A exposição como um capítulo perdido do romance: a primeira edição de Jusep Torres Campalans, de Max Aub

Resumo

as ideias aqui trabalhadas integram o ensaio Charlie Brown não frequenta museus de arte, parte de minha tese de doutorado, na qual analiso, entre outros temas, a emergência da exposição de artes, do espaço expositivo e dos museus como lugar de leitura e narrativa, ou um gênero literário. No presente artigo analiso o caso do livro Jusep Torres Campalans, publicado pelo franco espanhol Max Aub em 1958. O ponto central é a relação estética e de sentido da narrativa contida no livro com os eventos (especialmente uma exposição de pinturas atribuída ao personagem-título) e a “lenda” que cercaram a obra. A análise procura entender o livro e os eventos como uma obra só, abrindo espaço para pensar a extrapolação do objeto livro, a proposta de Max Aub como um escritor artista e suas relações com movimentos muito contemporâneos das artes visuais.