DESCOLONIZAR O PENSAMENTO PARA DESPRENDER-SE DO COMPARAR, E, PARA NÃO TEORIZAR DECOLONIAL COMO APREENDIDO:

comparar-se é um ato de fraqueza

Resumo

Uma perspectiva teórica sempre migrou de lugar em lugar. Ou seria melhor dizer que várias perspectivas teóricas europeias e/ou estadunidenses sempre migraram para lugares como a América Latina, chegando até ao Brasil. Mais nas disciplinas que buscaram discutir as produções culturais, mas também nas áreas disciplinares em que a produção de conhecimentos é objeto, a hospitalidade (Derrida) acadêmica brasileira quase nunca foi hostil em relação aos referenciais teóricos que sempre aportaram-se aqui e foram desenfreadamente aplicados nas leituras sobre nossas práticas culturais e de produção de conhecimentos. Considerando isso, que não é pouco, vou propor uma discussão que já tinha dito desimportante: se DES ou DE quando se fala em pensamentos contra-hegemônicos, como um pensamento descolonial, contrários às lógicas teóricas migrantes como teoria decolonial que tem se aninhado em muitas instâncias, culturais e de conhecimentos, mas disciplinares, a fim de reforços coloniais sem esforços contra, pelo menos, como hostilidades locais. Por questões dessa natureza, naturalizadas, acabamos ainda sem raízes e sendo apenas galhos de “árvores” alheias sobrevivendo “às sombras” dos anseios coloniais e das colonialidades.

Publicado
2024-10-13