Quando o fazer da psicologia hospitalar é imprescindível no cuidar de quem cuida

  • Clesmânya Silva Pereira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Carolina Sousa Rotta Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Silvana Fontoura Dorneles Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Resumo

Introdução: A necessidade que alguns hospitais priorizam para que o paciente tenha um acompanhante, requer que a atenção seja direcionada ao paciente, no entanto, não pode ser exclusivo a ele, mas deve englobar o cuidador ali presente, que muitas vezes também possui indícios de sofrimento. O psicólogo hospitalar na tríade de sua atuação: paciente-equipe-família possui papel fundamental neste processo, principalmente quando nesta atuação se identifica casos de potenciais riscos para suicídio. Objetivo: Discutir a atuação do (a) psicólogo (a) hospitalar na prevenção, identificação, acolhimento e manejo na perspectiva da saúde mental, frente ao suicídio. Método: Por meio da metodologia de relato de experiência no processo de trabalho no contexto hospitalar. Resultado: As reuniões com acompanhantes sobre saúde mental, englobando a ansiedade e depressão, podem funcionar como recurso com alto potencial para identificar casos de pessoas em sofrimento psíquico, seja para prevenir, identificar, acolher e para realizar o manejo na prevenção de casos de suicídio e outros sofrimentos. O psicólogo no contexto hospitalar também pode orientar os profissionais necessários da unidade, na atenção necessária a este sujeito, seja o paciente ou acompanhante que muitas vezes pode se encontrar em situação de vulnerabilidade psicossocial. Além de ofertar suporte emocional a este sujeito em sofrimento psíquico, visando trabalhar os aspectos protetores que o mesmo dispõe, contribuindo para que ele expanda suas perspectivas de vida, co-responsabilizando a família pelo processo de tratamento e encaminhando-o para continuidade do acompanhamento após a saída hospitalar. Favorecendo, portanto, o olhar ampliado no contexto hospitalar sobre o processo de cuidar e de ser cuidado. Conclusões: Desta forma, para que o cuidado a vida seja garantido é essencial que a atuação do (a) profissional de psicologia seja pautado em estratégias dentro da rotina hospitalar que promovam espaço de escuta, de acolhimento e de troca, favorecendo o olhar humanizado para estes sujeitos, além do atendimento individualizado, bem como, contribuindo para o fazer da psicologia hospitalar de forma ética, que em casos que envolve risco ao indivíduo ou a terceiros implicam na quebra de sigilo profissional, garantindo o cuidado da vida.

 

Palavras-chave: Psicólogo. Hospitais. Acompanhante de pacientes. Suicídio. Cuidar.

 

Biografia do Autor

Clesmânya Silva Pereira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Psicóloga residente no Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Atenção à Saúde do Idoso (PREMUS-CCI)

Carolina Sousa Rotta, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Psicóloga residente no Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Atenção à Saúde do Idoso (PREMUS-CCI)

Silvana Fontoura Dorneles, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Psicóloga – Membro do Núcleo Docente Assistencial Estruturante (NDAE) do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS-CCI)

Publicado
2020-05-27
Como Citar
SILVA PEREIRA, C.; SOUSA ROTTA, C.; FONTOURA DORNELES, S. Quando o fazer da psicologia hospitalar é imprescindível no cuidar de quem cuida. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 5, n. 2, p. 9, 27 maio 2020.