Cuidados paliativos

um olhar da equipe multiprofissional

  • Lena Lansttai Bevilaqua Menezes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Eli Fernanda Brandão Lopes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Fernanda Maria Souza Juliano Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Rafael Alves Mata de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Tuany de Oliveira Pereira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Kátia Flávia Rocha Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Larissa Yoshinari Ramos de Lima Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Rodrigo Saldanha Lageano Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Ramon Moraes Penha Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Maria de Fátima Bregolato Rubira de Assis Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Resumo

Introdução: A gênese dos cuidados paliativos no Brasil foi à década dos anos 80, sendo uma abordagem muito nova para todos os profissionais da saúde, existindo poucos especialistas nesta área e serviços com leitos específicos para essa prática. Dados os fatos, a Resolução nº 41/2018, vem fomentar e nortear o atendimento ao paciente em cuidados paliativos no âmbito do Sistema Único de Saúde. Método: Trata-se de relato de experiência do trabalho de campo, que utilizou como técnica a observação participante, subsidiado na assistência ao referido paciente e nos registros dos estudos propiciados pela disciplina Cuidados Continuados Integrados. Objetivo: Descrever a assistência prestada por residentes da equipe multiprofissional ao paciente em cuidados paliativos. Resultado: Paciente masculino, 68 anos, solteiro, genitor de 11 filhos, cursou ensino fundamental, católico, aposentado e oriundo de Aquidauana/MS. Atendido em uma unidade de saúdesequelas de Acidente Vascular Encefálico hemorrágico extenso e pós-operatório tardio de craniotomia descompressiva. Durante a internação evoluiu para quadro séptico, com foco urinário sem indicação para manejo terapêutico. A condução para proposta paliativa em 14/06/2018 se deu a partir da discussão entre os membros da equipe multiprofissional que conta com médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicóloga, enfermeira, farmacêutica e assistente social. Uma vez definida a abordagem paliativa, foi traçado o Projeto Terapêutico Singular, com destaque a: Promoção do conforto respiratório; Medidas preventivas para lesões por pressão e desconforto artromuscular; Paciente em estado de desnutrição com perda de massa muscular, com via alimentar enteral exclusiva com fórmula específica para diabéticos e fibras para redução do risco para constipação. Evoluiu com insuficiência renal, taxa de filtração glomerular de moderada a gravemente diminuída, impedindo a oferta de dieta hiperprotéica. Ao longo da internação os familiares foram orientados pela assistente social sobre curatela, bens e serviços disponíveis na rede e a continuidade dos cuidados. Após o óbito, viabilizamos via Tratamento Fora do Domicílio o traslado para o regresso ao município de origem e auxílio funeral. O papel do farmacêutico, enfermeiro e médico no cuidado paliativo teve destaque para garantia de provisão de medicamentos efetivos para o controle de sintomas, como por exemplo, o uso seguro de opióides, antiepiléticos e anti-heméticos. A psicologia promoveu suporte familiar, especialmente junto ao filho e nora, com o objetivo de trabalhar questões como negação do quadro clínico, aceitação e sentimento de luto antecipado. Conclusão: A singularidade da dor total dos pacientes em cuidados paliativos exige dos profissionais de saúde muito conhecimento teórico para um manejo clínico condizente.

Palavras-chave: Cuidados paliativos. Idoso. Equipe de assistência ao paciente.

 

Biografia do Autor

Lena Lansttai Bevilaqua Menezes, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Assistente social residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI) – UFMS

Eli Fernanda Brandão Lopes, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Assistente social residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI) – UFMS

Fernanda Maria Souza Juliano, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Psicóloga residente do PREMUS/CCI  –UFMS

Rafael Alves Mata de Oliveira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Nutricionista residente do PREMUS/CCI  –UFMS

Tuany de Oliveira Pereira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeira residente do PREMUS/CCI – UFMS

Kátia Flávia Rocha, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta residente do PREMUS-CCI – UFMS

Larissa Yoshinari Ramos de Lima, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Farmacêutica residente do PREMUS/CCI – UFMS

Rodrigo Saldanha Lageano, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Médico residente do Programa de Residência Médica em Clínica Médica – UFMS

Ramon Moraes Penha, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeiro - Docente da UFMS e Tutor do PREMUS/CCI – UFMS

Maria de Fátima Bregolato Rubira de Assis, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Assistente Social – Docente e Coordenadora do PREMUS-CCI/UFMS

Publicado
2020-06-08
Como Citar
LANSTTAI BEVILAQUA MENEZES, L.; BRANDÃO LOPES, E. F.; SOUZA JULIANO, F. M.; ALVES MATA DE OLIVEIRA, R.; DE OLIVEIRA PEREIRA, T.; ROCHA, K. F.; YOSHINARI RAMOS DE LIMA, L.; SALDANHA LAGEANO, R.; MORAES PENHA, R.; BREGOLATO RUBIRA DE ASSIS, M. DE F. Cuidados paliativos. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 5, n. 2, p. 40, 8 jun. 2020.