DESCOLONIZAR IDENTIDADES LATINAS:

para um descomparar nas identilasticidades com anseio ético

Resumo

O presente texto abre caminhos para pensar, refletir e, principalmente, problematizar a identidade a partir de uma leitura comparada de Stuart Hall e o conceito de identilasticidade cunhado no curso de pós-doutorado. Por meio do lastro teórico da descolonização e estudos fronteiriços um outro modo de pensar as identidades, que não se resumem a uma questão de fluidez, mudanças e negociações, mas além disso, que evoca um pensar sobre a necessidade ética de entender que o outro faz um apelo às minhas identidades para que elas não se anulem. E nesse processo de construção e ressignificações de identidades, o “eu” não se rompe, não se perde, não se rarefaz, mas se constitui com as suas “velhas” e “novas” identidades que exige uma acolhida no próprio “eu – identilasticidades” que não se perde nas negociações frente ao outro, que reclama a ética do rosto, segundo Emmanuel Lévinas. Nesta saga arriscada é que o objetivo deste texto, que atrevo dize ser mero rascunho, versa explorar as identidades nas fronteiras latinas, assim como, desteorizar e descolonizar o fazer/pensar latinos de um pensamento eurocêntrico, não o execrando, mas numa proposta literária, fazer de um outro modo uma literatura que descompare latinos do estreito-frágil centralizador eurocentrista. E, assim, desfolhar numa via de identilasticidades como uma literatura possível para com-parar os latinos num olhar de si, para si. O referencial teórico se calca nos estudos de textos e obras de pensadores, como: Edgar Cézar Nolasco, Stuart Hall e Walter D. Mignolo.

Publicado
2024-10-13