Atuação da fisioterapia em um paciente pós internação prolongada em Unidade de terapia intensiva

  • Kátia Flávia Rocha Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Irlanda Pereira Vieira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Jessica Estela Benites da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Leticia Nakamura Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Izabela Rodrigues de Menezes Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Giovana Ayumi Aoyagi Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Francielly Anjolin Lescano Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Tuany de Oliveira Pereira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Marilena Infiesta Zulim Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
  • Suzi Rosa Miziara Barbosa Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Resumo

Introdução: Várias condições clínicas são suscetíveis de submeter o paciente ao decúbito prolongado no leito. Porém, independente disso, sabe-se que o tempo de imobilização no leito é proporcional às inúmeras complicações possíveis de surgir nos diversos sistemas do organismo. Os efeitos deletérios decorrentes da imobilidade de pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) perpassam a úlceras de pressão, o declínio funcional, as alterações na mecânica respiratória, complicações hemodinâmicas, aumento do tempo de internação, redução da qualidade de vida e sobrevida pós alta. Objetivo: Relatar os efeitos do uso da cinesioterapia em um indivíduo após internação de em UTI. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, vivenciado por uma residente do programa de Residência Multiprofissional, em um hospital de retaguarda de Campo Grande – MS. Resultados: Indivíduo do sexo masculino, 62 anos, com internação prévia em hospital de alta complexidade e permanência de 54 dias em UTI antes de ser encaminhado para hospital de retaguarda, diagnóstico médico de HIV e Neurotoxoplasmose, acamado, sonolento, pontuando Glasgow AO 04 + RV 01T + RM 4 = 9T/15. Em ventilação espontânea com uso de macronebulização de O2 com 8L/min, traqueostomia nº 8,0, cuff insuflado, auscuta pulmonar: MV + abolido em base esquerda com roncos difusos, com necessidade constante de aspiração traqueal. Durante os 15 dias de internação no setor foram realizados atendimentos diários de fisioterapia motora e respiratória, através de mobilização precoce, mudanças de decúbito, sedestação beira leito, Facilitação Neuromuscular Proprioceptivas, descarga de peso em membros inferiores e superiores, técnicas de higiene brônquica e reexpansao pulmonar. Ao findar os 15 dias de atendimento o paciente encontrava-se com melhora significativa do quadro clínico, não necessitando de suporte de O2, com cuff desinsuflado, traqueostomia já ocluída e em protocolo de decanulação, auscuta pulmonar: MV+ globalmente sem ruídos adventícios, sem necessidade de aspiração traqueal, pontuando Glasgow AO 04 + RV 4 + RM 6 = 14, ganho de controle de cervical e melhora do controle de tronco e movimentos ativos de membros inferiores e superiores. Conclusão: Os resultados evidenciaram que a atuação fisioterapêutica resultou em melhora significativa no quadro clinico desde individuo, proporcionando melhora das capacidades funcionais.

 

Palavras-chave: Fisioterapia.  Reabilitação.  Unidade de terapia intensiva

 

Biografia do Autor

Kátia Flávia Rocha, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI)  – UFMS / Hospital São Julião

 

Irlanda Pereira Vieira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI)  – UFMS / Hospital São Julião

Jessica Estela Benites da Silva, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI)  – UFMS / Hospital São Julião

Leticia Nakamura, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI)  – UFMS / Hospital São Julião

Izabela Rodrigues de Menezes, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI)  – UFMS / Hospital São Julião

Giovana Ayumi Aoyagi, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI)  – UFMS / Hospital São Julião

Francielly Anjolin Lescano, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeira Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI)  – UFMS / Hospital São Julião

Tuany de Oliveira Pereira, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Enfermeira Residente do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI)  – UFMS / Hospital São Julião

Marilena Infiesta Zulim, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta, Mestre em Psicologia pela Universidade Católica Dom Bosco. Preceptora do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS/CCI) – UFMS / Hospital São Julião

Suzi Rosa Miziara Barbosa, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Fisioterapeuta, Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Uberlândia, Docente Adjunta no curso de Fisioterapia na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Tutora no PREMUS/CCI – UFMS / Hospital São Julião

Publicado
2020-06-18
Como Citar
ROCHA, K. F.; PEREIRA VIEIRA, I.; BENITES DA SILVA, J. E.; NAKAMURA, L.; RODRIGUES DE MENEZES, I.; AYUMI AOYAGI, G.; ANJOLIN LESCANO, F.; DE OLIVEIRA PEREIRA, T.; INFIESTA ZULIM, M.; MIZIARA BARBOSA, S. R. Atuação da fisioterapia em um paciente pós internação prolongada em Unidade de terapia intensiva. Perspectivas Experimentais e Clínicas, Inovações Biomédicas e Educação em Saúde (PECIBES), v. 5, n. 2, p. 56, 18 jun. 2020.