SENTIMENTOS DE UM MUNDO FRONTERIZO
resenha da trilogia (des)poética de Edgar Cézar Nolasco
Resumo
A presente resenha emerge, como condição sine qua non, a partir de uma premissa descolonial imbricada pela perspectiva outra de que tudo isso é herança bugresca fronteiriça3, tal qual conclamado em uma das epígrafes apostas. No bojo desse tudo isso, apregoa-se a abertura do arquivo dotado de sensibilidades biográficas e locais do (des) ou (anti)poeta sul-fronteiriço Edgar Cézar Nolasco atravessado pelo sentimento de um mundo fronterizo, à la, de maneira semelhante e altamente diferente, Carlos Drummond de Andrade com sua poética brasileira do cotidiano. No pluriverso de Drummond, o sentimento de mundo de Nolasco não só descortina uma (des)poética do cotidiano sul-fronterizo, endossado pelas vísceras sanguinolentas de um portunhol selvagem, como, pari passu, transporta à praça pública seu corpo desnudado de homem-fronteira, filho, servidor público, professor universitário, anthropos e habitante da exterioridade das disciplinas territorialistas ocidentais, da poética clássica e, sobremaneira, da episteme moderna.
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