BABEL-COSMÓPOLIS: um imperativo digital?
Resumo
Já é, certamente, lugar-comum dizer que as imagens e os sentidos da cidade, toda e qualquer, modificam-se no tempo e no espaço, ligadas a contextos históri- cos e sociais. Nesse sentido, é que se tem dito que pensar a cidade na cultura contemporânea implica lê-la como parte integrante de um sistema comunicacional (PRYSTHON, 2006; MARTÍN-BARBERO, 2004; RESENDE, 2005), o que significa ir além das materialidades, e considerar as representações que se fazem da cidade. Já se disse, há muito, que as cidades são construídas com pedra e carne, mas também com os signos e as linguagens, de modo que as representações passem a ser integrante de um sistema comunicacional (Prysthon, 2006, p.7).Referências
ANTELO, R. Maximam, ET nullam. In: BUESCU, H. e CORDEIRO, G (coord.). O grande terramoto de Lisboa: ficar diferente. Lisboa: Gradiva, 2005. p. 189-190.
BAUDRILLARD, J. Power inferno. Tradução de Juremir Machado. Porto Alegre: Sulina, 2003. BAUMAN, Z. O mal-estar da pós-modernidade . Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1998.
BENJAMIN, W. Charles Baudelaire, um lírico no auge do capitalismo . São Paulo: Brasiliense, 1989.
BENJAMIN, W. Passagens. Org. BOLLE, Willi; MATTOS, Olgária.Tradução de Irene Aron, Cleonice Paes Barreto Mourão, Patricia de Freitas Camargo. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2006.
BHABHA, H. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed, UFMG, 1998.
CANCLINI, N. G. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização. Rio de Janei- ro: UFRJ, 2006.
CARREIRO, R. Babel . Disponível em: Acesso em: 27 dez. 2007.
COELHO, T. Arte na metrópole. Bravo!, São Paulo ano 5, n. 54, p. 45-48, mar. 2002. COQUELIN, A. Essais de philosophie urbaine. Paris: PUF, 1982.
DEBORD, G. La societé du spectacle. Paris: Champ Libre, 1971.
DELILLO, D. Cosmópolis. Tradução de Paulo Henriques Brito. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
DERRIDA, J. Torres de Babel. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
GOMES, R. C. Todas as cidades, a cidade. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
HENRIQUES, A. de S. A perda de um tempo: a obra de Alejandro González Iñárritu. In: . Tempos de acaso: a temporalidade descontínua e a tematização do acaso no cinema contemporâ- neo. 2005. Dissertação (Mestrado em Comunicação)– Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro, 2005. p. 43-68.
KAFKA, F. O emblema da cidade. In: . Parábolas e fragmentos e Cartas a Milena. Tradução de Geir Campos. Rio de Janeiro: Ediouro, 1987.
MARTÍN-BARBERO, J. Ofício do cartógrafo: travessias latino-americanas da comunicação na cultu- ra. São Paulo: Loyola, 2004.
MUMFORD, Lewis. A cidade na história. São Paulo: Martins Fontes, 1982.
PRYSTHON, A. Imagens da cidade: Espaços urbanos na comunicação e cultura contemporâneos. Porto Alegre: Sulina, 2006.
RESENDE, F. Cidade, comunicação e cultura : a diferença como questão. Logos, Rio de Janeiro, v.1, n.22, 2005, p. 118-136.
SCHOLLHAMMER, K. E. As imagens do desastre. In: OLINTO, Heidrum Krieger; . (orgs.).
Literatura e imagem. Rio de Janeiro: Galo Branco, 2005, p. 53-60.
SCHORSKE, C. E. La idea de cuidad em el pensamiento europeo de Volataire a Spengler.Punto de Vista, Buenos Aires, n. 30, jul.-ago. 1987.
SELIGMAN-SILVA, M. 2000. A história como trauma. In NESTROVSKI, A.; .Catástrofe e repre- sentação. São Paulo: Escuta, 2000, p. 73-97.
SEVCENKO, N. Orfeu extático na metrópole: São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos
São Paulo: companhia das Letras, 1992.
SEVCENKO, Nicolau. O futuro da cidade tal como visto por Kafka do alto da Torre de Babel.
Correio Braziliense, Brasília, 2 set. 1994.
SIMMEL, G. A metrópole e a vida mental. In: VELHO, O. (org.). O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.
WHITE, E. B. Aqui está Nova York. Tradução de Ruy Castro. Rio de Janeiro: José Olympio, 2002
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.