Avaliação de fatores de risco relacionados ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis
Resumo
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) vêm acometendo pessoas cada vez mais jovens, por se tratarem de afecções de saúde de procedência multifatorial. É de suma importância a identificação dos fatores de risco associados ao seu desenvolvimento, dos quais podem ser modificáveis ou não modificáveis. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos participantes e identificar fatores de risco relacionados ao surgimento de doenças crônicas não transmissíveis. Método: Foi realizado um estudo transversal com aplicação de um questionário contendo questões relacionadas ao estilo de vida, hábitos alimentares, doenças pré-existentes e histórico familiar relacionado a doenças crônicas não transmissíveis, aferição de pressão arterial e medidas antropométricas. Os participantes assinaram um termo de consentimento, autorizando a utilização dos seus respectivos dados. Foram excluídos da pesquisa aqueles que não assinaram o termo de consentimento ou não preencheram de forma completa o questionário. Resultados: Foram analisados 32 questionários, sendo 21 participantes do sexo feminino (66%) e 11 do sexo masculino (34%), 16 com idade entre 18 e 25 anos e 16 com idade acima de 26 anos. 58% dos participantes relataram não praticar exercícios físicos, 43% alegaram consumir álcool pelo menos uma vez por semana, 33% informaram não ingerir frutas e verduras com frequência, 36% declararam consumir frituras frequentemente. Dentre os participantes 89% possuem histórico familiar de DCNTs, 96% citaram não saber ou não possuir alguma doença pré-existente. Através da aferição da pressão arterial foi constatado que 12 participantes encontravam-se pré-hipertensos e 4 com pressão arterial elevada. Levando em consideração os índices antropométricos, 7 pessoas apresentaram sobrepeso e 6 em obesidade grau I, II e III.Levando em consideração o alto índice de histórico familiar de DCNTs, sedentarismo, pressão arterial elevada e quantidade significante de indivíduos com grau de sobrepeso e obesidade, logo, os participantes da pesquisa encontram-se expostos a fatores de risco modificáveis e não modificáveis que posteriormente podem justificar o acometimento de algum tipo de DCNTs. Conclusão: Sugere-se que haja o fortalecimento das ações de prevenção dos fatores de risco modificáveis e monitoramento dos fatores de risco não modificáveis, implicando na diminuição da incidência dessas doenças e no controle de sua prevalência, visando à redução da morbidade e mortalidade.
Palavras-chave: Fatores de risco modificáveis. Fatores de risco não modificáveis. Doenças crônicas não transmissíveis. Exposição.
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