A FRATURA NO LUGAR DE ENUNCIAÇÃO
Resumo
O presente artigo objetiva a uma genealogia da fratura no lugar de enunciação, situando-a, geográfica e historicamente, desde uma perspectiva teórica decolonial. Assim, examinamos os conceitos de colonialidade da lingua[gem] (VERONELLI, 2015; 2021), colonização linguística (MARIANI, 2004), racismo linguístico (NASCIMENTO, 2019) e imaginário das línguas (GLISSANT, 1996; 2005). Pretende-se questionar as formas cristalizadas e instituídas no imaginário das línguas, acerca da língua[gem] e de seus respectivos falantes, de modo a evidenciar a sua historicidade - ou seja, desnaturalizá-las - interpretando-as como situações ou fenômenos geográfica e historicamente construídos. Para tal, procedemos à leitura e interpretação do texto dramatúrgico Une Tempête, de Aimé Césaire (2008) em interlocução com o poema "América Negra", de Elio Ferreira (2014), centrando nossa análise na apropriação da língua[gem] como agência face a fratura e a diferença colonial da língua[gem], por parte de seus respectivos protagonistas.
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