Atuação da fisioterapia em um paciente pós internação prolongada em Unidade de terapia intensiva
Resumo
Introdução: Várias condições clínicas são suscetíveis de submeter o paciente ao decúbito prolongado no leito. Porém, independente disso, sabe-se que o tempo de imobilização no leito é proporcional às inúmeras complicações possíveis de surgir nos diversos sistemas do organismo. Os efeitos deletérios decorrentes da imobilidade de pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) perpassam a úlceras de pressão, o declínio funcional, as alterações na mecânica respiratória, complicações hemodinâmicas, aumento do tempo de internação, redução da qualidade de vida e sobrevida pós alta. Objetivo: Relatar os efeitos do uso da cinesioterapia em um indivíduo após internação de em UTI. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, vivenciado por uma residente do programa de Residência Multiprofissional, em um hospital de retaguarda de Campo Grande – MS. Resultados: Indivíduo do sexo masculino, 62 anos, com internação prévia em hospital de alta complexidade e permanência de 54 dias em UTI antes de ser encaminhado para hospital de retaguarda, diagnóstico médico de HIV e Neurotoxoplasmose, acamado, sonolento, pontuando Glasgow AO 04 + RV 01T + RM 4 = 9T/15. Em ventilação espontânea com uso de macronebulização de O2 com 8L/min, traqueostomia nº 8,0, cuff insuflado, auscuta pulmonar: MV + abolido em base esquerda com roncos difusos, com necessidade constante de aspiração traqueal. Durante os 15 dias de internação no setor foram realizados atendimentos diários de fisioterapia motora e respiratória, através de mobilização precoce, mudanças de decúbito, sedestação beira leito, Facilitação Neuromuscular Proprioceptivas, descarga de peso em membros inferiores e superiores, técnicas de higiene brônquica e reexpansao pulmonar. Ao findar os 15 dias de atendimento o paciente encontrava-se com melhora significativa do quadro clínico, não necessitando de suporte de O2, com cuff desinsuflado, traqueostomia já ocluída e em protocolo de decanulação, auscuta pulmonar: MV+ globalmente sem ruídos adventícios, sem necessidade de aspiração traqueal, pontuando Glasgow AO 04 + RV 4 + RM 6 = 14, ganho de controle de cervical e melhora do controle de tronco e movimentos ativos de membros inferiores e superiores. Conclusão: Os resultados evidenciaram que a atuação fisioterapêutica resultou em melhora significativa no quadro clinico desde individuo, proporcionando melhora das capacidades funcionais.
Palavras-chave: Fisioterapia. Reabilitação. Unidade de terapia intensiva
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