O nome e o ser: Piscina Livre, de André Carneiro
Resumo
O texto toma como objeto um traço do enredo do romance Piscina Livre (1980), de André Carneiro: a diária troca de nomes pelas quais passam os personagens. Obra de caráter distópico alinhada à ficção científica, configura um mundo futuro em que um sistema computacional fornece diariamente a cada cidadão um novo nome. Este texto explora tal circunstância e suas implicações à possibilidade de formulação utópica, para isso levando em conta a indissociabilidade entre a utopia e a apreensão cognitiva do real. O aporte teórico é fornecido por formulações de Ernst Bloch, no que cabe à relação entre a utopia e o real, e de Darko Suvin, no que cabe ao vínculo que a ficção científica possui com a utopia.
Referências
BLOCH, Ernst. O princípio esperança. Tradução de Nélio Schneider. Rio de
Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2005.
CARNEIRO, André. Crônicas do André. [não publicado]
CARNEIRO, André. . Piscina Livre. São Paulo: Moderna, 1980.
CUNHA, Fausto. A ficção científica no Brasil: um planeta quase desabitado. In: ALLEN, L. David. No mundo da ficção científica. Tradução de Antonio
Alexandre Faccioli e Gregório Pelegi Toloy. São Paulo: Summun, [s.d.].
SUVIN, Darko. Pour une poétique de la science-fiction. Québec: L’Université
de Québec, 1977.
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