ARQUIVO E REPERTÓRIO EM HER NAME NEVER GOT CALLED de Gloria Evangelina Anzaldúa

Resumo

O contexto histórico-cultural e literário de grande produtividade nos Estados Unidos tem fomentado intensivamente as literaturas imigrantes e de identidades em trânsito, proporcionando a criação de uma vasta obra representante do solo cultural da fronteira entre México e Estados Unidos. Uma representante deste espaço fronteiriço é Gloria Evangelina Anzaldúa, que transitou da poesia à prosa, a exemplo do livro Borderlands/La Frontera: the new mestiza (1987), revelando o surgimento de um rótulo em particular, como o de literatura chicana. Este artigo tem por objetivo analisar o conto não publicado Her name never got called, e por sua vez, discutir sobre o conceito de arquivo e repertório na obra anzalduana. Para além do texto literário e arquivo inédito, busca-se refletir sobre vida dos seres subalternos que ocupam a fronteira México – Estados Unidos. Para tanto, a metodologia que subsidia este texto volta-se para as reflexões teórico-críticas acerca dos estudos pós-colonialistas, sobretudo as obras, Mignolo (2003) e Hawley (2001) e ainda obras de exegese e fortuna crítica sobre Anzaldúa, como, Keating (2009) e Bowen (2010). Desta forma, a vida e obra de Gloria Anzaldúa constituem-se, em um legado da história daqueles que estão no entre-lugar da fronteira.

Publicado
2024-10-13