A OCUPAÇÃO AMAZÔNICA e a expansão da fronteira riobranquense
Resumo
Em nome de uma pretensa integração do Acre ao espaço nacional de desenvolvimento capitalista, durante fins da década de 1960 e início da seguinte, as terras públicas foram vendidas, e, por conseguinte, as populações nelas residentes foram obrigadas a sair – o que resultou num intenso fluxo migratório na direção campo-cidade. Com a emergência dos conflitos pela posse da terra, a realidade urbana surgia como desdobramento da expansão da fronteira agrícola. A trajetória dessa população no contexto regional, tanto quanto os laços de vínculo com os locais de onde migraram, tornam clara a aglutinação de famílias na periferia urbana.
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