Ação e Liberdade Políticas na Utopia Inglesa seiscentista

  • Helvio Moraes Universidade do Estado de Mato Grosso – Unemat
Palavras-chave: Utopia inglesa do século XVII, Guerras Civis, Restauração.

Resumo

O objetivo deste estudo é analisar a literatura utópica inglesa que testemunha e aborda criticamente os principais conflitos e reviravoltas na cena política do período que engloba a Guerra Civil, a instauração do Parlamento e a Restauração, levando em consideração alguns elementos que a caracterizam: 1) A defesa da liberdade política, fundamentada nos princípios republicanos avançados por Harrington, em oposição ao governo monárquico patriarcal; 2) O abandono de uma visão cíclica e escatológica da história, com ênfase dada ao debate e ação políticos no processo de transformações sociais; 3) Ao contrário da tradição utópica precedente, os debates sobre a melhor forma de governo, contrastando princípios republicanos e monarquistas, acabam por criar uma literatura de cunho às vezes panfletário, às vezes pragmático, que gera o que podemos chamar de “tensão projetual”.

Referências

BACON, Francis. Nova Atlântida. Trad. Fernanda Pinto Rodrigues. Lisboa: Ed. Minerva, 1976.

BERNERI, Maria Luisa. Viaje a través de Utopía. Buenos Aires: Editorial Proyección, 1962.

BRUCE, Susan (org.). Three Early Modern Utopias – Utopia, New Atlantis and The Isle of Pines. Oxford: Oxford University Press, 1999.

DAVIS, J. C. Utopia and the Ideal Society – A Study of English Utopian Writing – 1516 1700.Cambridge: Cambridge University Press, 1983.

HARRINGTON, J. The Commonwealth of Oceana and A System of Politics. Cambridge: Cambridge University Press, 1992.

HILL, Christopher. O Mundo de Ponta-Cabeça. São Paulo: Cia. das Letras, 1987.

LEARY Jr, John E. Francis Bacon and the Politics of Science. Ames, Iowa: Iowa University Press, 1994.

MAHLBERG, Gaby. Henry Neville and English Republican Culture in the Seventeenth Century. Manchester: Manchester University Press, 2009.

MARRAMAO, Giacomo. Potere e Secolarizzazione: le categoriedel tempo. Roma: Riuniti, 1984.

NEVILLE, Henry. “The Isle of Pines” In BRUCE, Susan (org.).Three Early Modern Utopias – Utopia, New Atlantis and The Isle of Pines. Oxford: Oxford University Press, 1999.

NEVILLE, Henry. L’Isoladi Pines. Milano: EdizioniAngeloGuerini e Associati,1990.

PLATTES, Gabriel. A Description of the Famous Kingdome of Macaria.London, 1641.

PUNZO, Luigi. L’Isoladi Utopia – Rivoluzione e ProgettualitàUtopicanell’Inghilterradel Seicento. Roma: BagattoLibri, 1989.

SARGENT, Rose-Mary.“Bacon as an Advocate for Cooperative Scientific Research” In PELTONEN, Markku (org.).The Cambridge Companion to Bacon. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

SCHIAVONE, Giuseppe. “La figura di James Harrington: Scienza Politica e Utopia”. In HARRINGTON, J. La Repubblica di Oceana. Milano: Franco Angeli, 1985.

STILLMAN, Peter G. “Monarchy, Disorder and Politics in The Isle of Pines”. Utopian Studies, Vol. 17, nº 1, Penn State University Press, 2006.

VERARDI, Julián. “EstudioIntroductorio” In WINSTANLEY, G. La Ley de La Libertad. Buenos Aires: Biblos, 2005.

WEINBERGER, J. “Science and Rule in Bacon’s Utopia: An Introduction to the Reading of New Atlantis” In The American Political Science Review, vol. 70, nº 3 (Sep., 1976).

WINSTANLEY, G. La Ley de La Libertad. Buenos Aires: Biblos, 2005.

Como Citar
Moraes, H. (1). Ação e Liberdade Políticas na Utopia Inglesa seiscentista. Papéis: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Estudos De Linguagens - UFMS , 19(38), 36-49. Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/papeis/article/view/2985
Seção
Artigos - Literatura, Estudos Comparados e Interartes