Quando o fazer da psicologia hospitalar é imprescindível no cuidar de quem cuida
Resumo
Introdução: A necessidade que alguns hospitais priorizam para que o paciente tenha um acompanhante, requer que a atenção seja direcionada ao paciente, no entanto, não pode ser exclusivo a ele, mas deve englobar o cuidador ali presente, que muitas vezes também possui indícios de sofrimento. O psicólogo hospitalar na tríade de sua atuação: paciente-equipe-família possui papel fundamental neste processo, principalmente quando nesta atuação se identifica casos de potenciais riscos para suicídio. Objetivo: Discutir a atuação do (a) psicólogo (a) hospitalar na prevenção, identificação, acolhimento e manejo na perspectiva da saúde mental, frente ao suicídio. Método: Por meio da metodologia de relato de experiência no processo de trabalho no contexto hospitalar. Resultado: As reuniões com acompanhantes sobre saúde mental, englobando a ansiedade e depressão, podem funcionar como recurso com alto potencial para identificar casos de pessoas em sofrimento psíquico, seja para prevenir, identificar, acolher e para realizar o manejo na prevenção de casos de suicídio e outros sofrimentos. O psicólogo no contexto hospitalar também pode orientar os profissionais necessários da unidade, na atenção necessária a este sujeito, seja o paciente ou acompanhante que muitas vezes pode se encontrar em situação de vulnerabilidade psicossocial. Além de ofertar suporte emocional a este sujeito em sofrimento psíquico, visando trabalhar os aspectos protetores que o mesmo dispõe, contribuindo para que ele expanda suas perspectivas de vida, co-responsabilizando a família pelo processo de tratamento e encaminhando-o para continuidade do acompanhamento após a saída hospitalar. Favorecendo, portanto, o olhar ampliado no contexto hospitalar sobre o processo de cuidar e de ser cuidado. Conclusões: Desta forma, para que o cuidado a vida seja garantido é essencial que a atuação do (a) profissional de psicologia seja pautado em estratégias dentro da rotina hospitalar que promovam espaço de escuta, de acolhimento e de troca, favorecendo o olhar humanizado para estes sujeitos, além do atendimento individualizado, bem como, contribuindo para o fazer da psicologia hospitalar de forma ética, que em casos que envolve risco ao indivíduo ou a terceiros implicam na quebra de sigilo profissional, garantindo o cuidado da vida.
Palavras-chave: Psicólogo. Hospitais. Acompanhante de pacientes. Suicídio. Cuidar.
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