Aspectos nutricionais na insuficiência renal aguda

  • Leticia Szulczewski Antunes da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Raquel Santiago Hairrman Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Izabela Rodrigues de Menezes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Carolina de Sousa Rotta Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Juliana Galete Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Michael Wilian da Costa Cabanha Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Eli Fernanda Brandão Lopes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Rafael Alves Mata de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Yulle Fourny Barão Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Natali Camposano Calças Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Resumo

Introdução: A avaliação nutricional é ferramenta indispensável para a monitoração e acompanhamento clínico do paciente com insuficiência renal aguda (IRA). A perda aguda da função renal interfere no metabolismo de todos os macronutrientes, propiciando situações pró-inflamatórias, pró-oxidativas e de hipercatabolismo.   Objetivo: Demonstrar os aspectos nutricionais na insuficiência renal aguda.  Métodos: Paciente do sexo masculino, 86 anos, internou na Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) para reabilitação global. Resultados: Na admissão, o paciente apresentava-se com dieta via sonda nasoenteral, normoproteica, normocalórica, sem fibras ofertando 1.2 kcal/ml. Durante o exame físico foram evidenciados hipotrofia de membros inferiores e superiores, face encavada, atrofia bilateral do crânio, oco auxiliar e clavícula proeminente, unhas fracas e quebradiças. A avaliação antropométrica do paciente demonstrou peso de 47 kg, circunferência braquial de 25 cm, circunferência da panturrilha de 27 cm e Índice de Massa Corporal de 17,2 kg/m², que é classificado como baixo peso. Após avaliação da fonoaudióloga, houve desmame da sonda nasoenteral e evolução progressiva da dieta via oral até a consistência branda. Durante a internação, o paciente apresentou episódios de delírio e confusão mental, com alteração nos exames de função renal (uréia: 87,9 mg/dL; creatinina: 2,04 mg/dL). A taxa de filtração glomerular (TFG) mostrou-se muito baixa: 25,3 ml/min, evidenciando uma função renal severamente diminuída. Desta forma, foi feita alterações, tornando a dieta hipoproteica com 0,6 g/kg peso de proteína, mudando toda a estratégia dietoterápica, ofertando alimentos ricos em carboidratos e lipídeos. Ainda, foram feitas educação em saúde sobre ingesta hídrica, que era extremamente ineficiente. Após 1 semana, o paciente apresentou melhora da função renal, onde sua TFG, aumentou para 35,4 ml/min, classificando-se como redução moderada da função renal. Conclusão: O doente renal deve ser envolvido em seu tratamento, e o nutricionista é essencial, para evitar, limitar ou restringir alguns alimentos que podem prejudicar o funcionamento dos rins. Vê-se que o paciente obteve melhora da função renal, com o auxílio das estratégias nutricionais.

 

Palavras - chave: Nutrição. Insuficiência renal. Dietoterapia.

 

Biografia do Autor

Leticia Szulczewski Antunes da Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

Raquel Santiago Hairrman, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

Izabela Rodrigues de Menezes, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – UFMS

Carolina de Sousa Rotta, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Psicóloga residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – UFMS

Juliana Galete, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Farmacêutica residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – UFMS

Michael Wilian da Costa Cabanha, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeiro residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – UFMS

Eli Fernanda Brandão Lopes, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Assistente social residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – UFMS

Rafael Alves Mata de Oliveira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

Yulle Fourny Barão, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

Natali Camposano Calças, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista preceptora do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados – Área de Concentração: Saúde do Idoso. – UFMS

Publicado
2020-06-01
Como Citar
SZULCZEWSKI ANTUNES DA SILVA, L.; SANTIAGO HAIRRMAN, R.; RODRIGUES DE MENEZES, I.; DE SOUSA ROTTA, C.; GALETE, J.; WILIAN DA COSTA CABANHA, M.; FERNANDA BRANDÃO LOPES, E.; ALVES MATA DE OLIVEIRA, R.; FOURNY BARÃO, Y.; CAMPOSANO CALÇAS, N. Aspectos nutricionais na insuficiência renal aguda. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 5, n. 2, p. 17, 1 jun. 2020.