temática; justificando, inclusive, o título: Cadernos.

O leitor deste caderno terá a oportunidade de estabelecer redes comparativas e interpretativas entre os ensaios (seguidos de uma Resenha Crítica) que, ao final, lhe proporão mais lucidez crítica sobre o pensamento contemporâneo. Por fim, e o mais importante, agradeço a todos os amigos, professores, críticos, orientandos, intelectuais, que contribuíram para que o Projeto dos Cadernos se tornasse possível.

A revista é coordenada pelo professor Dr. Edgar Cézar Nolasco, professor do Curso de Letras (UFMS) e da pós-graduação Mestrado em Estudos de Linguagens (PPGEL/UFMS), presidente do Núcleo de Estudos Culturais Comparados (NECC).

Os artigos, ensaios & resenhas publicadas nos Cadernos de Estudos Culturais contemplam duas edições por ano, uma no primeiro semestre e outra no segundo.

  • NOSSO QUALIS:

QUALIS A3, área de Linguística e Literatura, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área de Educação, quadriênio 2017-2020..

QUALIS A3, área Interdisciplinar, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Antropologia/Arqueologia, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Biotecnologia, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Ciências Ambientais, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Comunicação e Informação, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Direito, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Geografia, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área História, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Planejamento Urbano e Regional/Demografia, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Psicologia, quadriênio 2017-2020.

QUALIS A3, área Sociologia, quadriênio 2017-2020.

A capa e todos os CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS são criadas e diagramadas pelo professor Dr. Marcos Antônio Bessa-Oliveira.