BIOGEOGRAFIAS DESCOLONIAIS FRONTEIRIÇA: perspectiva teórica em Artes no século XXI

  • Marcos Antônio Bessa-Oliveira UEMS

Resumo

Tendências sempre são passíveis de existência! Na arte, cultura e conhecimento irão, dos diversos lugares, sempre haver tendências de pesquisas, práticas, mesmo no ensino de Arte. Graças às memórias, histórias, experiências, sujeitos, espaços e narrativas particulares – Bio-sujeitos, geo- espaços, grafias-narrativas = Biogeografias –, teremos infinitas tendências na arte, na cultura e no conhecimento emergentes de tempos em tempos. No século XXI a rapidez das tendências é cada vez maior! O que mostra diferenças em relação à perspectiva histórica. Logo, cada paisagem biogeográfica precisa de uma espécie de tendência para ser compreendida no contexto onde emerge. A ideia deste ensaio é discutir, sem ser tendência, na arte, na cultura e nos conhecimentos, nas biogeografias de Mato Grosso do Sul, os postulados teóricos e artísticos emergentes contemporâneos ou os mantidos para pensar a arte, a cultura e os conhecimentos locais, desde a modernidade (séculos XV/XVI), ainda que MS só fosse criado quando dividido de MT em 1977. Tomo das epistemes culturais consolidadas nos lugares emergentes latinos para pensar os fazeres artísticos. Pois, das produções teóricas e artísticas de lóci com paisagens biogeográficas outras é possível estabelecer reflexões teóricas e artísticas da arte, cultura e conhecimento de MS, por exemplo, que não são tendências migrantes, mas são divergentes das paisagens clássicas e/ou modernas insistentes na cultura brasileira desde 1500.

Biografia do Autor

Marcos Antônio Bessa-Oliveira, UEMS
Professor efetivo da UEMS - Unidade Campo  Grande - no Curso de Artes Cênicas na cadeira de Artes Visuais. É coordenador da NAV(r)E - Núcleo de Artes Visuais em (re) Verificações Epistemológicas; certificado pela UEMS/CNPQ. é Artista Visual, Doutor em Artes Visuais - pela linha de pesquisa Fundamentos Teóricos - pelo IAR Unicamp. é Mestre em Estudos de Linguagens e Graduado em Artes Visuais - Licenciatura - habilitação em Artes Plásticas pela UFMS. Desenvolveu pesquisas sobre as pinturas e o livro ÁGUA VIVA: ficção de Clarice Lispector. As pinturas e ÁGUA VIVA foram seus objetos de pesquisa no Mestrado. Desenvolve a a pesquisa Arte e Cultura na Frontera: "Paisagens" Artísticas em Cena nas "Práticas Culturais" Sul-Mato-Grossense vinculada a PROPP/UEMS  e vinculada ao NECC-UFMS a pesquisa ENTRE PARAGUAI(S), BOLÍVIA(S) e BRASIL(S): diáologos nas quase fronteiras "DISSOLVIDAS" e a pesquisa ESTÈTICA BUGRESCA: Crítica de Arte?fora do eixo? da Crítica de Arte - sobre a produção artístico visual (PRÁTICA, PEDAGÓGICA E TEÓRICA) de Mato Grosso assistente dos CADERNOS DE ESTUDOS CULTURAIS. Tem experiência na área de Fundamentação Teórica em Artes Visuais, com ênfase em Artes Plásticas, no Ensino em Artes Visuais, atuando principalmente nos temas: Estudos Visuais, Crítica Biográfica, Identidade Cultural, pesquisas em Artes Visuais, Teorias das Artes Visuais, História da Arte, Arte e Ensino, Literatura/Pintura e Organização de Exposições.

Referências

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BESSA-OLIVEIRA, Marcos Antônio. “BIOgeografias ocidentais/orientais: (i)migrações do bios e das epistemologias artísticas no front”. In: Cadernos de Estudos Culturais: Ocidente/Oriente: migrações. v. 8. n. 15. Campo Grande, MS: Ed. UFMS, jan.-jun., 2016, p.97-144.

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Publicado
2018-03-17