Atuação da fisioterapia no carcinoma papilífero de tireóide

  • Letícia Nakamura Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Giovana Ayumi Aoyagi Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Izabela Rodrigues de Menezes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Kátia Flávia Rocha Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Irlanda Pereira Vieira Pavão Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Jéssica Estela Benites da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Luana Karen dos Santos Amaral Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Suzi Rosa Miziara Barbosa Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Abstract

Introdução: O carcinoma papilífero é a neoplasia maligna mais comum da tireóide, a sua incidência é três vezes maior em mulheres do que em homens, sendo a idade média de diagnóstico aos 44 anos. Relato de Experiência: Paciente, sexo feminino, 43 anos, com carcinoma papilífero em tireóide, eletivo para tratamento cirúrgico, durante o início do procedimento evoluiu com parada cardiorrespiratória por hipóxia. Admitida no Hospital São Julião, na Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI), em Campo Grande/MS, em julho de 2019. Na admissão, encontrava-se com traqueostomia (TQT), cuff com balonete desinsuflado, incoordenação motora de membros superiores, com mobilidade prejudicada pontuando 0 na escala de mobilidade Icu Mobility Scale (IMS), 42 na escala Medical Researd Council (MRC) e 35 na escala de Barthel, apresentando-se em transição de dependência funcional grave para moderada. Para avaliação fisioterapêutica respiratória utilizamos as variáveis: volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e o pico de fluxo expiratório (PFE), mensurados através de um espirômetro portátil digital FEV1 MICROLIFE PF 100 c/ Software, sendo os valores obtidos na primeira avaliação VEF1: 1,20L e PFE: 76 l/min, além da manovacuometria analógica para registrar força muscular inspiratória, com o valor inicial obtido de -50 cmH2O .Como conduta fisioterapêuticas foi realizado treino muscular inspiratório utilizando o Powerbreathe Classic – Leve, 15 respirações 3x ao dia com adaptação direta para a TQT, sendo realizado por uma semana. Além disso, foi realizado treino de transferência para o leito, alongamentos, sedestação, ortostatismo, fortalecimento muscular de membros inferiores e superiores em cadeia cinética aberta e fechada, exercícios de automanuseio e AVD’s, treino de coordenação motora, marcha estacionária, frontal e lateral, com e sem andador, subir e descer escada e rampa com e sem auxílio, bicicleta ergométrica e esteira. Discussão: O período de internação foi de 8 semanas, onde realizou fisioterapia de 3 à 5vezes na semana, de 40min à 1hora/dia, foi possível observar ganhos funcionais e de força muscular significativos, com melhora do controle motor, equilíbrio, IMS:10, MRC: 57, Barthel: 100, VEF1: 1,90L, PFE: 131 l/min, PiMáx -75cmH2O, consideramos tais valores satisfatórios associada ao relato de melhora referido pela paciente, representando que a conduta fisioterapêutica repercutiu positivamente gerando grandes impactos na qualidade de vida e funcionalidade, porém os valores obtidos com o espirômetro digital e a manovacuometria analógica para esse específico perfil de paciente ainda não são descritos na literatura sendo passíveis de novos estudos, que corroborem ou difiram com os nosso sachados.

 

Palavras-chave: Fisioterapia. Carcinoma papilífero de tireóide. Cuidados continuado integrados.

 

Author Biographies

Letícia Nakamura, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI) – Área de concentração: Atenção à saúde do idoso. Hospital São Julião/ UFMS

Giovana Ayumi Aoyagi, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI) – Área de concentração: Atenção à saúde do idoso. Hospital São Julião/ UFMS

Izabela Rodrigues de Menezes, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI) – Área de concentração: Atenção à saúde do idoso. Hospital São Julião/ UFMS

Kátia Flávia Rocha, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI) – Área de concentração: Atenção à saúde do idoso. Hospital São Julião/ UFMS

Irlanda Pereira Vieira Pavão , Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI) – Área de concentração: Atenção à saúde do idoso. Hospital São Julião/ UFMS

Jéssica Estela Benites da Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI) – Área de concentração: Atenção à saúde do idoso. Hospital São Julião/ UFMS

Luana Karen dos Santos Amaral, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta – Mestranda do Programa de Pós-Graduação Saúde e Desenvolvimento da Região Centro Oeste – FAMED/UFMS. Preceptora do PREMUS/CCI – UFMS

Suzi Rosa Miziara Barbosa, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta - Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Tutora no PREMUS/CCI

Published
2020-06-08
How to Cite
NAKAMURA, L.; AYUMI AOYAGI, G.; RODRIGUES DE MENEZES, I.; ROCHA, K. F.; PEREIRA VIEIRA PAVÃO , I.; BENITES DA SILVA, J. E.; KAREN DOS SANTOS AMARAL, L.; MIZIARA BARBOSA, S. R. Atuação da fisioterapia no carcinoma papilífero de tireóide. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 5, n. 2, p. 41, 8 Jun. 2020.