AURA E RASTROS NAS MEMÓRIAS de José Lins do Rego
Resumo
É inevitável, à maneira de Walter Benjamin, não pensar nos conceitos-imagem de rastro e aura na leitura de Meus verdes anos (Memórias), de José Lins do Rego. O livro publicado, em 1956, fecha o Ciclo da Cana-de-Açúcar, iniciado com Menino de engenho, em 1932, trazendo a memória de Carlos de Melo, personagem de ficção, um menino de família patriarcal, fundada no latifúndio, na servidão e na monocultura do açúcar. A edição se esgotou em três meses, dando fôlego ao romancista que prosseguiu com a trajetória do personagem em Doidinho (1933); Banguê (1934); O moleque Ricardo (1935) e Usina (1936).
Referências
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