A AUTOGESTÃO NO AMBIENTE PROFISSIONAL: APORTES E CONTRIBUIÇÕES

Resumen

O presente artigo tem como objetivo principal realizar um mapeamento sobre o tema autogestão no ambiente profissional na ótica dos pesquisadores. Denota-se que questões como alienação no trabalho, autonomia, realização profissional, autocontrole e cooperativismo vêm surgindo com certa frequência no mundo da ciência organizacional. A empresa moderna é mecanizada e intensifica ao máximo o controle e a autoridade. A autogestão então aparece como uma proposta de emancipação desses trabalhadores, na medida em que esses conseguem, sem a presença da hierarquia, exteriorizar suas personalidades e aptidões profissionais. No trabalho autogestionário, o funcionário passa do estado de trabalhador alienado para um enriquecido, autônomo, no qual o mesmo passa a ser responsável pela sua produção. No que tange aos procedimentos metodológicos essa pesquisa classifica-se como quali-quanti, possui natureza básica e em relação ao seu objetivo, esse estudo configura-se como exploratório e descritivo. Através dessa pesquisa pode-se concluir que o tema autogestão ainda é pouco abordado nos estudos, fazendo-se necessário que mais pesquisadores tragam contribuições para a ciência desse tema.

Biografía del autor/a

Gabriela Guichard de Lima Beck, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

GRADUADA EM ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, GESTÃO PÚBLICA E POLÍTICAS SOCIAIS. 

MESTRE EM ADMINISTRAÇÃO PELA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

ADMINISTRADORA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Citas

Afonso, M. H., Souza, J. D., Ensslin, S. R., & Ensslin, L. (2011). Como construir conhecimento sobre o tema de pesquisa? Aplicação do processo Proknow-C na busca de literatura sobre avaliação do desenvolvimento sustentável. Revista de Gestão Social e Ambiental, 5(2), 47-62.

Albuquerque, P. P. D. (2003). Autogestão. A outra economia. Porto Alegre: Veraz Editores, 20-26.

Antunes, R. (2015). Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. Boitempo Editorial.

Araújo Ruiz, J. A., & Arencibia Jorge, R. (2002). Informetría, bibliometría y cienciometría: aspectos teórico-prácticos. Acimed, 10(4), 5-6.

Araújo, E. A. T., & Silva, W. A. C. (2011). Sociedades cooperativas e sua importância para o Brasil. Revista Alcance, 18(1), 43-58.

Bales, K., & Robbins, P. T. (2001). “No one shall be held in slavery or servitude”: A critical analysis of international slavery agreements and concepts of slavery. Human Rights Review, 2(2), 18-45.

Benini, E. A. (2010). Economia solidária, Estado e sociedade civil: um novo tipo de política pública ou uma agenda de políticas públicas?

Benini, E. N. (2009). LF; Benini, EA; Melo, RP Cooperativismo e Autogestão: reflexões sobre a economia solidária. Campo Grande-MS: Desafio-R. Econ. e Adm, 10(21), 76-78.

Benini, É. A., & Benini, E. G. (2010). As contradições do processo de autogestão no capitalismo: funcionalidade, resistência e emancipação pela economia solidária. Organizações & Sociedade, 17(55), 605-619.

Bertero, C. O., Caldas, M. P., & Wood Jr, T. (1999). Produção científica em administração de empresas: provocações, insinuações e contribuições para um debate local. Revista de Administração Contemporânea, 3(1), 147-178.

Cançado, A. C., Tenório, F. G., & Pereira, J. R. (2011). Gestão social: reflexões teóricas e conceituais. Cadernos Ebape. br, 9(3), 681-703.

Cavedon, N. R., & Ferraz, D. L. S. (2006). " Tricotando as redes de solidariedade": as culturas organizacionais de uma loja autogestionada de economia popular solidária de Porto Alegre. Organizações & sociedade, 13(39), 93-111.

_______. As culturas organizacionais de uma loja autogestionada de economia popular solidária de Porto Alegre. Encontro nacional dos programas de pós-graduação em administração, v. 25. (2004).

Chairiello, C. L., & Eid, F. (2014). Organização do processo de trabalho em uma cooperativa popular autogestionária. Gestão e Sociedade, 8(19), 541-565.

Chiesa, C. D., & Cavedon, N. R. (2015). Elementos anarquistas no cotidiano de uma organização contemporânea o caso da casa da cultura digital de Porto Alegre. Gestão. Org: Revista eletrônica de gestão organizacional [recurso eletrônico]. Recife, PE. Vol. 13, n. 1 (jan./jun. 2015), p. 11-23.

Costa, A. L., & Frasson, G. C. (2005). Autogestão: um novo/velho modelo em administração. Gestão & Regionalidade, 22(62), 16-47.

De Faria, J. H., & Meneghetti, F. K. (2011). Burocracia como organização, poder e controle. RAE-Revista de Administração de Empresas, 51(5), 424-439.

Dos Santos Parisotto, I. R. Análise de Viabilidade de Utilizar as Leis da Bibliometria em Diferentes Bases de Pesquisa, 2014. Disponível em: http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2014_EnANPAD_EPQ762.pdf. Acessado em: 21.05.2021.

Fernandes, E. C. & Gutierrez, L. H. (1998, outubro/dezembro). Qualidade de vida no trabalho (QVT): uma experiência brasileira. Revista de Administração da USP, 23 (4), 29-38.

Ferraz, D. L. D. S., & Dias, P. (2008). Discutindo autogestão: um diálogo entre os pensamentos clássico e contemporâneo e as influências nas práticas autogestionárias da economia popular solidária. Organizações & Sociedade, 15(46), 99-117.

Gorz. A. (2005). O imaterial. São Paulo: Annablume, p. 48-53.

Gutierrez, G. L. (1997). Autogestão de empresas: novas experiências e velhos problemas. A empresa sem patrão. Marília: UNESP, 27-32.

Hellwig, B. C., & Carrion, R. M. (2007). A participação no processo decisório: um estudo na economia solidária. REGE Revista de Gestão, 14(4), 1-14.

Klechen, C. F., Barreto, R. D. O., & Paula, A. P. P. D. (2011). Pilares para a compreensão da autogestão: o caso de um programa de habitação da Prefeitura de Belo Horizonte. Revista de Administração Pública, 45(3), 669-694.

Marsden, R., & Townley, B. (2001). Introdução: a coruja de minerva: reflexões sobre a teoria na prática. Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 2, 31-60.

Margoto, J. B., Behr, R. R., & Paula, A. P. P. D. (2010). Eu me demito! Evidências da racionalidade substantiva nas decisões de desligamento em organizações. Organizações & Sociedade, 17(52), 115-135.

Meira, F. B. (2011). Entre modelos e figuras: o problema da transição nas empresas assumidas por trabalhadores. Gestão.Org-Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, v. 9, n. 2.

Misoczky, M. C., Oliveira, R. P. D., & Passos, R. P. D. (2004). Reflexões sobre a autogestão a partir da experiência da Cidade das Cidades. Organizações & Sociedade, 11(SPE), 183-196.

Motta, F. C. P. (1979). Controle social nas organizações. Revista de Administração de Empresas, 19(3), 11-25.

______. Burocracia e autogestão: a proposta de Proudhon. (1981). Tese de Doutorado.

Nascimento, C. (2004). Autogestão e o novo cooperativismo. Brasília, Maio.

Onuma, F. M. S., Mafra, F. L. N., & Moreira, L. B. (2012). Autogestão e subjetividade: interfaces e desafios na visão de especialistas da ANTEAG, UNISOL e UNITRABALHO. Cadernos EBAPE. BR, 10(1), 65-81.

Paula, A. P. P. D. (2007). Guerreiro Ramos: resgatando o pensamento de um sociólogo crítico das organizações. Organizações & Sociedade, 14(40), 169-188.

Pinheiro, D. C.; De Paula, A. P. P. (2015). Autogestão e Práticas Organizacionais Transformadoras: Contribuições a Partir de um Caso Empírico. Desenvolvimento em Questão, v. 14, n. 33, p. 233-266.

Proudhon, P. J. (1983). Proudhon, Textos Escolhidos. Porto Alegre, L&PM.

Richardson, L., & St Pierre, E. (2008). A method of inquiry. Collecting and interpreting qualitative materials, 3(4), 473.

Richardson, R. J. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas.

Silva, C. M. S., & Leandro, M. E. (2004). Saúde e envelhecimento: Estratégias de autogestão da saúde. Sociedades Contemporâneas: Reflexividade e Acção. Atelier Saúde, 12-21.

Schwartzman, S. (1979). Pesquisa acadêmica, pesquisa básica e pesquisa aplicada em duas comunidades científicas. Disponível em: http://www.schwartzman.org.br/simon/acad_ap.htm. Acesso em junho 2018.

Triviños, A. N. S. (1987). Pesquisa qualitativa. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 116-173.

Vergara, S. C. (2013). Projetos e relatórios de pesquisa. São Paulo: Atlas.

Weber, M. (1982). Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Ed.

_____. (2000). Economia e Sociedade. Vol. 1 e 2. Brasília, UNB.

Publicado
2021-11-03
Sección
Artigos