Lesão de pele relacionada a adesivo médico

relato de caso

  • Alex Sander Cardoso de Souza Vieira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Fabiana Martins de Paula Hospital São Julião Campo Grande (MS)
  • Robéria Mandú da Silva Siqueira Hospital São Julião Campo Grande (MS)
  • Joelson Henrique Martins de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Michael Wilian da Costa Cabanha Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Tuany de Oliveira Pereira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Francielly Anjolin Lescano Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Leticia Szulczewski Antunes da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Edivania Anacleto Pinheiro Simões Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Resumo

  • Introdução: A lesão de pele relacionada a adesivo médico (Medical Adhesive-Related Skin Injuries - MARSI) é caracterizada pela presença de eritema ou outras manifestações de anormalidade cutânea que persiste por 30 minutos ou mais após a remoção de um adesivo médico. No contexto de cuidado em saúde, a MARSI é uma complicação clínica relevante e potencialmente evitável, de prevalência subestimada e ainda desconhecida pela maioria dos profissionais de saúde. Objetivo: Descrever lesão de pele relacionada a adesivo médico. Método: Trata-se de um relato de caso, em uma Unidade de Cuidados Prolongados, Campo Grande-MS, agosto de 2019. Descrição do Caso: Paciente do sexo feminino, 82 anos, admitida em 28/08/2019, diagnóstico de afecções da pele e do tecido subcutâneo, doença de Parkinson, lesão por pressão (LPP) em região sacral com extensão de 12 x 10 x 2 cm de profundidade; LPP em região trocantérica com extensão de 6 x 4 x 2 cm de profundidade, ambas as lesões com bordas maceradas e epitelização, leitos com necrose de coagulação e esfacelo, exsudato em grande quantidade esverdeado com odor. Desnutrição moderada e anemia; realizado debridamento cirúrgico de lesões, com necessidade de aproximação de bordas com cicatrização por primeira intenção, e curativo realizados 2 vezes ao dia. Pele peri-lesão de LPP sacral com presença de MARSI, com extensão medindo 2 x 2 cm, pele rosácea brilhante, característico de perda de epiderme após remoção de fita hipoalergênica microporosa; e em pele peri-lesão de LPP trocantêrica medindo 3 x 2 cm, e presença de flictemas. Realizado curativo diário de LPP, conforme protocolo e aplicado placa de hidrocolóide em MARSI sem flictema, e curativo oclusivo com ácidos graxos essenciais em lesões com flictema. Na alta hospitalar, dia 13/09/2019, foram feitas orientações e treinamento de cuidador para continuidade dos curativos no domicílio; a lesão sacral estava com extensão 9 x 6 x 1 cm; lesão na região trocantérica medindo 4 x 3 x 1 cm; ambas com pouco exsudato sem odor, bordas com tecido de epitelização e leito da lesão com tecido de granulação; cicatrização total com tecido de epitelização em MARSI. Discussão: Devido à vulnerabilidade da pele dos idosos, a ocorrência de lesões é comum, quando submetidos a intervenções e cuidados médicos, e que frequentemente necessitam de algum tipo de adesivo médico. As inovações na área de saúde trazem diversos benefícios, porém mais do que investir em insumos e equipamentos de alto desempenho, é a equipe de saúde estar atenta às particularidades do cuidado ao idoso e sua suscetibilidade à lesões, diante de procedimentos de rotina como banho e troca de fraldas, mudança de decúbito, troca de curativos, manutenção de acesso venoso, que constituem fatores de risco para tais.

 

Palavras-chave: Lesão de pele. Curativos. Idoso.

Biografia do Autor

Alex Sander Cardoso de Souza Vieira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeiro residente do Programa de Residência em Cuidados Continuados  e Integrados -  Saúde do Idoso - PREMUS-CCI/UFMS

Fabiana Martins de Paula, Hospital São Julião Campo Grande (MS)

Enfermeira do Hospital São Julião

Robéria Mandú da Silva Siqueira, Hospital São Julião Campo Grande (MS)

Enfermeira do Hospital São Julião

Joelson Henrique Martins de Oliveira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeiro residente do Programa de Residência em Cuidados Continuados  e Integrados -  Saúde do Idoso - PREMUS-CCI/UFMS

Michael Wilian da Costa Cabanha, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeiro residente do Programa de Residência em Cuidados Continuados  e Integrados -  Saúde do Idoso - PREMUS-CCI/UFMS

Tuany de Oliveira Pereira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeiro residente do Programa de Residência em Cuidados Continuados  e Integrados -  Saúde do Idoso - PREMUS-CCI/UFMS

Francielly Anjolin Lescano, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeiro residente do Programa de Residência em Cuidados Continuados  e Integrados -  Saúde do Idoso - PREMUS-CCI/UFMS

Leticia Szulczewski Antunes da Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista residente do Programa de Residência em Cuidados Continuados  e Integrados - Saúde do Idoso - PREMUS-CCI/UFMS

Edivania Anacleto Pinheiro Simões, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeira preceptora do Programa de Residência em Cuidados Continuados  e Integrados - Saúde do Idoso - PREMUS-CCI/UFMS

Publicado
2020-06-03
Como Citar
CARDOSO DE SOUZA VIEIRA, A. S.; MARTINS DE PAULA, F.; MANDÚ DA SILVA SIQUEIRA, R.; HENRIQUE MARTINS DE OLIVEIRA, J.; DA COSTA CABANHA, M. W.; DE OLIVEIRA PEREIRA, T.; ANJOLIN LESCANO, F.; SZULCZEWSKI ANTUNES DA SILVA, L.; ANACLETO PINHEIRO SIMÕES, E. Lesão de pele relacionada a adesivo médico. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 5, n. 2, p. 29, 3 jun. 2020.