CORPO-POLÍTICA DA BIOGEOGRAFIA contra até a corpo da Biopolítica
Resumo
Este artigo tem como objetivo estabelecer um diálogo epistêmico sobre os corpos contemporâneos, tomando desses nas academias – escolas e universidades –, a partir de políticas de corpo e do corpo em política no ensino de Arte preferencialmente. Especificamente, o corpo será abordado pela ótica da prevalecência da matriz colonial de poder, ainda na contemporaneidade, contemplada pela colonialidade do poder, por meio da manutenção das abordagens disciplinares dos Estudos de Áreas: tanto das Humanidades como das Humanas. Tal diálogo epistemológico, de abordagem bibliográfica crítico biogeográfica fronteiriça, por conseguinte descolonial, evidenciará que a grande maioria das reflexões sobre o corpo contemporâneo na academia ainda estão ancoradas na noção de corpo di-vi-di-do entre razão e emoção ou, no máximo, naquele corpo estudado/adestrado pela ótica da política como poder de dominação e não do corpo da diferença em política como condição de sobre-vida. A fim de fazer evidenciar que o corpo na educação, mas também nas artes e nas culturas não deve ser um corpo que obedece, estas discussões exemplificarão possibilidades pedagógicas na Arte que levem o corpo estranho – aquele corpo que não tem repouso no sistema de saber cartesiano – a reconhecer-se para além do corpo da biopolítica, mas como corpo em política.
Copyright (c) 2022 CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.